domingo, dezembro 29, 2013

Serviço Social Português Convida Morente & Lagartixa

Direitos Humanos e Serviço Social - NICOLASA QUINTREMAN: La mujer Mapuche que Enfrentó al Poder en Defensa de la Tierra

Nicolasa Quintreman, mujer indígena Pewenche, fue una luchadora incansable por los derechos del Pueblo Mapuche. Por años ofreció resistencia a la inundación de sus tierras, por la construcción de la represa hidroeléctrica Ralco, de la transnacional ENDESA, en el rio Bío Bío.
Desafió tenázmente a los gobiernos de Eduardo Frei y Ricardo Lagos, que a través de sus embestiduras e inclinación con el “poder económico”, intervinieron organismos públicos y desconocieron el reconocimiento internacional de los derechos, de los pueblos originarios, favoreciendo la usurpación de los territorios y el desplazamiento de comunidades indígenas.
Chile, ha sido acusado un sin número de veces, por violar los tratados internacionales, que velan por el respeto de las culturas originarias. Nicolasa Quintreman, fue encontrada muerta el 24 de Diciembre, flotando en las aguas que inundaron su territorio.

quarta-feira, dezembro 18, 2013

Fecham Pincipais Universidades na Grecia

São já quatro as universidades gregas que fecharam portas – das mais antigas às maiores. No total, são oito as instituições de ensino superior afectadas pelo esquema de mobilidade implementado pelo Executivo de Samaras. O plano está a impedir o normal funcionamento das universidades, uma vez que as instituições vêem-se privadas dos funcionários não docentes. Há instituições que ainda estão a analisar o encerramento e outras que já avançaram com processos contra o Estado.

Perante a “objectiva incapacidade de educar, investigar e administrar”, a Universidade Nacional e Capodistriana de Atenas foi a primeira instituição de ensino superior grega a suspender temporariamente o seu funcionamento, como resposta ao plano de mobilidade imposto pelo Executivo de Antonis Samaras.

O esquema vai abranger 498 dos 1.337 funcionários da universidade mais antiga da Grécia, que conta com 125 mil estudantes e dois mil professores. Com a redução dos funcionários administrativos, a Universidade Nacional e Capodistriana de Atenas vê-se “incapaz de matricular novos estudantes, realizar exames, entregar diplomas e, em geral, de qualquer actividade académica”, indica a instituição num comunicado citado pelo “El País”.

A instituição acusa ainda o Executivo de “minar, com as suas decisões, a educação superior das novas gerações de gregos, a maior esperança do país para ultrapassar a crise social e económica”.

A Universidade Politécnica de Atenas, símbolo da resistência contra a ditadura militar que vigorou entre 1967-1973, seguiu o exemplo e também encerrou as portas. Nesta instituição, o esquema de mobilidade vai afectar 38% dos trabalhadores não docentes. Actualmente, a Universidade Politécnica conta com 700 professores, dez mil estudantes, distribuídos por sete faculdades e 33 departamentos.

Outra instituição que também já encerrou foi a Universidade Aristóteles de Salónica, a maior da Grécia e dos Balcãs. Actualmente, compreende 12 faculdades, 36 departamentos e várias unidades orgânicas. A instituição manifestou já a intenção de apelar ao Conselho de Estado contra a decisão de suprimir funcionários, entre os quais se encontram administrativos, seguranças, bibliotecários e assistentes de laboratório. 

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segunda-feira, dezembro 16, 2013

