quarta-feira, julho 19, 2006

ISSSL O Último Teste de Direito de Familia


Última História*

Que caloreira está neste Verão de 2024 aqui neste refúgio da Velhice Insensata. Escrevo, ultimo o poema final da vida que vivi sempre com a alegria de me sentir de bem comigo e em solidariedade com os outros.
Interrompe-me a escrita Policarpa, porque está à minha procura, uma aperaltada matrona, que informa ter sido Alma Peregrina, em tempos, no Mitelo. Que entre a alma e diga o que pretende, pois almas, mesmo peregrinas, serão sempre bem vindas. Sou eu, a Virgolina, fui sua aluna, há muito tempo, no ano em que o Professor, disse adeus sem remorsos à casa bafienta onde o medo crescia e a mentira capeava um discurso bonito que era o contrário da prática .

– Virgolina, Virgolina, Virgolina, está cada vez mais jovem, digo eu, a encobrir o que vejo, uma papuda senhora, redondíssima, sem cintura, um metro e meio de altura, pelo mesmo de largura. Sabe Virgolina, que desde esse ano que foi do futebol, nunca mais voltei lá. Que sucedeu a A? E a B? E a C? Então Professor não sabe? A morreu de mediocridade galopante. B teve uma síncope de oportunismo. E quanto a C finou-se com um enfarte de ambição.
Muito me conta oh! Alma! Mas o que pretende agora, deste velho? Nada de especial Professor. É que sou escritora e procuro documentos, papéis, recordações do meu passado. Ora o sismo de 2018, destruiu tudo. Dos escombros do Instituto, apenas se salvou um livro, histórias de um Professor de Direito, mas está incompleto. Falta a história que nos deu no dia 1 de Julho de 2004. Lembra-se Professor? Sei que entrava uma Antígona? O seria Cloé? Havia também um Creonte e um Dafnis.
Lembro-me sim, Virgolina. Uma história de amor e ousadia, que amar é isso mesmo, ousar viver. Era assim: Antígona apaixonou-se por Creonte e com a ingenuidade dos seus catorze anos engravidou. Creonte porém era casado com Cloé, e embora tivesse pendente um processo de anulação do seu casamento, em virtude de ter casado em erro, pois a mulher não lhe dissera ter seios de silicone, não podia casar já com Antígona, apesar desta ter autorização dos pais. Estes, Hércules e Safo, não se conformavam com a situação. O neto teria de nascer de pais casados e pela Igreja. Consultaram vários advogados e obtiveram sempre a mesma resposta – Creonte não podia casar com Antígona, pois ainda era casado com Cloé.
Uma solução surgiu então a Hércules e a Sato – a morte de Cloé. Creonte ficaria viúvo, e casaria numa bonita cerimónia, na capela de Santo Ildefonso. A noiva iria radiante de brancura e pureza, disfarçando a barriga, e tudo se resolveria. Encomendaram a morte de Cloé a Dafnis, o qual, a troco de dez mil euros, se encarregou da tarefa, encenando um fatal acidente. Cloé morreu! Logo dois meses depois celebrou-se o casamento, conforme o planeado. Foi a 13 de Maio deste ano de 2004. Um mês depois ocorreu o parto. Nasceu Sócrates, um belíssimo bebé, com os olhos verdes da mãe e as bochechas do avô. Nasceu Sócrates e faleceu Antígona. Creonte com o desgosto, enlouqueceu, vindo a ser internado. Entretanto Dafnis denunciou Hércules e Safo, os quais foram presos. Tomou conta do pequenino a vizinha Cleo, que gostaria de o adoptar. É viúva e tem sessenta anos.


E pronto Virgolina. Foi esta a história. Tem a certeza Professor? Ou inventou agora, perguntou a anafada Alma. E que nota tive, lembra-se? Chumbou Virgolina! Chumbaram todos! Não se lembra que era uma turma condenada ao fracasso, retorquiu o Professor! Provem que a memória o engana. Comentem, clarifiquem, Descrevam, Desenvolvam e Solucionem. Transformem o fracasso em sucesso!


CALMA BOA SORTE

BOAS FÉRIAS

ADEUS

Jorge Cabral
* Este teste de Direito de Familia foi o último escrito pelo Dr. Jorge Cabral enquanto docente do ISSSL. escrito em 1/07/04 para os estudantes do 1º Ano.

segunda-feira, julho 17, 2006

O Fim do Movimento Estudantil de Serviço Social ....?

Manifesto Em Favor da Lei de Cotas e do Estatuto da Igualdade Racial

Manifestações de Estudantes negros que protestam
por mais cotas nas universidades em frente a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP),
no centro da capital paulista, nesta sexta. 12/05/2006


