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Serviço Social:O inferno dos funcionários públicos. Histórias de agressões, insultos e ameaças de morte


...... O trabalho de Vera S., assistente social, é andar no terreno. Integra uma equipa que faz o levantamento das condições de vida de crianças sinalizadas como estando em risco. É chamada quando todas as tentativas de corrigir as famílias já foram esgotadas e cabe-lhe, muitas vezes, retirar os filhos aos pais. A responsabilidade e o perigo são “enormes”, mas mesmo assim é quase sempre destacada para o terreno sozinha. Por conta própria e sem direito a subsídio de risco. Nos últimos quatro anos teve dois processos-crime a correr no tribunal por ameaças e perseguições. Processos pagos do próprio bolso. “Os serviços e o Estado não se responsabilizam caso queiramos apresentar queixa.” Um dos casos acabou com a condenação de um homem que a perseguiu semanas a fio. Vera diz que nem se lembra da pena. “Tive de me distanciar do assunto para manter a sanidade mental.” Mudou de concelho e de local de trabalho, com medo de represálias, e temeu pela família: “Era um homem com problemas de esquizofrenia e alcoolismo, a quem era preciso tirar a guarda do filho de seis anos.” Insatisfeito com a intenção do tribunal, o homem fez-lhe esperas, seguiu-a, investigou-lhe a família e os hábitos. “Sabia tudo sobre mim: onde ia, com quem, a morada dos meus pais.”
“Estamos sempre no fio da navalha. O número de solicitações à Segurança Social disparou de forma exponencial, para o dobro, no último ano”, queixa- -se a assistente social que diz ter a cargo mais de uma centena de processos ao mesmo tempo. “É evidente que as instituições não conseguem dar respostas adequadas e em tempo útil, o que só reforça a irritação dos utentes.”
continue a consultar este artigo de Rosa Ramos,  in http://www.ionline.pt/boa-vida/anim-hectares-historia-cinema-portugues  
publicado em 5 Jan 2013 - 03:10 | Actualizado há 1 dia 11 horas