As Eleições no Chile Cidadania & Descredito Democrático


Direitos Humanos Jornal Público denuncia Escravidão em Portugal



Francisco esteve 26 anos numa quinta do Alentejo, às mãos de uma família portuguesa. Estima-se que existam em Portugal entre 1300 e 1400 escravos. Conseguiu fugir há três meses. Ao domingo, sentava-se no quarto a ouvir a rádio. Para trás, deixava seis dias de trabalho no campo, deixava a enxada, as sementes que lançava à terra, deixava as ovelhas, os porcos, as vacas e punha-se a seguir os relatos de futebol ou a ouvir música. Ao menos ali podia escolher. Podia escolher em que estação iria sintonizar. O resto, as horas de comer, o que ia vestir, quando ia para a cama, que tarefa ia desempenhar, tudo o que é um dado adquirido para qualquer um de nós, era definido pelos patrões. Às 13h era a hora do almoço. Na cozinha.
Durante 26 anos, o domingo foi o único dia de descanso de Francisco (nome fictício). Nunca teve férias. Trabalhou sempre sem horários. Levantava-se, no Verão, às 5h30 para regar a horta, antes de o calor tornar a tarefa impossível de suportar. Geralmente, acabava o dia já depois de o sol se pôr, às vezes perto da meia-noite, se o patrão precisasse dele. Durante 26 anos, fez tudo isto numa quinta no Alentejo. “Em 26 anos, nunca vi 5 tostões. Zero”, diz-nos Francisco, levantando um pouco a voz, mas sem qualquer ponta de agressividade.
Aos 63 anos, Francisco, angolano, é um homem de estatura pequena, que solta um riso que lhe vem de dentro, um riso que se vai tornando ainda mais poderoso à medida que nos conta a tragédia em que se tornou a sua vida. Conta-nos, depois de passar em revista a sua história, que ri para aguentar, como se essa fosse a arma final de quem é humilhado uma vida inteira mas não verga, não verga porque ainda é dono das suas emoções.
Foi explorado pelos patrões, um casal português, que o algemou quando lhe confiscou os documentos de identificação e o obrigou a trabalhar de graça. Francisco entregou os documentos um dia porque pensava que lhe iriam tratar da regularização. Nunca mais viu papel nenhum. Em 26 anos, foi, aqui e ali, pedindo ajuda a alguns. Fecharam-lhe sempre a porta. Convenceu-se de que nunca iria ser capaz de sair dali.
E então ficou com medo de fugir. Medo de ir parar à prisão. Medo de ficar sem comer. Medo de perder o almoço e o jantar. Medo de ficar sem a cama e o banho de água quente que, apesar de tudo, ainda lhe davam.
“Fugir para onde?”, perguntou-se, durante 26 anos.
Tinha chegado a Portugal em 1975, escapando da guerra civil em Angola. Em Portugal, pelo que conta, deram-lhe o estatuto de refugiado na altura. Sem esse documento, que não voltou ao bolso de Francisco, ninguém o empregava. Uma vez fugiu da quinta. Durou um, dois dias. Foi ter com um senhor que conhecia. “Somos amigos, mas não tens documentos…”, ouviu. Voltou à quinta pelo seu pé. A patroa, quando o viu, começou a chorar. Ele disse: “Mas não me pagam.” Responderam: “A gente arranja isso.” Nunca “arranjaram”.
A sua vida era o campo
Quando Francisco foi parar às mãos deles nos anos 1980, o fim do colonialismo ainda era recente. Ele próprio tinha lutado, em Angola, ao lado dos portugueses. Antes de rumar a Portugal, trabalhava para uma portuguesa, que sempre o tratou bem, segundo conta. Ela não sabia falar “a língua angolana”, ele ajudava-a a traduzir, fazia vários serviços por 300 escudos ao mês, suficiente para vestir, porque “comer não precisava, tinha tudo” em casa da mãe. Trabalhava de manhã e à tarde, depois regressava a casa da mãe, em Quipeio (Huambo), onde nasceu. “Às quatro da tarde, a senhora dizia: ‘Vai para casa’.” Foram os portugueses que o educaram, diz, apesar de ele nunca ter estudado. “Graças a Deus, no tempo do [Marcelo] Caetano tratavam-me bem.” Até aos 25 anos, a sua vida era o campo, como sempre. A patroa voltaria a Portugal quando estourou a guerra civil, deixou-lhe “o comércio”, uma loja que vendia “tudo”, tabaco, panos, peixe. “Toma, está aqui a chave, vamos embora”, disse-lhe a patroa. Francisco seria roubado, e pôs-se a andar para Portugal. A mãe não quis acompanhá-lo, preferiu ficar, mas o irmão, que entretanto morreu, sim.
Dos patrões que o escravizaram não tem queixas de o tratarem de forma racista. Como também não lhe batiam, garante. Os maus tratos eram outros, e podiam passar simplesmente por nunca o levarem ao médico, a não ser quando era mesmo necessário. E disso ele não estava à espera quando o primeiro patrão para quem foi trabalhar no Norte, em 1975, lhe disse, ao fim de 11 anos, que ele iria para o Sul do país com a irmã e o cunhado — estávamos, pelas contas, em 1986. Lá, em Castelo Rodrigo, sempre foi pago. Aliás, até foi aumentado logo ao princípio, quando começou a trabalhar numa vacaria: “Entrei com 5 contos. Depois o meu patrão disse-me: ‘Oh, vou-te aumentar mais um bocadinho, estás a trabalhar bem.” Passaram a oferecer-lhe 12 contos. “Eu disse obrigado”, conta-nos, orgulhoso.

Depois veio a vida de escravatura em Évora. Os novos patrões eram, na altura, aquilo a que Francisco chama de seus amigos. Conheceu-os ainda eles namoravam. No Norte, prometeram-lhe contrato. Ele foi com eles. Quando chegou, o filho que hoje tem 27 anos tinha apenas um ano; o mais velho teria três. “Passou um mês, nada. Passou outro, nada. [Perguntava-lhes]: ‘Agora acabo com a roupa, como vou comprar?’” A resposta era a mesma: nada.
A Francisco nunca lhe ocorreu agarrar no telefone, em casa dos patrões, e fazer queixa às autoridades. Tinha medo. E também não sabia a quem recorrer. Já tinha contado a uma tia que vivia no Norte, e que não vê há 24 anos, o que se passara. Disse-lhe, exactamente, onde ficava a quinta no Alentejo. Ela nunca apareceu, nem mandou ninguém para o resgatar.
Os dois filhos dos patrões, jovens — um terá perdido o emprego por não gostar de usar gravata, acordar cedo e fazer a barba, segundo conta a rir —, sabiam que ele era escravo. Tanto que, por vezes, Francisco levantava a voz para lhes atirar à cara:
— Pensam que estou para aturar vocês, ou quê? Não ganho nada!
Eles não diziam mais nada.
— Olha, a vossa sorte é que vocês não me entregam os documentos. Não estou para aturar vocês os dois, a vossa mãe e o vosso pai.
(....)