Manifesto em favor da Lei de Cotas e do Estatuto da Igualdade Racial

Aos/as deputados/as e senadores/as do Congresso brasileiro

A desigualdade racial no Brasil tem fortes raízes históricas e esta realidade não será alterada significativamente sem a aplicação de políticas públicas específicas. A Constituição de 1891 facilitou a reprodução do racismo ao decretar uma igualdade puramente formal entre todos os cidadãos. A população negra acabava de ser colocada em uma situação de completa exclusão em termos de acesso à terra, à instrução e ao mercado de trabalho para competir com os brancos diante de uma nova realidade econômica que se instalava no país. Enquanto se dizia que todos eram iguais na letra da lei, várias políticas de incentivo e apoio diferenciado, que hoje podem ser lidas como ações afirmativas, foram aplicadas para estimular a imigração de europeus para o Brasil.
Esse mesmo racismo estatal foi reproduzido e intensificado na sociedade brasileira ao longo de todo o século vinte. Uma série de dados oficiais sistematizados pelo IPEA no ano 2001 resume o padrão brasileiro de desigualdade racial: por 4 gerações ininterruptas, pretos e pardos têm contado com menos escolaridade, menos salário, menos acesso à saúde, menor índice de emprego, piores condições de moradia, quando contrastados com os brancos e asiáticos. Estudos desenvolvidos nos últimos anos por outros organismos estatais demonstram claramente que a ascensão social e econômica no país passa necessariamente pelo acesso ao ensino superior.
Foi a constatação da extrema exclusão dos jovens negros e indígenas das universidades que impulsionou a atual luta nacional pelas cotas, cujo marco foi a Marcha Zumbi dos Palmares pela Vida, em 20 de novembro de 1995, encampada por uma ampla frente de solidariedade entre acadêmicos negros e brancos, coletivos de estudantes negros, cursinhos pré-vestibulares para afrodescendentes e pobres e movimentos negros da sociedade civil, estudantes e líderes indígenas, além de outros setores solidários, como jornalistas, líderes religiosos e figuras políticas - boa parte dos quais subscreve o presente documento.
A justiça e o imperativo moral dessa causa encontraram ressonância nos últimos governos, o que resultou em políticas públicas concretas, dentre elas: a criação do Grupo de Trabalho Interministerial para a Valorização da População Negra, de 1995; as primeiras ações afirmativas no âmbito dos Ministérios, em 2001; a criação da Secretaria Especial para Promoção de Políticas da Igualdade Racial (SEPPIR), em 2003; e, finalmente, a proposta dos atuais Projetos de Lei que estabelecem cotas para estudantes negros oriundos da escola pública em todas as universidades federais brasileiras, e o Estatuto da Igualdade Racial.
O PL 73/99 (ou Lei de Cotas) deve ser compreendido como uma resposta coerente e responsável do Estado brasileiro aos vários instrumentos jurídicos internacionais a que aderiu, tais como a Convenção da ONU para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial (CERD), de 1969, e, mais recentemente, ao Plano de Ação de Durban, resultante da III Conferência Mundial de Combate ao Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Correlata, ocorrida em Durban, na África do Sul, em 2001. O Plano de Ação de Durban corrobora a ênfase, já colocada pela CERD, de adoção de ações afirmativas como um mecanismo importante na construção da igualdade racial, uma vez aqui que as ações afirmativas para minorias étnicas e raciais já se efetivam em inúmeros países multi-étnicos e multi-raciais semelhantes ao Brasil. Foram incluídas na Constituição da Índia, em 1949; adotadas pelo Estado da Malásia desde 1968; nos Estados Unidos desde 1972; na África do Sul, em 1994; e desde então no Canadá, na Austrália, na Nova Zelândia, na Colômbia e no México. Existe uma forte expectativa internacional de que o Estado brasileiro finalmente implemente políticas consistentes de ações afirmativas, inclusive porque o país conta com a segunda maior população negra do planeta e deve reparar as assimetrias promovidas pela intervenção do Estado da Primeira República com leis que outorgaram benefícios especiais aos europeus recém chegados, negando explicitamente os mesmos benefícios à população afro-brasileira.
Colocando o sistema acadêmico brasileiro em uma perspectiva internacional, concluímos que nosso quadro de exclusão racial no ensino superior é um dos mais extremos do mundo. Para se ter uma idéia da desigualdade racial brasileira, lembremos que, mesmo nos dias do apartheid, os negros da África do Sul contavam com uma escolaridade média maior que a dos negros no Brasil no ano 2000; a porcentagem de professores negros nas universidades sul-africanas, ainda na época do apartheid, era bem maior que a porcentagem dos professores negros nas nossas universidades públicas nos dias atuais. A porcentagem média de docentes nas universidades públicas brasileiras não chega a 1%, em um país onde os negros conformam 45,6 % do total da população.
Se os Deputados e Senadores, no seu papel de traduzir as demandas da sociedade brasileira em políticas de Estado não intervierem aprovando o PL 73/99 e o Estatuto, os mecanismos de exclusão racial embutidos no suposto universalismo do estado republicano provavelmente nos levarão a atravessar todo o século XXI como um dos sistemas universitários mais segregados étnica e racialmente do planeta! E, pior ainda, estaremos condenando mais uma geração inteira de secundaristas negros a ficar fora das universidades, pois, segundo estudos do IPEA, serão necessários 30 anos para que a população negra alcance a escolaridade média dos brancos de hoje, caso nenhuma política específica de promoção da igualdade racial na educação seja adotada. Para que nossas universidades públicas cumpram verdadeiramente sua função republicana e social em uma sociedade multi-étnica e multi-racial, deverão algum dia refletir as porcentagens de brancos, negros e indígenas do país em todos os graus da hierarquia acadêmica: na graduação, no mestrado, no doutorado, na carreira de docente e na carreira de pesquisador.
No caminho da construção dessa igualdade étnica e racial, somente nos últimos 4 anos, mais de 30 universidades e Instituições de Ensino Superior públicas, entre federais e estaduais, já implementaram cotas para estudantes negros, indígenas e alunos da rede pública nos seus vestibulares e a maioria adotou essa medida após debates no interior dos seus espaços acadêmicos. Outras 15 instituições públicas estão prestes a adotar políticas semelhantes. Todos os estudos de que dispomos já nos permitem afirmar com segurança que o rendimento acadêmico dos cotistas é, em geral, igual ou superior ao rendimento dos alunos que entraram pelo sistema universal. Esse dado é importante porque desmonta um preconceito muito difundido de que as cotas conduziriam a um rebaixamento da qualidade acadêmica das universidades. Isso simplesmente não se confirmou!
Uma vez tida a oportunidade de acesso diferenciado (e insistimos que se trata de cotas de entrada e não de saída), o rendimento dos estudantes negros não se distingue do rendimento dos estudantes brancos.Outro argumento muito comum usado por aqueles que são contra as políticas de inclusão de estudantes negros por intermédio de cotas é que haveria um acirramento dos conflitos raciais nas universidades.
Muito distante desse panorama alarmista, os casos de racismo que têm surgido após a implementação das cotas têm sido enfrentados e resolvidos no interior das comunidades acadêmicas, em geral com transparência e eficácia maiores do que havia antes das cotas. Nesse sentido, a prática das cotas tem contribuído para combater o clima de impunidade diante da discriminação racial no meio universitário. Mais ainda, as múltiplas experiências de cotas em andamento nos últimos 4 anos contribuíram para a formação de uma rede de especialistas e de uma base de dados acumulada que facilitará a implementação, a nível nacional, da Lei de Cotas.
Para que tenhamos uma noção da escala de abrangência dessas leis a serem votadas o PL 73/99, que reserva vagas na graduação, é uma medida ainda tímida: garantirá uma média nacional mínima de 22,5% de vagas nas universidades públicas para um grupo humano que representa 45,6% da população nacional. É preciso, porém, ter clareza do que significam esses 22,5% de cotas no contexto total do ensino de graduação no Brasil. Tomando como base os dados oficiais do INEP, o número de ingressos nas universidades federais em 2004 foi de 123.000 estudantes, enquanto o total de ingressos em todas as universidades (federais, estaduais, municipais e privadas) foi de 1.304.000 estudantes. Se já tivessem existido cotas em todas as universidades federais para esse ano, os estudantes negros contariam com uma reserva de 27.675 vagas (22,5% de 123.000 vagas).
