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quarta-feira, dezembro 06, 2006
El Ché... Ainda Vive em Serviço Social ... ou Não Passa de Retórica?
No entanto, são poucas as teses ou os trabalhos que verbalizem de forma substantiva os contributos do seu pensamento económico ou social, e mesmo cultural. O discurso contra a opulência capitalista transformou "el Ché" num ícone da rebeldia dos pobres contra os ricos. A sua própria morte constitui uma "prova" da honestidade deste político que sabia ser consequente.As possibilidades optimistas de um socialimo diferente, da construção do "Homem Novo" foram tópicos que ganharam enfase na necessiade da mudança planetária.
Mas.. vejo que no que se pensa ou sente, há muito folclore e pouco "sumo". Geralmente nas teses ou nos ensaios asoma uma frase um poema dedicado ao guerrilheiro... mais nada.
Talvez, ainda, na América Latina, na Africa,nos States ou na Europa; recomecem a surgir pesquisadores de Serviço Social que se preocupem por resgatar esse pensamento que caminhava de mãos dadas com Paulo Freire, Camilo Torres, Wrigth Mills, Lucien Goldman e tantos outros que iluminaram o Serviço Social na sua época de ouro.
Ainda fico a pensar se nos dias de hoje alguem se reivindica desta "ganga", ou se não passa de uma miragem...
Se algum colega quer este debate, deixo este desafío...
Mulheres Magras e Gordinhas .... Cuidados com a Saúde
Mulheres Magras Devem Morrer Antes das Gordinhas
NOVA ORLEANS, Estados Unidos – Um novo estudo descobriu que ser saudável e gordinha não é o suficiente. O excesso de peso, por si só, pode destruir anos de sua vida, até mesmo se você fizer muitos exercícios para acabar com ele.
“Existem alguns comentários de que se você for activo, você não tem motivo por que se preocupar com o peso de seu corpo, com sua dieta. Isto é muito equivocado”, disse o líder do estudo, o médico Frank Hu da Faculdade de Saúde Pública da Harvard.
A pesquisa feita com 116.500 mulheres foi publicada na edição de quinta-feira do New England Journal of Medicine e foi baseada nos questionários usados no estudo de enfermagem, que acompanhou enfermeiras desde 1976, atestados de óbito e registros médicos.
Mulheres fisicamente activas, mas obesas, tiveram quase o dobro de risco de morte em relação às mulheres ativas e magras.
Mulheres sedentárias e magras tinham 55% a mais de chances de morrer.
Mulheres sedentárias e obesas tinham duas vezes e meia mais chances de morrer.
“Ser fisicamente ativa não eliminou as chances de aumentar a mortalidade por causa de excesso de peso. Ser magro não contrabalançou o risco de assimilar os efeitos do sedentarismo”, disse Hu.
Um editorial feito por David R. Jacobs Jr. e Mark A. Pereira, da Universidade de Minnesota, observou que o estudo contava com informações de exercícios físicos e pesos de enfermeiras muito mais do que com dimensões diretas, além de não lançar luz sobre exercícios suaves – aqueles em que a maioria doas norte-americanas se apegam.
O médico Timothy Church do Instituto Cooper, que se dedica à pesquisa de exercícios e saúde, elogiou o estudo. “Se você é magra e sedentária, não se engane. Você ainda está sob risco. Você precisa começar a praticar atividades físicas”, disse.