O que é escravatura

Na instituição que acolheu Francisco, não há dúvidas: a situação é de “autêntica escravatura”, diz Hernâni Caniço, fundador da associação Saúde em Português, que gere um Centro de Acolhimento e Protecção a vítimas de tráfico de seres humanos do sexo masculino ao abrigo de um projecto financiado através da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género. Uma das equipas regionais de assistência a vítimas de tráfico humano da Associação para o Planeamento da Família contactou a Saúde em Português depois de uma denúncia, seguida de uma rusga à quinta no Alentejo pela GNR. A 5 de Setembro, Francisco foi acolhido no CAP da Saúde em Português. O caso está a ser investigado, mas esta organização não quis revelar mais informação para não perturbar a investigação. Francisco foi alguém que esteve sozinho, durante muitos anos, mas que nunca ninguém ouviu. Talvez por isso Hernâni Caniço sublinhe que é preciso uma maior sensibilização da sociedade, até porque “há uma desvalorização deste crime”.
Preto no branco, o crime de escravidão, punido com pena de 5 a 15 anos, para o Código Penal é isto: “Quem a) Reduzir outra pessoa ao estado ou à condição de escravo; ou b) Alienar, ceder ou adquirir pessoa ou dela se apossar com a intenção de a manter na situação prevista na alínea anterior.” O que é demasiado sucinto, tanto que não define o que é escravatura. Mas num acórdão do Tribunal da Relação do Porto de Janeiro deste ano, que condenou dois indivíduos por este crime (a sete anos e seis meses, e a cinco e seis meses), escreve-se que “por escravatura entende-se ‘o estado ou condição de um indivíduo sobre o qual se exercem todos ou quaisquer atributos do direito de propriedade”. E adianta-se: “Cabe na previsão legal a escravidão laboral, nos casos em que a vítima é objecto de uma completa relação de domínio por parte do agente, vivenciando um permanente ‘regime de medo’, não tendo poder de decisão sobre o modo e tempo da prestação do trabalho e não recebendo qualquer parte da sua retribuição.”
Têm sido raros os julgamentos de casos de escravatura, e a punição ainda mais. Segundo o Ministério da Justiça, os dados disponíveis dos últimos dez anos sobre crimes por escravidão estão protegidos por segredo estatístico, pelo facto de as ocorrências (condenações) serem inferiores a três. Além do citado acórdão do Porto, há pelo menos notícia de que, em 2011, o Tribunal do Fundão condenou três pessoas, naquela que foi considerada na altura a primeira condenação de sempre por escravatura em Portugal.
Na Polícia Judiciária (PJ) deram entrada, até final de Novembro deste ano, 10 processos relativos ao crime específico de escravatura. Eram 14 em 2012, 15 em 2011, ou 13 em 2008. Em cada processo, pode estar mais do que um tipo de crime, mais do que uma vítima, mais do que um agressor. Os números sobem quando se fala de tráfico de seres humanos — um crime ao qual o de escravidão está, muitas vezes, associado, quando se trata de tráfico para exploração laboral: em 2013, deram entrada na PJ 31, e a média dos 30 foi constante nos anos anteriores, sendo mais alta em 2008, quando se registaram 39.

Mas, como várias organizações ligadas a este fenómeno não se têm cansado de divulgar, os números escondem uma realidade que fica debaixo do tapete por diversas razões, muito por ser difícil de provar e às vezes por dificuldade da vítima em denunciar.

Quando em Outubro foi divulgado o primeiro Índice Global de Escravatura 2013, revelaram-se números chocantes: estimava em quase 30 milhões o número de escravos modernos que existiam no mundo e entre 1300 e 1400 em Portugal. Só neste ano, a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) já identificou cerca de 60 pessoas vítimas de escravidão por dívida, casos comunicados ao Ministério Público. São os casos que o inspector-geral da ACT, Pedro Pimenta Braz, não tem dúvidas de que se tratam de escravatura. Destes, excluem-se os casos “cinzentos”, em que as pessoas estão em situações desumanas mas podem, “no limite”, mesmo com grandes dificuldades, sair do sítio onde estão. Sinais de escravatura, sem dúvidas: a retenção dos documentos de identificação de alguém, diz.

continue a ver a noticia in http://www.publico.pt/portugal/noticia/fui-escravo-em-portugal-durante-26-anos-1616167

sexta-feira, dezembro 13, 2013

ISMT/ESAE Justiça e Cidadania Infantil. O (des) governo da Infância em Portugal (1911-1978) e a Tutoria de Coimbra. COIMBRA Portugal

ISMT/ ESAE

Seminário Crise Contemporânea e Serviço Social. Trabalho e Políticas Públicas

AULA ABERTA



Justiça e cidadania infantil. O (des) governo da infância em Portugal (1911-1978) e a tutoria de Coimbra.

Maria Rosa Tomé


Licenciada e mestre em Serviço Social e Doutora em Letras, na área de História, especialidade de História Contemporânea. Professora Auxiliar (equiparada) na licenciatura e no mestrado em Serviço Social do Instituto Superior Miguel Torga e investigadora integrada do CEPESE. No domínio da investigação tem vindo a trabalhar A investigação e a formação em Serviço Social e a Questão da infância e o sistema de justiça em Portugal e orientado dissertações no âmbito da linha de investigação do mestrado Violência, justiça e Serviço Social. É representante do mestrado em Serviço Social no Gabinete de Relações Internacionais do ISMT. No âmbito da produção académica, refiram-se o livro A criança e a delinquência juvenil na Primeira República (2003) e, em co-autoria, o capítulo “Bissaya Barreto e a política assistencial da Junta da Província da Beira Litoral” em Bissaya Barreto (1886-1974). Percorrer uma vida e uma obra (2013).