Em suma, a Lei de Cotas incidiria em apenas 2% do total de ingressos no ensino superior brasileiro. Devemos concluir que a desigualdade racial continuará sendo a marca do nosso universo acadêmico durante décadas, mesmo com a implementação do PL 73/99. Sem as cotas, porém, já teremos que começar a calcular em séculos a perspectiva de combate ao nosso racismo universitário.
Temos esperança de que nossos congressistas aumentem esses índices tão baixos de inclusão!Se a Lei de Cotas visa nivelar o acesso às vagas de ingresso nas universidades públicas entre brancos e negros, o Estatuto da Igualdade Racial complementa esse movimento por justiça. Garante o acesso mínimo dos negros aos cargos públicos e assegura um mínimo de igualdade racial no mercado de trabalho e no usufruto dos serviços públicos de saúde e moradia, entre outros. Nesse sentido, o Estatuto recupera uma medida de igualdade que deveria ter sido incluída na Constituição de 1891, no momento inicial da construção da República no Brasil. Foi sua ausência que aprofundou o fosso da desigualdade racial e da impunidade do racismo contra a população negra ao longo de todo o século XX.
Por outro lado, o Estatuto transforma em ação concreta os valores de igualdade plasmados na Constituição de 1988, claramente pró-ativa na sua afirmação de que é necessário adotar mecanismos capazes de viabilizar a igualdade almejada. Enquanto o Estatuto não for aprovado, continuaremos reproduzindo o ciclo de desigualdade racial profunda que tem sido a marca de nossa história republicana até os dias de hoje.Gostaríamos ainda de fazer uma breve menção ao documento contrário à Lei de Cotas e ao Estatuto da Igualdade Racial, enviado recentemente aos nobres parlamentares por um grupo de acadêmicos pertencentes a várias instituições de elite do país.
Ao mesmo tempo em que rejeitam frontalmente as duas Leis em discussão, os assinantes do documento não apresentam nenhuma proposta alternativa concreta de inclusão racial no Brasil, reiterando apenas que somos todos iguais perante a lei e que é preciso melhorar os serviços públicos até atenderem por igual a todos os segmentos da sociedade.
Essa declaração de princípios universalistas, feita por membros da elite de uma sociedade multi-étnica e multi-racial com uma história recente de escravismo e genocídio sistemático, parece uma reedição, no século XXI, do imobilismo subjacente à Constituição da República de 1891: zerou, num toque de mágica, as desigualdades causadas por séculos de exclusão e racismo, e jogou para um futuro incerto o dia em que negros e índios poderão ter acesso eqüitativo à educação, às riquezas, aos bens e aos serviços acumulados pelo Estado brasileiro. Essa postergação consciente não é convincente. Diante dos dados oficiais recentes do IBGE e do IPEA que expressam, sem nenhuma dúvida, a nossa dívida histórica com os negros e os índios, ou adotamos cotas e implementamos o Estatuto, ou seremos coniventes com a perpetuação da nossa desigualdade étnica e racial.
Acreditamos que a igualdade universal dentro da República não é um princípio vazio e sim uma meta a ser alcançada. As ações afirmativas, baseadas na discriminação positiva daqueles lesados por processos históricos, são a figura jurídica criada pelas Nações Unidas para alcançar essa meta.Conclamamos, portanto, os nossos ilustres congressistas a que aprovem, com a máxima urgência, a Lei de Cotas (PL73/1999) e o Estatuto da Igualdade Racial (PL 3.198/2000).
Brasília, 3 de julho de 2006
Subscrevem este manifesto:
1. Alexandre do Nascimento - Membro da Coordenação do Movimento Pré-Vestibular para Negros e Carentes (PVNC), Professor da FAETEC e Editor da Revista Global Brasil.
2. Frei David Raimundo dos Santos - Diretor Executivo da EDUCAFRO rede de 255 pré-vestibulares comunitários para afrodescendentes e carentes.
3. José Jorge de Carvalho - Professor de Antropologia da Universidade de Brasília - Pesquisador 1-A do CNPq - Propositor do Sistema de Cotas da UnB.
4. Abdias do Nascimento - IPEAFRO.
5. Adelaide Gonçalves - Professor da Universidade Federal do Ceará.
6. Adriana Pereira Campos - Professora de História da UFES, Doutora em História Social.
7. Ahyas Siss - Professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
8. Aldenir Dida Dias dos Santos - Professora de sociologia da Faculdade do Guarujá.
9. Alecsara Maciel - Professora do departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP).
10. Alejandra Paschoal - Professora de Direito da Universidade de Brasília (UNB).
11. Alexandre Brasil Carvalho da Fonseca - Professor de Sociologia da Ciência da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Membro do Conselho Nacional de Juventude.
12. Alexandre Fortes - Professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
13. Allan Müller Schroeder - Acadêmico do curso de Administração de Serviços Públicos da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) e do curso de direito da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI).
14. Almires Machado Guarani - Advogado do Instituto Amigos do Índio, de Mato Grosso do Sul.
15. Álvaro Fernandes Sampaio - Tukano - Líder do Povo Tukano/ Assessor do Instituto Brasileiro da Propriedade Intelectual (INBRAPI).
16. Álvaro Roberto Pires - Professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) - Diretor Depto.de Pós-Graduação (DPG/UFMA).
17. Alzira Rufino - Presidente da Casa de Cultura da Mulher Negra. Editora da revista Eparrei.
18. Amauri Mendes Pereira - Pesquisador Associado do Centro de Estudos Afro-Asiático (CEAA) da Universidade Cândido Mendes.
19. Amaury Fernandes da Silva Junior - Professor da Escola de Comunicação da UFRJ.
20. Amilton Sá Barreto - Coordenador do Núcleo de Educação para a Igualdade Racial da Secretaria de Educação do Pará
.21. Ana Beatriz Souza Gomes - Professora de Educação da Universidade Federal do Piauí (UFPI).
22. Ana Claudia Duarte Rocha Marques - Professora de Antropologia da Universidade de São Paulo.
23. Ana Darc Martins de Azevedo - Professora da Universidade do Estado do Pará.
24. Ana Lucia Lopes - Coordenadora do Núcleo de Educação do Museu Afro Brasil.
25. Ana Lúcia Pereira - Pró-Reitora de Extensão da Universidade Federal do Tocantins - UFT.
26. Ana Maria Felippe - Coordenadora da Memória Lélia Gonzalez.
27. Ana Paula Ferraz - Pedagoga e Professora da rede pública do Rio de Janeiro.
28. André Augusto Brandão - Professor Adjunto da UFF, Programa de Estudos Pós-graduados em Política Social (ESS/UFF).
29. André Borges - Vice-Presidente e Coordenador de Direitos Humanos do Instituto Palmares de Direitos Humanos/RJ.
30. André Leonardo Chevitarese- Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
31. André Martins - Professor de Metodologia, Filosofia e Psicanalise da Faculdade de Medicina da UFRJ.32. Andreas Hofbauer - Professor de Antropologia da Universidade Estadual de Sãi Paulo (UNESP) de Marília.
33. Angela Maria dos Santos - Professora. Substituta da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). Pesquisadora do NEPRE/UFMT.
34. Angela Renata Gonçalves Castilho de Azevedo - Professora de História da FAETEC.
35. Angelica Basthi - Jornalista. Membro da coordenação da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-Rio).
36. Anne de Matos Souza - Pesquisadora do Núcleo de Pesquisas em Relações Raciais e Educação (NEPRE) da Universidade Federal do Mato Grosso.
37. Antonio Santana (Pastor) - Professor de Teologia da Universidade Metodista de São Bernanrdo do Campo (UMESB).
38. Apolinário Alves Moreira - Auditor da Universidade Federal do Pará.
39. Arivaldo Lima Alves - Professor de Antropologia da Universidade Estadual da Bahia.
40. Armando Mecenas de Oliveira - Centro Cultural Araçá - São Mateus, ES.
