sexta-feira, fevereiro 04, 2011

quinta-feira, fevereiro 03, 2011

Alagoas Brasil Hospitais privados detêm 63% dos recursos públicos da saúde

Hospitais privados detêm 63% dos recursos públicos da saúde


por Divulgação



(03/02/2011 10:23)



A rede privada da saúde em Alagoas recebeu, nos últimos três anos, 63% dos recursos públicos destinados a internações hospitalares e à produção ambulatorial ou o equivalente a R$ 373 milhões. Segundo a professora doutora em serviço social pela Ufal e coordenadora do Fórum em Defesa do SUS e Contra a Privatização, Valéria Correia, esse repasse vem se dando por meio de convênios com o setor filantrópico e privado para prestação de serviços de saúde para o SUS.

A professora informou também que no final de 2008, o governo de Alagoas lançou uma rede de programas que, segundo ele, pretendia ampliar e melhorar a atenção à saúde. Os programas Prohosp especialidade, Promater e Provida visavam, respectivamente, fortalecer a rede hospitalar, qualificando e ampliando a oferta de serviços SUS; consolidar e incrementar o atendimento nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) Neonatal, sendo referência em partos normais e cesarianas de baixo e alto risco, além de realizar procedimentos de curetagem; e consolidar e incrementar o atendimento de Urgência e Emergência hospitalar.
Valéria Correia revelou dados mostrando que os programas promoveram um repasse ainda maior de recursos públicos para o setor privado. De acordo com ela, no Prohosp especialidade, 100% do repasse foi feito para a rede privada. No Promater, o setor privado recebeu 80% dos recursos públicos e no Provida a distribuição se deu em 66% para a rede privada e 34% para a rede pública de saúde.
“Porém, estes programas além de não terem nenhuma vinculação aos Programas de Saúde da Família, se deram de forma aleatória nos municípios e, principalmente, via acordos políticos, sem nenhum estudo prévio de qual município precisaria de mais auxílio”, assinala Correia.
Repasse de recursos
Dados da prestação de conta online da Secretaria de Estado da Saúde revelam que, só em 2010, o Hospital do Açúcar recebeu quase R$ 2 milhões pelo programa Prohosp. O segundo hospital mais beneficiado foi o Sanatório com cerca de R$ 1,6 milhão; seguido da Santa Casa de Misericórdia de Maceió, com um repasse de mais de R$ 1,3 milhão; Hospital Ortopédico, com R$ 240 mil e o Instituto Oftalmológico de Alagoas (Iofal), com R$ 82 mil.



Pelo programa Promater, entre novembro de 2009 e agosto de 2010, o setor privado recebeu cerca de R$ 1,5 milhão nos municípios de Arapiraca, Coruripe, Maceió, Palmeira dos Índios, Penedo, São Miguel dos Campos e União dos Palmares. O setor público ficou apenas com um total de R$ 371 mil, para os municípios de Joaquim Gomes, Pão de Açúcar, Piranhas, Porto Calvo, Santana do Ipanema e Viçosa.



Nesse mesmo período, o programa Provida repassou aproximadamente R$ 2,6 milhões para o setor privado, nos municípios de Arapiraca, Coruripe, São Miguel dos Campos, União dos Palmares e Palmeira dos Índios. Para o setor público foi destinado R$ 1,3 milhão, distribuído entre os municípios de Joaquim Gomes, Pão de Açúcar, Porto Calvo, Santana do Ipanema, Viçosa, Delmiro Golveia e Penedo.


http://www.primeiraedicao.com.br/?pag=alagoas&cod=15021

Foi por Vontade de Deus

A Memória Social O Caso de Irene Aleixo

Grande inquietude provoca o facto do expólio bibliográfico de Irene Aleixo estar a ser vendido nos alfarrabistas de Lisboa. Depois do leilão,livros, medalhas, cartas pessoais, etc, em caixas ou individuais ao melhor comprador.
Não sendo caso inédito na historia do serviço social portugues e das Ciências Sociais (o abandono, o mercantilismo) acreditamos que este fenómeno nos dias que correm é considerado normal.
Sendo ela governadora de Setubal nos tempos da fome nessa região e falecida sem deixar descendência, só por si,o seu expólio merece uma leitura para explicar os seus posicionamentos políticos, religiosos e mesmo como assistente social.
alfredo henriquez

terça-feira, fevereiro 01, 2011

Portugal Abandono Escolar Universitário

Quase 750 estudantes cancelaram a sua inscrição nas universidades do Porto e de Coimbra desde o início do ano lectivo. Também na Universidade do Minho (UM) o número de abandonos ronda os 500. As associações académicas atribuem culpas às novas regras de atribuição de bolsas de estudo.
A maioria das desistências teve lugar na Universidade de Coimbra, onde 598 estudantes cancelaram a inscrição até sexta-feira passada. Este número é maior do que o registado durante todo o ano lectivo anterior, quando 515 alunos deixaram a instituição. Segundo a reitoria da mais antiga universidade portuguesa, não é expectável que as desistências aumentem muito nos próximos meses. Na Universidade do Porto, 145 alunos requereram o cancelamento da matrícula, mas este valor está ainda aquém do total de desistências do ano passado (217). As faculdades de Engenharia (69) e de Letras (21) são aquelas onde se regista um maior número de desistências.




Na quinta-feira passada, o Conselho Geral da Universidade do Minho tinha alertado para o facto de haver centenas de estudantes a cancelar a sua inscrição no ensino superior devido aos cortes nos apoios. Desde o início do ano lectivo, perto de 500 estudantes anularam a matrícula naquela universidade, o que levou a associação académica e os Serviços de Acção Social a lançar um inquérito para perceber os motivos destes abandonos.



Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), este número não é superior ao que se tem verificado em anos lectivos anteriores. "Nenhuma relação terá com o actual regime de bolsas", sustenta Mariano Gago. O ministro lembra que cada universidade dispõe dos recursos e poderes para intervir sempre que tenha conhecimento de algum caso de risco de abandono escolar de alunos que, tendo aproveitamento académico, evidenciam carências de rendimentos.



As explicações não convencem porém os estudantes, que se reuniram em Lisboa durante todo o fim-de-semana para discutir os problemas do ensino superior. O presidente da associação académica da UM, Luís Rodrigues, não tem dúvidas da existência de uma "relação causa-efeito" entre o número de desistências e a redução do número de bolseiros e do valor médio dos apoios. "Não nos oferece grandes dúvidas. Temos centenas de pedidos de ajuda de colegas."

O regulamento de atribuição de bolsas de estudo foi um dos temas mais quentes do Encontro Nacional de Direcções Académicas.

http://www.publico.pt/Educação/mais-de-1200-alunos-ja-cancelaram-este-ano-a-inscricao-so-em-tres-das-universidades_1477873