13 de dezembro de 2013 – 14h30 às 17h30
[Sala 4 da R. Bernardo Albuquerque]


ORGANIZAÇÃO: Coordenação do mestrado em Serviço Social
Atividade programada do Seminário de Dissertação II (11º curso)
Professoras: Alcina Martins e Maria Rosa Tomé



ENTRADA LIVRE – com certificado de presença

Projectos Educativos e Autogestionados: Uma experiência Inovadora

Premios Nacionais Direitos Humanos 2013

quarta-feira, dezembro 11, 2013

Serviço Social em Portugal UM AUTENTICO BANHO DE DIGNIDADE NA ASSEMBLEIA DA REPUBLICA

UM AUTENTICO BANHO DE DIGNIDADE NA ASSEMBLEIA DA REPUBLICA

O assistente social da Junta de Freguesia de Campanhã José António Pinto que recebeu  hoje a medalha de ouro comemorativa do 50º aniversário da declaração Universal dos Direitos Humanos; deixou a medalha ficar na Assembleia. «Quero que os cidadãos do meu país hipotecado realizem os seus sonhos, quero que estes governantes estanquem imediatamente este processo de retrocesso civilizacional que ilumina palácios mas que, ao mesmo tempo, enche a cidade de pessoas a dormir na rua.» «Não quero medalhas, quero que os cidadãos deste país protestem livremente e de forma digna dentro desta casa e que quando reivindicam os seus direitos por uma vida melhor não sejam expulsos pela polícia destas galerias.» 


 Ouvir aqui » http://tiny.cc/2izv7w

terça-feira, dezembro 10, 2013

quarta-feira, dezembro 04, 2013

Serviço Social Espanhol Apela ao Compromisso com os Mais Vulneráveis

El municipio norteño acogió el acto institución del Colegio de Trabajo Social.

El presidente del Colegio de Trabajo Social de Las Palmas, David Muñoz, manifestó  el pasado viernes que: “La política, que integra todas las dimensiones de la vida, debe encomendarse a las necesidades de la ciudadanía, y no a los intereses de partidos”. Durante su discurso en el Acto Institucional del colegio profesional celebrado en el Centro Cultural Guaires de Gáldar Muñoz fue muy crítico con las políticas de recortes de Servicios Sociales que están realizando tanto el gobierno del Estado como las instituciones canarias desde que comenzó la actual crisis económica: “Los trabajadores y trabajadoras sociales gritamos ‘Hasta aquí’ y objetamos ser cómplices de un modelo de Estado que acrecienta el empobrecimiento, que vulnera derechos y que relega la igualdad de oportunidad atentando contra lo público”, señaló Muñoz.
Durante el acto también intervino la presidenta del Consejo General del Trabajo Social, Ana Lima, que hizo un llamamiento al compromiso de los trabajadores sociales con las personas más vulnerables.
Lima fue muy crítica con las reformas legislativas a nivel estatal, como la llamada Ley de Sostenibilidad de las administraciones locales, porque van a suponer el desmantelamiento de los servicios municipales de servicios sociales que provocará en la práctica la supresión de derechos ciudadanos que costó muchos años conseguir. La presidenta del órgano que engloba a todos los colegios profesionales de trabajadores sociales hizo un llamamiento al empoderamiento de los profesionales del trabajo social, para que se impliquen en movimientos como la marea naranja que pretenden frenar el avance de las políticas neoliberales.
En el acto institucional también se rindió homenaje a las trabajadoras y trabajadores sociales que llevan 25 años de ejercicio profesional. Subieron al escenario 21 compañeros de esa promoción y sus profesores. Se proyectó un video en el que se recordó las luchas que protagonizaron hace cinco lustros, que recuerdan a las reivindicaciones por las que hoy se vuelve a salir a la calle: rebajar las tasas universitarias, lograr un plan concertado de servicios sociales, etc.  También se rindió homenaje a Domingo Viera González y Mari Carmen Santana Ruiz que se acaban de jubilar. Y se dio la bienvenida a 18 nuevos trabajadores sociales que juraron respetar el código ético y se convirtieron en nuevos  colegiados.
En el acto se reconoció la labor de tres organizaciones sociales canarias: Plataforma Stop Desahucios, Asamblea por la Educación Pública Canaria y Asociación para la Defensa de la Sanidad Pública.  No faltó el buen humor protagonizado por la actriz Alicia Murillo que interpretó un monólogo sobre la profesión del Trabajo Social. También intervino la concejal de Servicios Sociales del ayuntamiento de Gáldar, Encarnación Ruiz, que mostró su apoyo público a la marea naranja por el sistema público de Servicios Sociales.

segunda-feira, novembro 25, 2013

CEFESS Comemora Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher








A data de 25 de novembro é especial para o movimento feminista em todo o mundo. Hoje, celebra-se o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher. É nesse sentido que se torna urgente a proposição de políticas públicas de enfrentamento às desigualdades de gênero, tendo em vista que só haverá uma sociedade emancipada quando se romperem as estruturas do capitalismo patriarcal, que tão bem se articulam com a dominação étnico-racial e de gênero da sociedade atual.

Por isso, o CFESS entrevistou a conselheira da Comissão de Ética e Direitos Humanos do CFESS, Maria Elisa Braga, que também é assistente social da Casa Eliane de Grammond (SP), o primeiro equipamento público de referência no combate à violência contra a mulher no Brasil. Abaixo, a entrevista completa, que traz uma breve análise sobre a violência contra a mulher no país, dados estatísticos e desafios a serem enfrentados. Confira:

CFESS - Por que os dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA, 2013) apontam que a violência contra a mulher tem aumentado, quando verificamos a construção de políticas públicas e de uma lei afirmativa de direitos (Lei Maria da Penha)? Nesse contexto, por que o machismo, expressão popular do patriarcado, persiste e se agudiza cotidianamente na vida das mulheres?
 