41. Arthur Leandro - Artista, Professor da Escola de Artes Visuais e Designer da UFPA, Tàta Kissikarimgomba do Mansu Nangetu - Belém/PA.42. Augusto Boal - Artista, Professor e Diretor Artístico do Centro de Teatro do Oprimido - CTO/RJ.43. Bárbara Santos - Coordenadora do Centro de Teatro do Oprimido - CTO-Rio.44. Bruna Franchetto - Professora de Lingüística do Museu Nacional, UFRJ. Pesquisadora do CNPq.45. Caetana Damasceno - Professora de Antropologia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.46. Carla Ramos - Ex-aluna do PVNC, Mestre em Sociologia e Antropologia pelo PPGSA-UFRJ e pesquisadora do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular/ IPHAN.47. Carlos Benedito Rodrigues da Silva-Antropólogo-Professor do Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal do Maranhão- Coordenador do NEAB/UFMA - Conselheiro Consultivo do Centro do Cultura Negra do Maranhão.48. Carlos Fausto - Professor de Antropologia do Museu Nacional da UFRJ/Pesquisador do CNPq.49. Carlos Frederico Leão Rocha - Professor do Instituto de Economia da UFRJ.50. Carmen Junqueira Professora Titular de Antropologia da PUC-SP.51. Celeste Maria Libania dos Santos - Sobá Livros e Cd´s Ltda.52. Celeste Maria Libania dos Santos - Sócia-propietária da Sobá Livros e Cd´s Ltda.53. Celso Ribeiro de Almeida - Professor do Instituto de Biologia da UNICAMP.54. Claudia Ferreira - Jornalista. Coordenadora do Centro de Atividade Culturais, Econômicas e Sociais (CACES).55. Clever Alves Machado - Conselheiro do Conselho Estadual de Participação e Integração da Comunidade Negra - CCN/MG.56. Climene Laura de Camargo - Professora da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia (UFBA).57. CPV-Negros da Universidade Federal do Amapá - UNIFAP.58. Daisy Macedo de Barcellos - Doutora em Antropologia social (aposentada UFRGS).59. Damião dos Reis - Capitão-Regente da Guarda do Congo Velho do Rosário de Belo Horizonte.60. Daniel Aarão Reis - Professor Titular de História Contemporânea, Universidade Federal Fluminense.61. Daniel Lins - Filósofo, sociólogo e psicanalista. Professor da Universidade Federal do Ceará. Coordenador do Laboratório de Estudos e Pesquisas da Subjetividade (LEPS-UFC).62. Daniel Munduruku - Liderança Indígena e Presidente do INBRAPI - São Paulo.63. Daniela Sanches Frozi - Doutoranda de Nutrição da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Professora substituta do Departamento de Nutrição Social Aplicada da UFRJ.64. Débora Diniz Rodrigues - Professora de Serviço Social e Bioética da Universidade de Brasília (UNB).65. Delcele Queiroz - Professora da Universidade Estadual da Bahia.66. Demartone Gomes - Coordenador da Regional 5 do Sindicato Estadual de Profissionais da Educação (SEPE-RJ).67. Denise Fagundes Jardim - Professora do departamento de antropologia da UFRGS.68. Diórgenes Pacheco de Lima - Professor do Curso Pré-Vestibular Popular Resgate de Porto Alegre-RS.69. Dojival Vieira dos Santos - Jornalista, Editor da Agência Afroétnica de Notícias - Afropress (www.afropress.com).70. Dora Lúcia Lima Bertúlio - Procuradora da Universidade Federal do Paraná (UFPR) - Propositora do Sistema de Cotas da UFPR.71. Dulcilene Santiago de Souza. Assitente Social. Núcleo Santa Cruz/Guarujá.72. Edilene Machado Pereira Professora do Centro Universitário da Bahia e mestranda em Ciências Sociais da PUC-SP.73. Edna Roland - Relatora Geral da III Conferência Mundial contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Correlata, de Durban, África do Sul.74. Eduardo Viveiros de Castro - Professor de Antropologia do Museu Nacional da UFRJ/Pesquisador 1-A do CNPq.75. Elane Carneiro de Albuquerque - Instituto Negra do Ceará - INEGRA.76. Eliane Hojaij Gouveia Professora Doutora de Antropologia da PUC-SP.77. Eliane Pinto de Carvalho - Diretora da Escola Municipal Fernando Rodrigues da Silveira / Rio de Janeiro.78. Elisa Larkin Nascimento - Diretora do IPEAFRO.79. Emir Sader - Professor da UERJ/Presidente do Laboratório de Políticas Públicas (LPP) da UERJ.80. Erica Simone Almeida Resende - Cientista Política e Pesquisadora do NUPRI (Núcleo de Pesquisa em Relações Internacionais) - USP.81. Eurípedes Antônio Funes - Professor da Universidade Federal do Ceará.82. Fabiana Oliveira - Membro da Coordenação do Movimento Pré-Vestibular para Negros e Carentes, ex-aluna do PVNC e estudante de Comunicação.83. Fábio Konder Comparato - Professor Titular do Departamento de Filosofia e Teoria Geral do Direito da USP.84. Fátima Lobato Fernandes - Professora e Pesquisadora do Laboratório de Políticas Públicas da UERJ.85. Fátima Oliveira - Médica. Secretária executiva da Rede Feminista de Saúde.86. Federico Neiburg - Professor do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional - UFRJ.87. Fernanda Kaingangue - Lidenrança Indígena Kaingangue. Mestra em Direito/ Diretora-Executiva do INBRAPI.88. Fernanda Lopes - Biologa, pesquisadora do Nepaids/USP e da area de Saude e Sociedade/Cebrap.89. Fernando Pinheiro - Membro da Coordenação do Movimento Pré-Vestibular para Negros e Carentes, Professor da Rede Pública e pesquisador do NIREMA-PUC/RJ.90. Flávio Gomes - Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro.91. Florentina da Silva Souza - Professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA).92. Francisca Novantino Ângelo Pareci - Mestra em Educação/ Representante Indígena do Conselho Nacional de Educação.93. Francisco Carlos Cardoso da Silva Professor de Sociologia da UESB e doutorando em Antropologia pela PUC-SP.94. Francisco Carlos Teixeira da Silva - Professor Titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro.95. Franck Pierre Ribard - Professor da Universidade Federal do Ceará.96. Frédéric Monié- Professor do Departamento de Geografia da UFRJ.97. Geanne Campos - Socióloga, Coordenadora Executiva do Centro Aplicado de Pesquisa em Educação Multi-Étnica - CAPEM.98. Geledés - Instituto da Mulher Negra.99. Geo Britto - Sociólogo e ator e integrante do centro de Teatro do Oprimido.100. Geraldo Bastos - Membro do Conselheiro Municipal dos Direitos dos Negros (COMDEDINE-Nova Iguaçu) e do GESTAR - Grupo de Estudos e Ação Racial.101. Geraldo Magela Pereira Leão - Professor Adjunto da Faculdade de Educação da UFMG.102. Geraldo Moreira Prado - professor do IBICT da Universidade Federal do Rio de Janeiro.103. Geraldo Potiguar do Nascimento - Instituto Pedagógico para o Crescimento, Fortalecimento e Valorização da Cultura, do Viver Afro-Brasileiro e os Direitos Humanos - (sede) Porto Alegre - RS.104. Gerardo Silva - pesquisador do Laboratório Territórios e Comunicações - LABTeC/ESS/UFRJ.105. Giuseppe Cocco - Cientista Político e Professor da Escola de Serviço Social da UFRJ.106. Gloria Rabay - professora do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).107. Greyce Kelly Fernandes de Almeida - Professora da rede municipal do RJ e diretora do SEPE (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do RJ).108. Guilherme José da Silva e Sá - Professor de Ciências Sociais da Universidade Federal de Santa Maria / Doutorando em Antropologia Social do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional - UFRJ.109. Gustavo Henrique Araújo Forde - Membro do Centro de Estudos da Cultura Negra-ES e Mestrando em Educação da UFES.110. Gustavo Proença - Advogado. Especialista em Direito Constitucional e em questões raciais.111. Hebe Mattos - Professora Titular de História do Brasil, Departamento de História, Universidade Federal Fluminense.112. Helder Barbosa - Economista do SEBRAE-BA.113. Helen Campos Ferreira - Professora do Departamento Materno Infantil da Universidade Federal Fluminense.114. Helena do Socorro Campos da Rocha - Representante do CONCEFET na implementação da Lei 10639 na Educação Profissional e Coordenadora do NEAB-CEFET-PA.115. Hélio Santos - Professor da Fundação Visconde de Cairu, de Salvador - Presidente do Instituto da Diversidade, de São Paulo.116. Henrique Cristóvão - Pesquisador do IPEAFRO.117. Henrique Cunha Jr. - Professor Titular da Universidade Federal do Ceara.Livre docente pela USP. Membro fundador da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros. Presidente do Instituto de Pesquisas da Afrodescendencia - IPAD. Membro da comissão de estudos pro-cotas da Universidade Federal do Ceará.118. Hernani Fracisco da Silva - Presidente da Sociedade Cultural Missões Quilombo, membro do MNE - Movimento Negro Evangélico.119. Hilan Bensusan - Professor do Departamento de Filosofia da Universidade de Brasília (UNB).120. Ilka Boaventura Leite - Professora de Antropologia da UFSC/Coordenadora do NUER.121. INSTITUTO DE ASSESSORIA AS COMUNIDADES REMANESCENTES DE QUILOMBOS DO RIO GRANDE DO SUL (IACOREQ).122. Iolanda de Oliveira - Professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense.123. Iolanda de Oliveira - Professora de Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF)/Coordenadora do PENESB124. Ione da Silva Jovino - Coordenadora do Programa São Paulo: Educando pela Diferença para a Igualdade, da Secretaria de Estado de Educação de São Paulo. Doutoranda