sexta-feira, outubro 12, 2007

Serviço Social Açores Debate o Menor


Protecção de Crianças e Jovens: uma Abordagem Interdisciplinar é o título de um seminário que decorre hoje, em Angra do Heroísmo, numa iniciativa do Governo dos Açores.


Pretende-se, sobretudo, com este evento debater as grandes questões relativas ao acolhimento em instituições, procurando respostas a diversos níveis para essas crianças e jovens, nomeadamente no que diz respeito ao desenvolvimento global, à saúde, afecto, família, educação, socialização, ocupação de tempos livres, desporto, cultura, formação profissional, autonomia e integração social.A directora regional da Solidariedade e Segurança Social, que presidiu à sessão de abertura, referiu-se a esta busca de respostas como um meio para “potenciar a dignidade e o superior interesse das crianças e jovens institucionalizados, criando condições, ao mesmo tempo, para reduzir o tempo de permanência nas instituições e o número de institucionalizações”.


Andreia Cardoso salientou, por isso, a importância da assinatura hoje formalizada de uma Carta de Compromisso, entre o Instituto de Acção Social e as instituições de acolhimento da Terceira, Graciosa e São Jorge, “visando uniformizar critérios que permitam melhores resultados”.Para garantir o êxito das posições agora assumidas, foram criadas equipas multidisciplinares que dão apoio às instituições, ao mesmo tempo que se dotava cada instituição com um corpo técnico nas áreas do serviço social, da psicologia e da educação, “no sentido de garantir uma resposta de qualidade”, segundo disse a directora regional.O essencial, vincou Andreia Cardoso, “ é que todas as crianças que estejam acolhidas tenham um projecto de vida definido e esse projecto deve definir se a criança reúne condições para adopção, se é necessário um complemento familiar, se é necessário o acolhimento institucional, que tipo de resposta é que garante o superior interesse dessa criança”.

Durante o seminário foi também apresentada a Agência para a Defesa e Desenvolvimento da Criança e Jovem em Risco, que conta igualmente com um suporte técnico multidisciplinar, preparado para dar resposta rápida e adequada a situações de risco de menores.


quinta-feira, outubro 11, 2007

Serviço Social & Direitos Humanos Mais de 11 Mil Jovens São Mutiladas Anualmente na Inglaterra


MAIS DE 11 MIL GAROTAS SÃO MUTILADAS NA INGLATERRA POR ANO
LONDRES, 10 OUT (ANSA)
- Mais de 11 mil garotas menores de 15 anos de origem africana são mutiladas sexualmente na Inglaterra e no país de Gales a cada ano, e outras 21 mil correm perigo de serem, segundo um informe do grupo Forward financiando pelo Ministério da Saúde Britânico. De acordo com a investigação, os pais de tais menores levam suas filhas a seus países de origem na África, onde são praticadas as mutilações genitais. No entanto, Forward denunciou que as práticas de mutilação genital feminina também são praticadas na Grã-Bretanha. Segundo um levantamento, cerca de 66 mil garotas na Inglaterra e no país de Gales teriam sido mutiladas sexualmente, em um procedimento sem anestesia no qual lhes é retirado o clitóris para impedir qualquer forma de prazer sexual. Forward explicou que o número de crianças nascidas de mães que tiveram a genitália mutilada aumentou de 6 mil, em 2001, para 9 mil, em 2004. A áreas com maior número de mulheres africanas mutiladas são Londres, Birmingham, Manchester e Leicester. Em sua maioria elas provêm de países como Somália, Sudão, Etiópia e Senegal. Com relação a isso, um grupo de ativistas pediu às autoridades para que sejam tomadas medidas preventivas para evitar as mutilações. Sob as leis britânicas, a mutilação genital feminina é um delito da Grã-Bretanha desde 1985. As pessoas vinculadas a essas práticas ilegais enfrentam até 14 anos de prisão, nas até o momento ninguém foi condenado por tal crime.
Maureen Salmon, diretora interina de Froward, pediu aos professores de escolas de informem sobre suspeitas a respeito de garotas que poderiam ser mutiladas para evitar que tal pratica seja realizada. "Se uma garota é retirada da escola por um longo período de tempo para realizar uma viagem ao exterior, as autoridades escolares deveriam descobrir qual é o intuito dessa viagem", destacou a especialista. "Também poderiam notar mudanças no comportamento da garota se esta já foi mutilada sexualmente", acrescentou. (ANSA) 10/10/2007 10:36

quarta-feira, outubro 10, 2007

Serviço Social & direitos Humanos Padre Católico Argentino Condenado Por Crimes Contra a Humanidade

LA PLATA, Argentina - Acusado de participar de sete homicídios qualificados, 31 casos de tortura e 42 privações ilegais de liberdade durante a ditadura militar argentina (1976-1983), o ex-capelão católico da polícia de Buenos Aires Christian Von Wernich foi condenado nesta terça-feira, 9, à prisão perpétua.

Pedida absolvição de padre aliado da ditadura

Wernich escutou o veredicto com as mãos cruzadas e a vista baixa, enquanto membros de organizações de defesa dos direitos humanos aplaudiam a sentença. Ele é o primeiro religioso sentenciado por crimes de lesa humanidade praticados durante a ditadura, período em que entre 11 mil e 30 mil pessoas foram seqüestradas e assassinadas pelo regime.

A sentença - cuja pena é a mais severa aplicável no país - foi imposta pelo mesmo tribunal que em 2006 condenou à prisão perpétua um ex-policial no primeiro juízo oral e público por violações aos direitos humanos realizado após a anulação da "lei do perdão". A medida havia anistiado mais de mil supostos repressores argentinos.

O ultimo dia do julgamento que mobilizou a Argentina foi marcado por uma ameaça de bomba na sala da corte, que teve que ser esvaziada antes da conclusão dos trabalhos.

Mais cedo, Wernich usou a oportunidade de se defender perante o tribunal para pedir "paz e reconciliação". O religioso também criticou os que testemunharam contra ele, classificando-os de mentirosos.

http://www.estadao.com.br/internacional/not_int62609,0.htm