Maria Elisa Braga - Vivemos ainda sob o domínio de um sistema patriarcal construído há milênios. No entanto, devido a uma forte atuação do movimento feminista a partir do final da década de 1950 no mundo, e na transição dos anos 1970 para 1980 no Brasil, houve mais alterações nas relações entre os sexos e a visibilização das assimetrias de gênero  do que nos sete mil anos anteriores  de história deste patriarcado. Isso provocou a construção e materialização de direitos para as mulheres, como políticas, legislações e serviços afirmativos, que reconhecem e fazem enfrentamento às desigualdades e violências  de gênero. Além da relação com o capitalismo, o patriarcado se potencializa com outros sistemas de dominação - como o racismo e o heterossexismo – bem como com todas as formas de fundamentalismos presentes na onda conservadora atual. Assim este patriarcado construiu conceitos, que se materializam na ideologia machista e em uma rede de poder e controle que quer se perpetuar. Ao analisarmos esse contexto, é que podemos explicar (com imenso repúdio) a estatística de que uma mulher morre a cada uma hora e meia no Brasil, vítima da violência doméstica. As mulheres morrem não porque se submetem a este poder, mas porque resistem. Morrem porque desejam ser sujeitos de direitos e não uma mercadoria de posse. Morrem ao manifestar a vontade de se separar, sair da relação que quer impedi-las de realizarem suas capacidades humanas, de serem sujeitos autônomos e livres. Morrem porque ousam dizer basta à violência física, sexual, moral, emocional, patrimonial, social. Morrem porque ousam querer viver a vida com equidade e justiça social.

CFESS - Quais estratégias necessitam ser amplamente divulgadas e apropriadas pelas mulheres, pela sociedade, para o enfrentamento da violência contra mulher?
 
Maria Elisa Braga - Precisamos conhecer e lutar pela materialização das conquistas já produzidas em relação às politicas para as mulheres no Brasil. Precisamos continuar a nos articular com o movimento feminista e com todos os sujeitos políticos que lutam pela ampliação e consolidação dos direitos humanos das mulheres. Precisamos desconstruir preconceitos (ainda tão naturalizados nas famílias, nas escolas, nas mídias, nas igrejas, no trabalho, no Estado, na cultura, na ciência, na história, nas relações sociais) e as assimetrias de gênero, que geram as desigualdades e violências contra as mulheres. E necessitamos que equipamentos públicos - resultado de amplas lutas do movimento feminista - como as creches, as delegacias da mulher, os centros de referência e as casas abrigos, dentre outros, sejam ampliados e que sejam garantidas condições éticas e técnicas de trabalho para profissionais que atuam nesta realidade.

CFESS - O que você destaca no trabalho como assistente social no enfrentamento à violência na Casa Eliane de Grammont?
 
Maria Elisa Braga - Nestes 21 anos de trabalho como assistente social na Casa Eliane de Grammont, aprendi muito com as feministas idealizadoras deste serviço e com o compromisso e competência da equipe profissional desde a sua origem (na qual o serviço social possui reconhecimento e  respeitabilidade por seu envolvimento e contribuição). E, principalmente, aprendi muito no processo de atendimento às mulheres que sofrem violência, suas idas e vindas na rota crítica da violência, materializadas na imensa dificuldade de romperem com as estruturas do sistema patriarcal (como o pavor que sentem do agressor que as imobilizam); na dificuldade de romperem com a heteronomia construída nas relações sociais machistas desde seu nascimento e (re)construírem autonomia; na falta de apoio e respeito à sua intenção de romper com a violência por parte do próprio Estado, quando se omite frente à falta de politicas, de serviços, da família, de amigos e amigas, da sociedade; na falta de informação e de como acessar direitos; na falta de como acessar a justiça pelas violências sofridas. Posso também assegurar que sinto muita realização profissional, ao poder constatar, nas mulheres que aderem ao acompanhamento interdisciplinar, a superação das violências sofridas, reinventando sua condição e problematizando as desigualdades de gênero, constituindo-se como um sujeito autônomo e autodeterminado, que não admite mais a violência na vida particular e coletiva. Afinal, o que as mulheres desejam e lutam é, como tão bem nos fala Rosa de Luxemburgo, “por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres”.

Para saber mais sobre o combate à violência acesse:
 

Conheça a Casa Eliane de Grammont:

Endereço: Rua Dr. Bacelar, nº 20 - Vila Clementino - São Paulo (SP)
Telefones: (11) 55499339 / 55490335 e email: caseliane@yahoo.com.br
 

Conselho Federal de Serviço Social - CFESS
Gestão Tempo de Luta e Resistência – 2011/2014
Comissão de Comunicação

Diogo Adjuto - JP/DF 7823
Assessoria de Comunicação
comunicacao@cfess.org.br


quinta-feira, outubro 31, 2013

quarta-feira, outubro 30, 2013

sábado, outubro 26, 2013

Seminário no âmbito do mestrado em Serviço Social, no ISMT COIMBRA com Yolanda Guerra e Janete Luzia Leite


COIMBRA ISMT
Seminário no âmbito da 11ª edição do mestrado em Serviço Social, dia 5 de novembro de 2013, no ISMT, com as professoras doutoras em Serviço Social da UFRJ Yolanda Guerra e Janete Luzia Leite

domingo, outubro 06, 2013

quarta-feira, setembro 11, 2013

terça-feira, setembro 03, 2013

quinta-feira, agosto 22, 2013

terça-feira, agosto 13, 2013

segunda-feira, julho 29, 2013

terça-feira, julho 16, 2013

terça-feira, julho 09, 2013

Professora Doutora Maria Rosa Tomé Justiça e Cidadania Infantil em Portugal (1820-1978). A Tutoria de Coimbra


Queridos amigos

            Venho dar-vos uma boa notícia: a nossa colega  Maria Rosa Tomé defendeu  brilhantemente a sua tese de doutoramento em História Contemporânea Justiça e Cidadania Infantil em Portugal (1820-1978). A Tutoria de Coimbra, na Sala dos Capelos da Universidade de Coimbra, com um júri de peso (os Professores Fernando Catroga, Irene Vaquinhas, Susana Silva, Maria João Vaz e as co-corientadoras Maria Antónia Lopes e eu), obtendo a classificação máxima: aprovada com distinção e louvor, por unanimidade  e com recomendação para publicação.  