em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).125. Iradi Roberto Eghrari - Gerente Executivo Ágere Cooperação em Advocacy.126. Iradji Roberto Ejhan - Gerente Executivo da Agere. Professor da UNIEURO.127. Isabel Cristina Ferreira dos Reis - Professora Universitária e doutoranda no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).128. Isabel Cristina Martins Guillen - Professora Adjunta do Departamento de História da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).129. Isabel Cruz - Professora Titular da Universidade Federal Fluminense (UFF), membro do Núcleo de Estudos sobre Saúde e Etnia Negra, Membro titular do Comitê Técnico de Saúde da População Negra do Ministério da Saúde.130. Ivair Augusto dos Santos - Assessor da Secretaria Especial de Direitos Humanos do Ministério da Justiça.131. Ivana Bentes -Professora e Diretora da Escola de Comunicação da UFRJ.132. Ivanir Alves dos Santos - Coordenador do Centro de Articulação de Populações Marginais (CEAP), do Rio de Janeiro.133. Izabel Cristina da Cruz - Professora de História e Subsecretária M. de Cultura de Itaboraí/RJ134. Jacques d'Adesky - Pesquisador do Centro de Estudos das Américas do IH/UCAM.135. Janô Beserra de Araujo - Professor de História e presidente do PT/ Itaboraí - RJ136. Jeannete Alves - ECAIS/ SG - RJ137. João Augusto Santos Silva - Coordenador do Bloco Afro Odomode - Porto Alegre138. João Batista da Luz - Presidente da Irmandade Nossa Senhora do Rosário, Congado da Comunidade Negra dos Arturos, de Contagem, MG139. João Batista da Silva - Geógrafo. Associação dos Geógrafos Brasileiros RJ.140. João Bosco de Oliveira Borba - Presidente da Associação Nacional de Empresários e Empreendedores Afro-Brasileiros (ANCEABRA), com sede em Brasília141. João Diógenes Ferreira dos Santos - Professor de Sociologia da UESB e doutorando em Ciências Sociais da PUC-SP.142. João Jorge Rodrigues - Presidente do Bloco Afro Olodum143. João José Reis - Professor Titular de História da Universidade Federal da Bahia (UFBA).144. João Luiz Vieira - Professor da Universidade Federal Fluminense (UFF)145. Joaze Bernardino Costa - Professor de Sociologia da Universidade Federal de Goiás146. Jocelene Ignácio - Membro da Coordenação do Movimento Pré-Vestibular para Negros e Carentes (PVNC), Assistente Social e Professora Universitária.147. Joel Zito Araújo - Cineasta148. Joelma - Professora de História do Centro Universitário de Brasília (CEUB)149. Jorge da Silva - Professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)150. Jorge Luís Borges Ferreira - Geógrafo, pesquisador assistente do IPPUR/UFRJ, ex-presidente da Associação dos Geógrafos Brasileiros.151. Jorge Luiz Mattar Villela - Professor de Antropologia da Universidade Federal de São Carlos152. Jorge Luiz Silveira Ribeiro- Professor de Sociologia do Colégio Pedro II- Unidade Humaitá-RJ153. Jorge Najjar - Professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense154. José Antonio Garcia Lima - Secretário de Finanças da CUT-RJ155. Jose Antonio Moroni - Colegiado de Gestao do INESC - Diretor de relacoes institucionais da ABONG e membro do Conselho de Desenvolvimento Economico e Social (CDES)156. José Carlos dos Anjos - Professor de Sociologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) - Membro da Comissão Acadêmica Oficial para Formulação de um Sistema de Cotas na UFRGS157. José Domingos Cantanhede Silva - Assessor da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Maranhão158. José dos Santos Souza - Professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Coordenador do Curso de Pedagogia do IM/UFRRJ.159. José Geraldo Rocha - Professor da Universidade do Grande Rio (UnigranRio), da Universidade Estácio de Sá e da Pós-Graduação da Universidade Federal Fluminense (UFF)160. Jose Jorge Siqueira - Professor da Pós-graduação em História da Universidade Severino Sombra.161. José Junior - Coordenador Executivo do Grupo Cultural AfroReggae - RJ162. José Luís Petrucelli - Pesquisador Titular do IBGE163. José Reginaldo Santos Gonçalves - Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)164. José Roberto do Franco Reis - Pesquisador FIOCRUZ165. José Sergio Leite Lopes - Professor do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional da UFRJ166. Joselina da Silva - Professora substituta de Sociologia da UFRJ167. Josildeth Gomes Consorte Professora Titular de Antropologia da PUC-SP.168. Juarez Dayrell - Professor Adjunto da Faculdade de Educação da UFMG - Coordenador do Observatório da Juventude da UFMG e membro da equipe do Programa Ações Afirmativas na UFMG.169. Julio Vitor Costa da Silva - Aluno de ciências sociais da UFRJ e membro do núcleo universitário negro Luis Gama170. Jurandyr Azevedo Araújo - Assessor da Pastoral Afro-brasileira da Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).171. Jurema Werneck - Médica. Coordenadora de Organização de Mulheres Negras CRIOLA.172. Kabengele Munanga - Professor Titular de Antropologia da USP173. Kênia Sousa Rios - Professora da Universidade Federal do Ceará174. Laura Delgado Mendes - Professora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)175. Laura Lopez - Doutoranda em Antropologia Social (UFRGS) - Pesquisadora Associada ao Núcleo de Antropologia e Cidadania da UFRGRS176. Leila Maria A.Barbosa - Professora de Historia. Presidente Instituto Cultural Baixo Santa do Alto Gloria177. Leonor Franco de Araújo - Professora de História do Brasil e Africa da UFES. Coordenadora do NEAB/UFES. Membro do Movimento Negro Prócotas na UFES.178. Leonora Corsini - psicóloga e pesquisadora do Laboratório Território e Comunicação da UFRJ179. Lia Vieira - Associação de Pesquisas da Cultura Afro-brasileira - ASPECAB/Niterói-RJ180. Lígia Dabul - Professora do Departamento de Sociologia da UFF181. Liliana Porto - Professora de Antropologia da Universidade Federal do Paraná - Coordenadora da Comissão de Acompanhamento do Programa de Cotas da UFPR182. Liv Sovik - Professora da Escola de Comunicaçao - UFRJ183. Lourenço Cardoso - escritor e ativista do movimento social negro. Formado em História na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).184. Luciana Hartmann - Professora do Departamento de Artes Cênicas da UFSM185. Luciana Vieira - diretora do sindicato dos bancários RJ186. Lucimar Rosa Dias - Consultora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT).187. Luís Ferreira Makl - Professor Substituto de Antropologia da Universidade de Brasília/Pesquisador Associado do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UnB188. Luís Reznik - Professor de História da PUC/RJ e da UERJ.189. Luiz Alves Ferreira, Médico - Professor da Universidade Federal do Maranhão, Secretário Adjunto da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC/MA, Coordenador Geral do Centro de Cultura Negra do Maranhão- CCN-MA190. Luiz Antonio Coelho - Professor da PUC/RJ.191. Luiz Otávio Ferreira - Pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)192. Luiza Helena - Professora da PUC/RJ e Diretora do Departamento de Serviço Social.193. Marcelo Barbosa Santos - Historiador, MBA em Marketing Empresarial, direção do SINTFUB/Fasubra194. Marcelo Paixão - Professor de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro195. Marcelo Tragtenberg - Professor de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) - Membro da Comissão Acadêmica Oficial para Formulação de um Sistema de Cotas na UFSC196. Marcia dos Passos Neves, professorada rede pública de ensino no Rio de Janeiro/ mestre em educação da UFF197. Marcia Guerra - Professora de História da PUC-RJ.198. Márcia Motta-Coordenadora do Programa de Pós Graduação em História da Universidade Federal Fluminense199. Marcio Alexandre M. Gualberto - Editor de Afirma (Revista Negra Online).200. Márcio Andre de Oliveira dos Santos - Mestre em Ciencias Sociaisl e Pesquisador do NIREMA da PUC/RJ.201. Márcio Flávio - Membro da Coordenação do Movimento Pré-Vestibular para Negros e Carentes, geógrafo e integrante do NIREMA-PUC/RJ.202. Marcio Goldman - Professor de Antropologia do Museu Nacional da UFRJ203. Marco Antônio Domingues Teixeira - Professor de História da Universidade Federal de Rondônia (UNIR)204. Marcus de Carvalho - Professor da Universidade Federal de Pernambuco205. Maria Alice Rezende - Professora adjunta da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.206. Maria Aparecida Bergamaschi - Professora na Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Coordenadora do Programa Conexões de Saberes - UFRGS.207. Maria Aparecida da Silva (Cidinha) - Pesquisadora