

Este Blogue tem como objectivo divulgar o Serviço Social Português (SSP) e aceita colaborações e iniciativas escritas, notícias e fotografias dos profissionais e estudantes de Serviço Social de qualquer canto do mundo.
A transferência de títularidade do Instituto Superior de Serviço Social de Lisboa (ISSSL), para a Universidade Lusíada levou uma delegação de cooperadores, que se opõem a este processo, a deslocar-se à comissão parlamentar do Trabalho e Solidariedade Social.
Esta inauguração concluía um processo preparatório que envolveu a Sociedade das Filhas do Coração de Maria (inquilinas do prédio da Avenida Rodrigues de Freitas, onde linham a funcionar um iar de raparigas e um curso de economia familiar), a quem D. Amónio Ferreira Gomes desafiou a colaborar com a Diocese e Movimentos da Acção Católica na abertura de um Instituto de Serviço Social, em diálogo com a sociedade portuense (Universidade, Misericórdia, Organismos de Saúde, eetc.) Vir-se-ia a constituir a Associação de Cultura e Serviço Social do Porto, a quem o Governo aprovou os estatutos e concedeu alvará pára a abertura do Instituto de Serviço Social do Porto.
Sampaio Defende mais Integração
O Presidente relembra que é preciso acolher e reconhecer diferentes culturas na sociedade portuguesa.
O Presidente da República, Jorge Sampaio, defendeu ontem, Dia Mundial da Tolerância, uma maior integração social dos imigrantes em Portugal.“A população imigrante coloca hoje à sociedade portuguesa e aos responsáveis políticos desafios de integração com grande delicadeza e complexidade”, afirmou Jorge Sampaio, na cerimónia de comemoração dos 70 anos do Instituto Superior de Serviço Social de Lisboa (ISSSL).
As dificuldades de alojamento, de acesso ao emprego, de afirmação cultural e identitária, de relacionamento com a escola e a escolarização são alguns dos problemas que se colocam à população imigrante destacados pelo chefe de Estado.“Não é fácil lidar com problemas que radicam na dificuldade de as populações autóctones verem território que consideram seu partilhado por cidadãos que não conseguem deixar de encarar como estranhos, mas se quisermos viver em sociedades abertas, livres e democráticas não há alternativa relativamente a uma integração plena dos imigrantes”, disse o Presidente da República.
Jorge Sampaio referiu também a importância de existirem “escolas multiculturais que saibam valorizar as diferentes culturas, ensinar a compreender o mundo em que vivemos, a dialogar e aceitar diferenças e a apoiar os seus alunos”.“Espero sinceramente que este Instituto possa dar uma parte das respostas a estes enormes desafios”, sublinhou o Chefe de Estado.
O Instituto Superior de Serviço Social de Lisboa foi a primeira escola superior de ensino particular em Portugal e a primeira na formação de assistentes sociais, tendo formado até hoje quase quatro mil profissionais.
No seu discurso, o Presidente da República referiu-se ainda aos problemas que existem no ensino superior e defendeu um aumento do número dos licenciados em Portugal. “Ao contrário do que muitos dizem e pensam, nós não temos excesso de licenciados. Precisamos até de crescer mais nesse domínio, mas de forma mais consequente”, sublinhou.Jorge Sampaio considera que a “pressão sobre o acesso ao ensino superior deu origem a um crescimento injustificado de cursos, que coloca novos problemas, designadamente ao nível da qualidade das formações e ao nível do emprego dos diplomados”.
Durante a sessão solene evocativa dos 70 anos do ISSSL, o presidente do Conselho Científico , Francisco Branco, apelou à criação de uma Ordem dos Assistentes Sociais.“Gostaria que a sociedade portuguesa acolha e reconheça a legitimidade do pedido que os assistentes sociais vêm fazendo da consagração de uma Ordem dos Assistentes Sociais”, afirmou o responsável.
Francisco Branco explicou que essa Ordem iria funcionar “como instrumento de auto-regulação ética”. O responsável dirigiu ainda um apelo aos responsáveis políticos desta área para que “adoptem uma orientação política clara e coerente de tutela do ensino superior no domínio do Serviço Social”.“Não se pretende proteccionismo, mas apenas regulação”, sublinhou.
Fonte: Açoriano Oriental