            Estou muito orgulhosa dela.  

            Abraços 

            Alcina Martins


sexta-feira, julho 05, 2013

quinta-feira, junho 27, 2013

Servicio Social Portugues llama a la Huelga General Serviço Social Português Apela à Greve Geral 27 de Junho de 2013

Serviço Social Português apela à Greve Geral. Como trabalhadores assalariados, os assistentes sociais tem sido, também, as vitimas prioritárias dos cortes nas políticas sociais ditadas pelo FMI. Emprego precário, despedimentos na Função Pública, extorção nas IPSS, desemprego, baixos salários,trabalho sazonal, etc. As organizações da categoria devem estar à altura das suas obrigações e aderir às convocatórias das centrais sindicais CGTP e UGT do contrário correm o risco do isolacionismo e da perca de solidariedade das outras profissões, ofícios e ocupações. Os Assistentes Sociais reformados ou quase reformados, entendem que estão vulnerabilizados com as decisões do Governo Português; por isso devem participar com o seu exemplo e sabiduria histórica ,na divulgação deste evento da GREVE GERAL.

sábado, junho 22, 2013

IPBeja Ana Isabel Lapa Fernandes Nova Doutora do Serviço Social Português


A professora  do IPBeja, Ana Isabel Lapa Fernandes, licenciada e mestre, é a mais recente Doutora do Serviço Social Português. Nos Congratulamos por este esforçado contributo para a categoria profissional da nossa querida amiga e colega que se consumou a 4 de Junho de 2013.



Memoria Social e Serviço Social : O Discurso da Presidente Dilma Rousef

21 de junho de 2013



Minhas amigas e meus amigos,

Todos nós, brasileiras e brasileiros, estamos acompanhando, com muita atenção, as manifestações que ocorrem no país. Elas mostram a força de nossa democracia e o desejo da juventude de fazer o Brasil avançar.

Se aproveitarmos bem o impulso desta nova energia política, poderemos fazer, melhor e mais rápido, muita coisa que o Brasil ainda não conseguiu realizar por causa de limitações políticas e econômicas. Mas, se deixarmos que a violência nos faça perder o rumo, estaremos não apenas desperdiçando uma grande oportunidade histórica, como também correndo o risco de colocar muita coisa a perder.

Como presidenta, eu tenho a obrigação tanto de ouvir a voz das ruas, como dialogar com todos os segmentos, mas tudo dentro dos primados da lei e da ordem, indispensáveis para a democracia.

O Brasil lutou muito para se tornar um país democrático. E também está lutando muito para se tornar um país mais justo. Não foi fácil chegar onde chegamos, como também não é fácil chegar onde desejam muitos dos que foram às ruas. Só tornaremos isso realidade se fortalecermos a democracia – o poder cidadão e os poderes da República.

Os manifestantes têm o direito e a liberdade de questionar e criticar tudo, de propor e exigir mudanças, de lutar por mais qualidade de vida, de defender com paixão suas ideias e propostas, mas precisam fazer isso de forma pacífica e ordeira.

O governo e a sociedade não podem aceitar que uma minoria violenta e autoritária destrua o patrimônio público e privado, ataque templos, incendeie carros, apedreje ônibus e tente levar o caos aos nossos principais centros urbanos. Essa violência, promovida por uma pequena minoria, não pode manchar um movimento pacífico e democrático. Não podemos conviver com essa violência que envergonha o Brasil. Todas as instituições e os órgãos da Segurança Pública têm o dever de coibir, dentro dos limites da lei, toda forma de violência e vandalismo.

Com equilíbrio e serenidade, porém, com firmeza, vamos continuar garantindo o direito e a liberdade de todos. Asseguro a vocês: vamos manter a ordem.

Brasileiras e brasileiros,

As manifestações dessa semana trouxeram importantes lições: as tarifas baixaram e as pautas dos manifestantes ganharam prioridade nacional. Temos que aproveitar o vigor destas manifestações para produzir mais mudanças, mudanças que beneficiem o conjunto da população brasileira.

A minha geração lutou muito para que a voz das ruas fosse ouvida. Muitos foram perseguidos, torturados e morreram por isso. A voz das ruas precisa ser ouvida e respeitada, e ela não pode ser confundida com o barulho e a truculência de alguns arruaceiros.

Sou a presidenta de todos os brasileiros, dos que se manifestam e dos que não se manifestam. A mensagem direta das ruas é pacífica e democrática.

Ela reivindica um combate sistemático à corrupção e ao desvio de recursos públicos. Todos me conhecem. Disso eu não abro mão.

Esta mensagem exige serviços públicos de mais qualidade. Ela quer escolas de qualidade; ela quer atendimento de saúde de qualidade; ela quer um transporte público melhor e a preço justo; ela quer mais segurança. Ela quer mais. E para dar mais, as instituições e os governos devem mudar.

Irei conversar, nos próximos dias, com os chefes dos outros poderes para somarmos esforços. Vou convidar os governadores e os prefeitos das principais cidades do país para um grande pacto em torno da melhoria dos serviços públicos.

O foco será: primeiro, a elaboração do Plano Nacional de Mobilidade Urbana, que privilegie o transporte coletivo. Segundo, a destinação de cem por cento dos recursos do petróleo para a educação. Terceiro, trazer de imediato milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento do Sistema Único de Saúde, o SUS.