do Instituto Kuanza, de São Paulo208. Maria Aparecida Moura - Professora de Ciências da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais209. Maria Betânia Amoroso - Professora de Teoria Literária da Unicamp.210. Maria Cláudia Cardoso Ferreira - Ex-aluna do PVNC, Historiadora, Professora da Rede Pública do Rio de Janeiro.211. Maria da Conceição Carneiro Oliveira - historiadora e autora de livros didáticos. Prêmio Jabuti 2005.212. Maria da Glória Veiga Moura - Professora do Departamento de Artes Cênicas da Universidade de Brasília213. Maria Elena Viana Souza - Professora da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO214. Maria Helena Mendes Sampaio - Presidente da Entidade Sócio-Cultural Artístico-Religiosa Afro-Descendente Nagô-Iorubá Afoxé Oyá Alaxé, Ialorixá Ilê Oba Aganju - Recife.215. Maria José Fontelas Rosado Nunes - Professora da PUC/São Paulo; pesquisadora do CNPq; membro da coordenação de Católicas pelo Direito de Decidir216. Maria José Telles Franco Marques - Professora de Educação da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS).217. Maria Lúcia Carvalho da Silva Professora Titular de Serviço Social da PUC-SP.218. Maria Lúcia Felipe da Costa - Líder do Terreiro de Nação Nagô Senhora Santa Bárbara, de Água Fria, Recife219. Maria Lúcia Martinello Professora Doutora Associada do Serviço Social da PUC-SP.220. Maria Lúcia Rodrigues Muller - Professora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Relações Raciais e Educação (NEPRE) da UFMT221. Maria Nazareth Soares Fonseca - Professora de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa da PUC/MG. Organizadores dos livros Brasil afro-brasileiro (Editora Autêntica) e Poéticas afro-brasileiras (Editora PUC Minas/Mazza Edições).222. Maria Nilza da Silva - Professora de História da Universidade Estadual de Londrina (UEL) - Coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UEL223. Maria Nilza da Silva - Professora. Adjunta de Sociologia do Departamento de Ciências sociais da UEL.224. Maria Odete de Vasconcelos - Professora do Departamento de Histologia e Embriologia do CCB/UFPE.225. Maria Odete de Vasconcelos - Professora do Departamento de Histologia e Embriologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).226. Maria Palmira da Silva - Doutora em Psicologia Social; Diretora da ABPN; Professora da Escola de Sociologia e Política de São Paulo.227. Maria Regina Purri Arraes - Presidente da Comissão Permanente das Mulheres Advogadas- OAB/RJ228. Marilda Checcucci Gonçalves da Silva - Professora de Antropologia da Universidade Regional de Blumenau.229. Marilene Leal Pare - Pedagoga . Coordenação do Programa Nacional de Extensão "Conexões de Saberes" na FACED/PROREXT/UFRGS.230. Marilu Campelo - Professora de Antropologia da Universidade Federal do Pará231. Marilza Maia de Souza - Membro da coordenação do Movimento Pré-Vestibular para Negros e Carentes (PVNC). Bacharel em Letras/UERJ.232. Mário Lisboa Theodoro - Professor de Políticas Sociais da Universidade de Brasília233. Mariza de Paula Assis - Professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).234. Marlene Libardoni - Presidenta da ONG Ações em Gênero, Cidadania e Desenvolvimento (AGENDE), de Brasília235. Marta Amoroso - Professora do Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo (USP)236. Marta Cezaria de Oliveira - Coordenadora do Forum Goiano de Mulheres e do Grupo de Mulheres Negras Dandara no Cerrado.237. Martha Abreu - Professora de História da Universidade Federal Fluminense. Pesquisadora 1-d do CNPq.238. Mauro Cezar Coelho - Professor Doutor da Universidade Federal do Pará (UFPA)239. Mauro William Barbosa de Almeida - Professor do Departamento de Antropologia da UNICAMP240. Max Maranhão Piorsky Aires - Professor de Antropologia da Universidade Estadual do Ceará241. Moacir Carlos da Silva - Integrante coletivo de estudantes negros e negras da UERJ (DENEGRIR)242. Moacir Palmeira - Professor do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional - UFRJ243. Moema de Poli - Pesquisadora do IBGE e Professora da Pós-Graduação do Programa de Educação sobre o Negro na Sociedade Brasileira da Universidade Federal Fluminense (PENESB/UFF)244. Moisés Santana - Professor de Educação da Universidade Federal de Alagoas (UFAL)- Propositor do Sistema de Cotas da UFAL245. Monica Lima - Professora do Colégio de Aplicação (CAP) da Universidade Federal do Rio de Janeiro246. Muniz Sodré - Professor Titular de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro247. Nei Lopes - Bacharel em Direito e Ciências Sociais, Escritor e Compositor.248. Nelson Inocêncio - Professor de Artes Visuais da UnB/Coordenador do NEAB da UnB249. Nilma Lino Gomes - Professora de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN)250. Nilo Rosa dos Santos - Professor da Universidade Estadual de Feira de Santanta.251. Nivaldo pereira - Vice-Presidente do CDCN - Conselho Estadual de Desenvolvimento da Comunidade Negra da Bahia. Conselheiro Associação Nacional de Advogados Afro-Descendentes/Bahia.252. Oliveira Silveira - Poeta e Professor (RS)253. Olívia Galvão - Professora da Universidade Estácio de Sá254. Olívia Maria Gomes da Cunha - Professora de Antropologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)255. Ondina Pena Pereira - Professora de Filosofia da Universidade Católica de Brasília256. Onir de Araujo -Advogado e coordenador do Movimento Negro Unificado (MNU) - RS257. Otávio Velho - Professor Emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - Pesquisador 1-A do CNPq258. Pablo Gentili - Professor de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) - Diretor do LPP - UERJ259. Patrícia Sampaio - Professora da Universidade Federal do Amazonas260. Paulino Cardoso - Coordenador do Núcleo de Estudos Afrobrasileiros (NEAB) da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).261. Paulino de Jesus Cardoso - Professor de História da UDESC.262. Paulo Baía - Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro263. Paulo Cesar Duque-Estrada - Professor da PUC-RJ264. Paulo Cesar Rodrigues Carrano - Professor do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFF.265. Paulo Henrique Menezes - Liga Niteroiense De Capoeira / Niterói- RJ266. Paulo Lins - Escritor267. Paulo Santos - Engenheiro Cartógrafo do IBGE268. Paulo Sérgio da Silva - Professor, historiador e membro do IACOREQ/RS269. Paulo Staudt Moreira - Professor da Universidade do Vale dos Sinos/RS270. Paulo Vinicius Baptista da Silva - Professor da Universidade Federal do Paraná e membro do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros NEAB-UFPR.271. Pedro Simonard - Professor da SUESC272. Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva - Professora de Educação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) e conselheira do Conselho Nacional de Educação273. Petrônio Domingues - Professor da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste)274. Rachel Soihet - Professora do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal Fluminense (UFF)275. Raimundo Jorge - Professor de Ciência Política da UFPA - Propositor do Sistema de Cotas da UFPA276. Reginaldo Prandi Professor Titular de Sociologia da USP.277. Renato Athias - Professor do Programa de Pós Graduação em Antropologia da Universidade Federal de Pernambuco e Coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Etnicidade (NEPE-UFPE).278. Renato Emerson dos Santos - Professor de Geografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)279. Renato Ferreira - Advogado da EDUCAFRO - Pesquisador do PPCOR-UERJ280. Renato Nogueira Jr - Doutor em Filosofia (UFRJ) e Professor da FAETEC.281. Ricardo Chaves - Professor de Pediatria da Universidade do Estado do Rio de Janeiro282. Ricardo de Oliveira - Professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro283. Ricardo Salles - Professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e da UNIRIO284. Rilkim Tavares Rodrigues - Presidente da UCAB (União dos Cultos Afro do Brasil)285. Rita Laura Segato - Professora de Antropologia da Universidade de Brasília - Pesquisadora 1-A do CNPq - Propositora do Sistema de Cotas da UnB286. Robert Slenes - Professor de História da Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP287. Roberto Gonçalves da Silva - Professor de Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina288. Roberto Martins - Ex-Diretor do IPEA, Professor Aposentado de História Econômica da Universidade Federal de Minas Gerais289. Rodrigo Guéron - Professor da Universidade Cândido Mendes, Cineasta