AP
18:45 22/12
Associated Press
JUSTIÇA SOCIAL E PRECARIEDADE: REPRESENTAÇÕES E PRÁTICAS
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
FACULDADE DE PSICOLOGIA E DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
CICLO DE CONFERÊNCIAS
PROGRAMA
Primeira Sessão: dia 14 de Dezembro
14 horas - Abertura do Secretariado
14.30 horas - Cerimónia de Abertura do Ciclo de Conferências
15 horas - As representações dos portugueses sobre as desigualdades sociaisConferencista: Professor Doutor M. Villaverde Cabral (Universidade de Lisboa)15.30 horas - Desigualdades: Representações Sociais e conhecimento científicoConferencista: Professor Doutor Joaquim Valentim (Universidade de Coimbra)
Debate
Moderadora: Professora Doutora Maria das Dores Formosinho (Universidade
de Coimbra)
Dia 8 de Março de 2007
14 horas - Abertura do Secretariado
14.30 horas - Europa: Classes, representações e valores
Conferencista: Professor Doutor João Ferreira de Almeida (ISCTE)
15 horas - As políticas sociais activas em Portugal: O impacto das estratégias europeiasdo emprego e da inclusão social
Conferencista: Professor Doutor Pedro Hespanha (Universidade de Coimbra) 15.30 horas - Escola e desigualdades sociais: A educação como política para a inclusão
Conferencista: Professor Doutor Luís Capucha (Director - Geral da Inovação e Desenvolvimento Curricular)
Debate
Dia 11 de Abril de 2007
14 horas - Abertura do Secretariado
14.30 horas - Vulnérabilité et Souffrance Sociak
Conferencista: Professor Doutor Marc-Henry Soulet (Université de Fribourg)
15 horas - (In) Visibilidade das situações de precariedade na sociedade portuguesaConferencista: Dr. Edmundo Emílio Martinho
(Presidente do ConselhoDirectivo do Instituto de Segurança Social, IP)
Debate
Dia 6 de Junho de 2007
14. Horas -Abertura do Secretariado
14.30 horas Pensar a Justiça Social nas Sociedades Contemporâneas
Conferencista: Professor Doutor Boaventura de Sousa Santos
FICHA DE INSCRIÇÃO:
Nome:___________________________________________
Morada: ________________________________________Código-postal:____________
Contactos: Tel.___________________e-mail:___________________________________
Profissão:_________________________Instituição:______
Inscrição por sessão:____Estudantes (externos à FPCE): 5€___ Profissionais: 10€___
Inscrição para todas as sessões:____ Estudantes: 15€___ Profissionais: 35€ ____
Cheque nº:_________________Banco:___________________
(À ordem de Universidade de Coimbra)
O pagamento no dia das sessões implica um acréscimo de 5€.
Enviar para:
nupte@fpce.uc.pt ou
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra,
Coordenação da Licenciatura em Serviço Social
Rua do Colégio Novo, 3001-802 Coimbra
Gratuito Para os Estudantes da FPCE-UC
terça-feira, dezembro 05, 2006
As Novas Rodas na Europa abrem o Debate Sobre Infanticídio
Segundo o Semanário Sol de 3 de Dezembro de 2006,
São compartimentos envidraçados com uma porta de acesso pelo lado exterior de um edifício, normalmente um hospital ou uma instituição de beneficência, onde, depois de soado um alarme, o pessoal de enfermagem recolhe o bebé.
Pouco depois de receber os primeiros cuidados médicos, o Estado atribui uma tutela ao menor, que fica entregue a uma família previamente seleccionada a té à sua adopção ou até voltar para os braços da mãe, se ela, entretanto, tiver mudado de ideias e se as suas condições de vida já o permitirem.
O modelo, baseado no acolhimento aos enjeitados nos hospitais dos expostos das Misericórdias, existentes nos países católicos do Sul da Europa entre os séculos XVI e XIX, serviu de inspiração ao Hospital Jikei, no Sul do Japão, que recentemente anunciou a intenção de instalar um berçário para bebés indesejados pelas mães com vista à sua adopção.
«Em Portugal, não é incentivado o abandono, que, aliás, pode ser punido criminalmente», afirmou, em declarações à Agência Lusa, Joana Marques Vidal, procuradora-geral adjunta, que durante muitos anos exerceu funções em tribunais de família e menores.
A magistrada acrescentou que mesmo a entrega para adopção é, de acordo com lei, «assumida como um acto de amor».
«As mães, na prática, podem deixar as crianças na maternidade e irem-se embora mas as leis estão construídas no sentido de os pais serem responsabiliza dos pelos filhos», frisou.
