A Lei Maria da Penha completa hoje, dois anos em exercício e a Delegacia da Mulher denuncia o aumento no número de agressões contra a mulher em Teresina, que somente no último mês, foram 1.126 atendimentos do Serviço Social e 112 flagrantes de mulheres vítimas de agressão.
"Mas as mulheres vítimas de agressão não estão mais ficando entre quatro paredes, hoje elas estão denunciando, estão pedindo a prisão do agressor e isto é uma conscientização da mulher, é uma vitória", disse a delegada Vilma Alves.
A Lei Maria da Penha veio para proteger e amparar a mulher brasileira, é um direito da mulher de viver bem em sociedade. Em cada ação penal praticada pelo agressor, a lei classifica e define a agressão. Para a delegada Vilma Alves, a mulher tem que denunciar, pois, foi para protegê-la e ampará-la que a lei veio, "está previsto na Constituição direitos iguais para todos", ressalta.As violências mais acometidas contra as mulheres são agressões físicas e agressões verbais, a delegada ressalta ainda que alguns homens se achando no direito como dono da mulher, mantém suas companheiras em cárcere privado e as ameaçam diariamente, caso tentem fugir ou pedir por ajuda."Os agressores há muito tempo deixaram de ter um perfil único, antes a sociedade achava que este tipo de agressão era coisa de homens de baixa renda, das pessoas pobres, mas são atos que ocorrem em todas as classes.
O perfil é do homem brasileiro, é da cultura machista, que pensa ter poder de mando, ser todo poderoso e ver a mulher como sua prioridade", afirma delegada Vilma Alves.
Depois de decretada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente do Brasil, as penalidades da lei para os agressores é a prisão, que vai de três meses a três anos e não mais como alguns anos atrás que bastava o agressor pagar com cestas básicas e trabalhos prestados para a sociedade.Atendimento - Muitas mulheres que sofrem algum tipo de violência sexual têm receio de contar para algum parente e vergonha de prestar queixa na delegacia e acabam não sabendo para quem pedir ajuda. Pensando nestas mulheres e em seu estado após uma agressão, foi criado em 2004 na maternidade Dona Evangelina Rosa o Serviço de Atendimento a Mulher Vítima de Violência Sexual- SAMVVIS que funciona em tempo integral com uma equipe multiprofissional com assistente social, enfermeiras, médicos, psicólogas e incluindo o exame médico pericial, que tem como objetivo prevenir os agraves causados pela violência sexual.
Fonte: Diário do Povo
Edição: Laryssa Saldanha
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