e Doutor em Filosofia pela UERJ.290. Roquinaldo Ferreira - Professor da Universidade de Vírginia - EUA291. Rosângela 'Janja' Costa Araújo - Coordenadora do Programa de Educação do Geledés-Instituto da Mulher Negra. Doutora em Educação/USP.292. Rosilene Alvim - Professora do Programa de Pós-Graduação de Sociologia e Antropologia do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ293. Sales Augusto dos Santos - Doutorando de Sociologia da UnB. Pesquisador do NEAB da UnB294. Sebastião Arcanjo - Tiãozinho - Deputado Estadual PT/SP - Coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Igualdade Racial na Assembléia Legislativa de SP.295. Selma Pantoja - Professora da Pós-graduação em História da Universidade de Brasília296. Sergio Baptista da Silva - Professor de Antropologia da UFRGS297. Sergio Mauricio Pinto - Professor de Filosofia e Antropologia da Unime e da FEBA, em Salvador, BA298. Sérgio Rizek - Editor da Attar Editorial, São Paulo.299. Sidney Chalhoub, - Professor Titular de História do Brasil da UNICAMP300. Silvia Hunold Lara - Professora de História na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)301. Sílvio Humberto Cunha - Professor de Economia da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)/Diretor do Instituto Steve Biko.302. Simone Born de Oliveira - Advogada e Professora da UNISUL/UNIVALI (SC)303. Sueli Carneiro - Doutora em Educação pela USP, Diretora do Geledés Instituto da mulher Negra304. Suely Gomes Costa - Professora do Mestrado em Política Social e do Programa de Pós-Graduação em História da UFF.305. Sydenham Lourenço Neto - Historiador e Cientista Político, Professor da UERJ.306. Sylvia Caiuby Novaes - Professora de Antropologia da Universidade de São Paulo307. Tânia Almeida - Professora da UERJ308. Tânia Mara Campos de Almeida - Professora da Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Católica de Brasília.309. Tânia Stolze Lima - Professora de Antropologia da Universidade Federal Fluminense310. Tatiana Roque - Professora do Instituto de Matemática da UFRJ.311. Teresinha Bernardo Professora Titular de Antropologia da PUC-SP.312. Uelinton Farias Alves - Jornalista e escritor313. Urivani de Carvalho - Diretora de Arte da Revista Eparrei.314. Valter Roberto Silvério - Professor de Sociologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR)/Membro da Comissão Oficial para Formulação de um Sistema de Cotas para a UFSCAR315. Vanda da Cruz Santos - Instituto Cultural Steve Biko- Bahia316. Vanusa Maria de Melo - Produtora Cultural. Coordenadora do grupo de Cultura Popular pé-de-chinelo.317. Vera Lúcia Neri da Silva - Coordenadora do Instituto Baobab - Educação, Gênero e culturas Negras.318. Vera Rodrigues - Mestra em Antropologia. Integrante do GT de Ações Afirmativas da UFRGS319. Verena Alberti - Pesquisadora do CPDOC-FGV320. Vilma Áreas - Professora Titular de Teoria Literária da Unicamp.321. Vincent Carelli - Documentarista e Coordenador de Vídeo nas Aldeias.322. Volnei Garrafa - Professor titular e coordenador da Cátedra UNESCO de Bioética da Universidade de Brasília; editor da Revista Brasileira de Bioética.323. Walace Nascimento - Representante do Fórum de Entidades Negras.324. Walter Altino de Souza Junior - Movimento Negro Atitude Quilombola. Mestre em sociologia pela UFBA.325. Walter Fraga Filho - Professor da Universidade do Estado da Bahia (UNEB)326. Wanessa Paula Conceição Quirino dos Santos - Presidente do Maracatu Nação Cambinda Estrela (Recife-PE)327. Williman Hestefany da Silva - Presidente do Conselho Estadual de Participação e Integração da Comunidade Negra - CCN/MG.328. Wilma de Nazaré B. Coelho - Professora da Universidade Federal do Pará e da Universidade da Amazônia.329. Wilson Roberto de Mattos - Pró-Reitor de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação da UNEB. Conselheiro do Conselho Nacional de Educação.330. Zélia Amador de Deus - Professora de Artes da UFPA - Propositora do Sistema de Cotas da UFPA.APOIO:1. Abigail Alcantara Silva - Economista2. Adelaide Maria Afonso Máximo Barbosa - Professora3. Adriana Medeiros - Fotógrafa4. Adriani Faria - Coordenadora do ECAU (Estudantes e Comunidade Afro da UNISINOS)5. Alessandra Tosta - Mestra em Antropologia Social pelo Museu Nacional/UFRJ.6. Alexandra Barbosa da Silva - Doutoranda em Antropologia Social do Museu Nacional-UFRJ.7. Alva Helena de Almeida - Enfermeira8. Amilcar Araujo Pereira - Doutorando em História da Universidade Federal Fluminense (UFF)9. Ana Carneiro Cerqueira - Doutoranda em Antropologia Social do Museu Nacional/UFRJ10. Ana Carneiro Cerqueira - doutoranda em antropologia social no Museu Nacional/UFRJ11. Ana Cristina de Mello Pimentel Lourenço - Socióloga, Professora e Mestranda em Direito e Sociologia na UFF12. Ana Maria Bonjour - Historiadora e Produtora Cultural.13. André Barros - Advogado14. Anita Fiszon - Artista Visual15. ARTEIROS (grupo de teatro de rua, Recife - PE)16. Athayde Motta - Doutorando em Antropologia pela Universidade do Texas em Austin.17. Barbara da Silva Rosa - Psicóloga18. Beatriz Alves dos Santos - cidadã19. Bianca Brandão - Antropóloga e Documentarista20. Bruno Ribeiro Marques - Mestrando em Antropologia Social do Museu Nacional/UFRJ21. Carla Susana Alem Abrantes - Mestranda de Antropologia Social / UFRJ22. Carlos Henrique Romão de Siqueira - Doutorando pelo Centro de Pesquisa para Améria Latina e o Caribe - da Universidade de Brasília.23. Cassi Ladi Reis Coutinho - Graduanda de História da Universidade Católica do Salvador24. Cecília Campello do Amaral Mello - Doutoranda em Antropologia Social do Museu Nacional-UFRJ25. CEDENPA - Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará26. CENEG - Coletivo Estadual de Estudantes Negros - RJ27. CENUNBA - Coletivo do s Estudantes Negros das Universidades da Bahia - BA28. Claudia Mura - Mestranda de Antropologia Social / UFRJ29. Claudio Thomas - Engenheiro da Computação30. Denise de Oliveira Carneiro - Assistente Social -SP31. Dinéia dos Santos Barbosa - Secretária32. Dulce Mungoi - Doutoranda em Antropologia Social na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)33. Ecio Pereira de Salles - Doutorando em Comunicação e Cultura - ECO/UFRJ.34. Efigênia Maria Nolasco Duarte - Auditora Fiscal da Receita Federal35. Eliane Costa Santos - Pesquisadora em Educação Matemática. Técnica de Formação de Educadores do CEAFRO. Ebomi do Terreiro do Cobre.36. Elizabeth do Espírito Santo Viana - Mestranda em História Comparada IFCS/UFRJ37. Ernesto Ignacio de Carvalho - Mestrando em Antropologia pela Universidade Federal de Pernambuco38. Fábia Barbosa Ribeiro - Doutoranda em História Social pela USP.39. Fabio Mura - Doutorando em Antropologia Social do Museu Nacional/UFRJ.40. Fátima Machado Chaves - Doutora em saúde pública. Professora de História da rede pública e Professora Universitária.41. Flávia Ferreira Pires - Doutoranda em Antropologia Social Museu Nacional/UFRJ42. Flávio Eduardo N. Teixeira - Engenheiro Eletricista.43. Frederico Lisbôa Romão - Cientista Social44. Gerson Carlos Rezende - Mestre em Educação.45. Giovana Xavier da Conceição Côrtes - Doutoranda em História na UNICAMP.46. GRUPO DE TRABALHO DE AÇÕES AFIRMATIVAS UM PROJETO DE EXTENSÃO DA UFRGS47. Gustavo Amora - Assessor em Advocacy da Agere Cooperação em Advocacy e mestrando do Instituto de Ciências Políticas da UnB.48. IFHA-RHADHÁ DE ARTE NEGRA (grupo de teatro de rua, Olinda - PE)49. Isabel Aparecida dos Santos - Coordenadora de programas de educação em Direitos Humanos do IBEAC.50. Ísis Aparecida Conceição - Mestranda Faculdade de Direito da USP51. Ivaldo Marciano de França Lima - Mestre do Maracatu Nação Cambinda Estrela (Recife-PE), Mestre em História(UFPE) e Doutorando em História (UFF).52. Ivo de Santana - Doutorando em Ciências Sociais da Universidade Federal da Bahia (UFBA).53. Ivo Rodrigues - Secretário-Geral do Maracatu Nação Cambinda Estrela (Recife-PE), Licenciado em História (FUNESO)54. Jacira Vieira de Melo - filósofa, jornalista e diretora do Instituto Patrícia Galvão55. Jaime Amparo Alves - Mestrando em Antropologia Social da University of Texas at Austin (USA)56. Jesiel Ferreira de Oliveira Filho - Professor de literatura e doutorando em Letras pela Universidade Federal da Bahia.57. Joel Carlos Rodrigues Otaviano - Graduando da Escola Nacional de Ciências Estatísticas.
58. Joel Ronaldo Sudário - Bacharel em Serviço Social e Membro do Movimento Negro Capixaba
59. Jonathan L. Hannay - Secretário Geral da Associação de Apoio à Criança em Risco - ACER60. Jose Antônio de Souza Gomes