Na Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, que há vários anos tem um berçário para bebés de risco - incluindo os que são rejeitados pelas mães - foram abandonados, nos últimos cinco anos, 18 recém-nascidos, a maioria por parte de mães toxicodependentes que saíram do internamento sem alta clínica.
Nestes casos, segundo Fátima Xarepe, coordenadora do Serviço Social da Maternidade Alfredo da Costa, a maior do País, com uma média de mais de 6.000 partos anuais, as parturientes, que são obrigadas a identificar-se, «dão nomes e m oradas falsos».
Rosa Areias, que dirige o Serviço Social da Maternidade Júlio Dinis, no Porto, contou, a este propósito, que uma das últimas situações de abandono ocorreu em 1997, quando uma jovem de 23 anos deixou o filho na enfermaria, depois de ter dito às outras mães que ia à casa de banho.
«Veio a descobrir-se depois que a morada que tinha dado correspondia às traseiras de um cemitério», relatou.
No Hospital de São João, também no Porto, o abandono de recém-nascidos «é raríssimo», de acordo com o director do Serviço de Obstetrícia da unidade, Nuno Montenegro.
«Nos últimos 15 anos apareceram um ou dois casos», precisou.
Nos casos de abandono, a legislação refere que cabe às comissões de protecção de menores ou aos tribunais de família accionar as medidas imediatas de p rotecção do bebé, que, em regra, passam pelo acolhimento temporário em instituições sociais, até à sua adopção ou restituição à família de origem, caso sejam en contrados os pais biológicos e estes tenham condições para os criar.
Nas circunstâncias em que a mãe manifesta vontade de entregar o filho para adopção, antes ou após o parto, terá de registá-lo e dar o seu consentimento formal em tribunal para que este possa desencadear o processo.
Em contrapartida, nas situações de abandono, o registo da criança, obrigatório, será feito pela maternidade, hospital ou instituição à qual foi confiada a sua guarda.
O abandono é considerado, por lei, crime punível com prisão quando o be bé é exposto a uma situação da qual, por si só, não se pode defender.
Para Joana Marques Vidal, este princípio aplica-se notoriamente aos aba ndonos na via pública, o mesmo já não sucede com os que ocorrem num hospital ou maternidade, uma vez que, nestes casos, os recém-nascidos são, à partida, «imediatamente assistidos».
Em Portugal, não existem estatísticas disponíveis sobre as taxas de aba ndono e infanticídio de bebés mas, ainda esta semana, um recém-nascido foi encon trado com vida num saco térmico numa rua em Alfragide, Amadora, com cordão umbilical e placenta.
Durante três séculos, Portugal, à semelhança de Espanha, França e Itália, permitiu a recolha anónima de bebés abandonados.
Nas Casas da Roda, criadas em meados do século XVI como valências dos hospitais dos expostos das misericórdias, eram acolhidos os recém-nascidos abandonados pelos pais, geralmente pobres, que não tinham condições para os criar e os confiavam à instituição, que lhes dava garantias de os saber cuidar.
Os bebés eram depositados num compartimento giratório, que permitia aos pais deixarem as crianças sem serem vistos. A um toque de uma sineta, a rodeira , funcionária da Misericórdia que dava os primeiros cuidados, recolhia o menor.
Com os bebés, que posteriormente eram registados ou baptizados, seguiam os «sinais», pequenos bilhetes, fitas, gravuras, medalhas, moedas ou outros objectos que permitiam identificar a criança em caso de vir a ser recuperada pelos pais, o que não sucedia na maioria dos casos devido à morte do bebé, por doença, ou ao não aparecimento dos progenitores.
As «rodas dos expostos», cujo objectivo era acabar com os abandonos e infanticídios, foram abolidas em 1870, ao serem substituídas por políticas de apoio ao aleitamento materno.
As vozes mais críticas da época defendiam que o sistema teve o efeito perverso de aumentar os abandonos de bebés, já que facilitava a sua entrega pelos pais."