Anuncio que vou receber os líderes das manifestações pacíficas, os representantes das organizações de jovens, das entidades sindicais, dos movimentos de trabalhadores, das associações populares. Precisamos de suas contribuições, reflexões e experiências, de sua energia e criatividade, de sua aposta no futuro e de sua capacidade de questionar erros do passado e do presente.

Brasileiras e brasileiros,

Precisamos oxigenar o nosso sistema político. Encontrar mecanismos que tornem nossas instituições mais transparentes, mais resistentes aos malfeitos e, acima de tudo, mais permeáveis à influência da sociedade. É a cidadania, e não o poder econômico, quem deve ser ouvido em primeiro lugar.

Quero contribuir para a construção de uma ampla e profunda reforma política, que amplie a participação popular. É um equívoco achar que qualquer país possa prescindir de partidos e, sobretudo, do voto popular, base de qualquer processo democrático. Temos de fazer um esforço para que o cidadão tenha mecanismos de controle mais abrangentes sobre os seus representantes.

Precisamos muito, mas muito mesmo, de formas mais eficazes de combate à corrupção. A Lei de Acesso à Informação, sancionada no meu governo, deve ser ampliada para todos os poderes da República e instâncias federativas. Ela é um poderoso instrumento do cidadão para fiscalizar o uso correto do dinheiro público. Aliás, a melhor forma de combater a corrupção é com transparência e rigor.

Em relação à Copa, quero esclarecer que o dinheiro do governo federal, gasto com as arenas é fruto de financiamento que será devidamente pago pelas empresas e os governos que estão explorando estes estádios. Jamais permitiria que esses recursos saíssem do orçamento público federal, prejudicando setores prioritários como a Saúde e a Educação.

Na realidade, nós ampliamos bastante os gastos com Saúde e Educação, e vamos ampliar cada vez mais. Confio que o Congresso Nacional aprovará o projeto que apresentei para que todos os royalties do petróleo sejam gastos exclusivamente com a Educação.

Não posso deixar de mencionar um tema muito importante, que tem a ver com a nossa alma e o nosso jeito de ser. O Brasil, único país que participou de todas as Copas, cinco vezes campeão mundial, sempre foi muito bem recebido em toda parte. Precisamos dar aos nossos povos irmãos a mesma acolhida generosa que recebemos deles. Respeito, carinho e alegria, é assim que devemos tratar os nossos hóspedes. O futebol e o esporte são símbolos de paz e convivência pacífica entre os povos. O Brasil merece e vai fazer uma grande Copa.

Minhas amigas e meus amigos,

Eu quero repetir que o meu governo está ouvindo as vozes democráticas que pedem mudança. Eu quero dizer a vocês que foram pacificamente às ruas: eu estou ouvindo vocês! E não vou transigir com a violência e a arruaça.

Será sempre em paz, com liberdade e democracia que vamos continuar construindo juntos este nosso grande país.

Boa noite!

quinta-feira, junho 13, 2013

quarta-feira, junho 12, 2013

Memória Social: El Derby de la Sufragista EmilyEmily Davidson, Que Murió Arrollada en 1913


El Derby de la sufragista


Este año la carrera se dedicó a Emily Davidson, que murió arrollada en 1913


El Derby de 1913 es considerado el más dramático y controvertido de la historia, entre otros azares por el fervor de una mujer y el rencor de un hombre. La mujer se llamaba Emily Davison y tenía poco más de 40 años: de familia modesta, en su adolescencia se dedicó a la natación y al ciclismo, después al arte, a la poesía y al estudio de la literatura inglesa para finalmente entregarse con pasión a la lucha por los derechos de la mujer. Se afilió a la Women Social and Political Union y participó en la lucha por el sufragio femenino en primera línea, siendo varias veces detenida, encarcelada y haciendo huelgas de hambre. El día del Derby acudió al hipódromo de Epsom y se situó al final de la curva de Tattenham, allí donde se inicia la recta final. Cuando pasaron los caballos se lanzó a la pista, unos dicen que para hacer ondear la enseña de su grupo y otros que para intentar colgársela a alguno de los participantes, con la mala suerte de ser arrollada por el último del pelotón, que era precisamente el caballo del rey Jorge V, Anmer, el cual cayó desmontando a su jockey. Emily sufrió graves heridas, a consecuencia de las cuales murió cuatro días después. Herbert Jones, el jinete, solo tuvo una contusión leve: hasta el final de sus días (se suicidó en 1954) vivió obsesionado por el rostro de la mujer y reverenciando su memoria. Anmer se levantó ileso y continuó corriendo descabalgado hasta la meta.
No todo acabó ahí. El gran favorito de la prueba era Craganour,propiedad del naviero Charles Bowyer Ismay, cuya compañía White Star había perdido el año anterior el navío orgullo de su flota, el Titanic.Bowyer Ismay tenía fama de mujeriego y había tenido un enredo con la cuñada de Edmund Loder, comisario jefe del Jockey Club en Epsom y criador de Craganour, que no le perdonó esta ofensa a su hermano. La carrera no fue demasiado limpia y varios participantes fueron luchando juntos y obstaculizándose hasta la misma meta, donde por un cuello venció el favorito. Se proclamó su triunfo y comenzaron los parabienes, hasta que de pronto todo quedó en suspenso: Loder había presentado una reclamación contra el vencedor, que él mismo, como comisario, debía decidir. Bowyer Ismay supo de inmediato que su enemigo no iba a dejar pasar esa ocasión de vengarse. Craganour fue distanciado al último lugar y se regaló el triunfo al insólito Aboyeur, que iba cien a uno en las apuestas. El escándalo entre los apostantes fue mayúsculo (probablemente mayor que el causado por la muerte de la sufragista momentos antes), pero la decisión fue irreversible.
Cien años después, el Derby se ha corrido en un país donde ya las mujeres tienen voto desde hace décadas y acaba de morir una que fue el primer ministro más notable y controvertido de la posguerra. La prensa y el hipódromo dedicaron homenajes a Emily Davison: a comienzos de la jornada de Epsom, el grupo de paracaidistas que cada año saltan sobre la pista con admirable precisión llevando la bandera británica estaba en esta ocasión formado exclusivamente por mujeres. El compositor Tim Benjamin le ha dedicado la ópera Emily y acaba de publicarse un libro sobre ella y sobre la famosa carrera en que perdió la vida (The Sufragette Derby, de Michael Tanner, Robson Press).
Probablemente a Emily le hubiese gustado por esperanzador el nombre del favorito de este año, Dawn Approach, ganador de las Dos Mil Guineas. Después de todo, también el sacrificio de ella anunció la cercanía del alba de los derechos de la mujer… El caballo tiene sin duda una lámina espléndida, pero podía dudarse mucho de su capacidad de aguantar con eficacia la distancia del Derby, 800 metros mayor que la de las Guineas. Como en otras ocasiones, el entrenador irlandés Aidan O’Brien presentaba contra él una potente escuadra de cinco caballos, cuyos tres principales componentes llevaban nombres bélicos y dominantes: Battle of Marengo, Ruler of the World y Mars. Ya que de la dialéctica de los nombres estamos tratando, tan interesante incluso contra nuestra voluntad racional para los románticos del turf, difícilmente puede encontrarse un origen más evocador que el de Battle of Marengo, hijo de Galileo y Anna Karenina, la soñada alianza de la ciencia y la literatura… Pero mi corazoncito, llevado por la susodicha poética nominal, se fue con Libertarian, a pesar de que contaba con menos partidarios entre los pronosticadores oficiales.
Antes de la carrera, como en anteriores ocasiones especiales, se rindió homenaje a un invitado de honor en Epsom. En este caso fue el jockey ya retirado Pat Eddery, ganador tres veces de la gran carrera y seis veces segundo en ella. Se me hizo raro verle con gafas, chistera y chaqué, luciendo un aire inequívocamente senior. Fue el ganador del primer Derby de mi vida, en 1975 sobre Grundy (también la primera de sus victorias en la prueba). Por entonces yo le miraba con cierta hostilidad porque era el joven aspirante que quería desbancar de su primacía a mi ídolo de siempre Lester Piggott. Más tarde, tras la retirada de Lester, ocupó como second best la preferencia en mi afición. Ahora, jubilados ya ambos (y también yo), le veo como alguien de mi familia y disfruto melancólicamente del homenaje que le tributan quienes apenas le conocieron en su esplendor deportivo.
Puesto que había serias dudas respecto al aguante en la distancia deDawn Approach, podía suponerse que O’Brien haría marcar a algunos de sus caballos un paso exigente, para ponerle a prueba y agotar sus reservas. Prefirió astutamente que el ritmo fuese lento y así desconcertó al vulnerable favorito, que luchó con su jinete por entregar cuanto antes su velocidad hasta ponerse finalmente en cabeza al comenzar la recta, pero ya desgastado y sin fuerzas. Todos le rebasaron y acabó último. El poderoso triunfador fue Ruler of the World, que en efecto dominó si no el mundo al menos el Derby y ganó por más de un cuerpo, seguido por el estupendo remate de Libertarian, que batió por corta cabeza aloutsider Galileo Rock y a Battle of Marengo, los que habían ido en cabeza gran parte del recorrido. ¡Siempre el libertario tratando de alcanzar al mandamás del mundo y sin lograrlo… por ahora! Genéticamente hablando, el gran vencedor de este Derby es el semental Galileo: de los cuatro primeros clasificados, tres eran hijos suyos y el otro, su nieto. Como sigan las cosas igual, habrá que desdoblar el Derby y correr uno solo con parientes de Galileo y otro con los demás…
Hace un siglo, los restos de Emiliy Wilding Davison fueron llevados a su localidad natal de Morpeth, en Northumberland, y enterrados en la iglesia de St. Mary. En su lápida figuran las fechas de su breve y valerosa vida, junto al lema enérgico y ferviente de la organización sufragista en que militó: “Hechos, no palabras”. Charles Bowyer Ismay se consoló de haber perdido injustamente el Derby vendiendo Craganourpor 30.000 libras al argentino Martínez de Hoz, dueño del Haras Chapadmalal, con el requisito de que fuese dedicado a la cría y no volviese a correr. El vencedor oficial, Aboyeur, fue vendido a Rusia por 13.000 libras. El rencoroso Eduard Loder murió al año siguiente, víctima del mal de Bright, entre cuyos síntomas que alteran el sistema nervioso están pensamientos de hostilidad irracional. Pero toda Europa padeció algo parecido, porque ese año comenzó la primera Gran Guerra.
Fernando Savater es escritor.

sábado, junho 08, 2013

Livros de Serviço Social na Feira do Livro de Lisboa no Pavilhão Livraria Letra Livre

Em Benfica  Lisboa Portugal os Livros estão à venda  na Papelaria Papel de Mérito 
Telefone 217603724 papeldemerito@sapo.pt

terça-feira, junho 04, 2013

Serviço Social Arquivo Do IPBeja

quinta-feira, maio 30, 2013

segunda-feira, maio 27, 2013

Vida e Morte numa Mina do Alentejo....: Um livro do Assistente Social Miguel da Conceição Bento


Recentemente editado este livro, fruto de trabalho de pesquisa na sua terra, promete uma leitura atenta a esta realidade. Voltaremos a ele com uma leitura círitica.

alfredo henríquez