# posted by Paulo R. de Almeida @ Terça-feira, Julho 04, 2006


http://textospra.blogspot.com/2006/07/126-misria-do-debate-agora-o-manifesto.html

Serviço Social ...Profissão & identidade.... Prepara Segunda Edição para 2006

Diversos são os livros que em Serviço Social atingiram o seu objectivo. Esta Obra colectiva que foi dedicada à Mestre Alcina Monteiro, que extravasou as espectativas dos seus autores, prepara uma segunda edição revista dedicada à Professora Doutora Maria Augusta Geraldes Negreiros.

Na história da Construção desta obra, que surgiu à rebelia institucional, existia a ideia de elaborar trabalhos que tivessem alguma perenidade para o trabalho dos Assistentes Sociais portugueses, no entanto, este livro extravassou as fronteiras sendo incluído nas várias biliograficas das escolas de Europa e America Latina.

Restanto alguns exemplares dispersos. .. os autores decidiram lançar mãos à obra para uma segunda edição, aguardando os patrocinios de prestigio.
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Small Sister e Elias ....Dois Testes de Direito Penal do Dr. Jorge Cabral

Small Sister*


Chovia e o dia pardacento convidava à lamúria e à tristeza. Mal sabia Aninhas que num dia assim tão despido de sol e alegria iria encontrar o Amor. O Amor Ou o Ódio? Talvez ambos....
Morrera Agripina sua velha professora de Ciências ocultas, saindo o funeral da Igreja de S. Jorge para o Cemitério dos Prazeres. Após o velório Aninhas apanhou um táxi. Porém logo que entrou no carro, sentiu dentro de si, bem no fundo do corpo e nas entranhas da alma, um feérico relâmpago, um turbilhão em forma de arco-íris. Era o Amor!
- Para ao Prazeres, balbuciou.


E o motorista, Carlinhos conduziu-a mesmo para os Prazeres, não para o Cemitério, mas para um apartamento a Alvalade...

Dois meses depois estavam casados. Porque Aninhas era menor, tornou-se necessária uma autorização, que o próprio Carlinhos prestou na qualidade de futuro marido. Logo na semana seguinte Carlinhos foi chamado ao Concurso Small Sister. Aninhas ficou só e inconsolável. Como iria suportar a ausência do marido? Rezou a São Bonifácio, para que Carlinhos fosse nomeado e expulso. Sem resultado ... o marido continuava. Até que no trigésimo quarto dia de permanência na casa Small Sister, sucedeu um facto espantoso, quase inacreditável.

Estava Carlinhos à beira da piscina com a gata Small ao colo, quando revelou aos companheiros ser bissexual, já ter tido múltiplas aventuras com homens e rapazes e ter exercido a profissão de prostituto.


Aninhas que se encontrava sozinha em casa ia desfalecendo. O seu Carlinhos! Ó não! Que vergonha! Que desgosto!! Que raiva! Desaparecer para sempre decidiu. Fugir para o Alentejo. E de terra em terra, acabou por chegar a Barrancos onde se hospedou na pensão Taurina. Não falava com ninguém, não via televisão. Nem sequer tomou conhecimento que Carlinhos ganhara o concurso e se tornara célebre. Quase dois anos passados conheceu João Maria, dono de mil galinhas. A paixão foi mútua. João Maria era magrinho mas sempre gostara só de mulheres. De todas as mulheres, loiras, morenas, altas, baixas, feias e bonitas. Coleccionava aliás pijamas femininos ...

Aninhas contou a João Maria porque se havia refugiado em Barrancos e que temia ser descoberta por algum repórter mais afoito. João Maria compreendeu. Passaram a encontrar-se dentro da capoeira.

Uma noite porém, quando dormiam enlaçados, foram sobressaltados por um grande alvoroço. Acontecera que uma raposa, perseguida por caçadores, penetrava dentro do galinheiro. O rebuliço foi enorme. Tiros, gritos. Ambos nus, João Maria e Aninhas foram obrigados a abandonar o seu ninho de amor.

No dia seguinte toda a imprensa noticiou o acontecimento, e com fotos e tudo.
Carlinhos indignado, logo quinze dias passados intentou contra Aninhas uma acção de divórcio litigioso, pedindo também uma indemnização.

Aninhas aconselhada por João Maria, contestou a acção, e intentou uma acção de anulação do casamento. Mais pretende receber metade do prémio ganho por Carlinhos. Está com pressa. Quer casar com João Maria, o seu verdadeiro amor....

Nada sei do resultado de tais acções. Apenas me disseram que a gata Small fugiu... Que pena não poder terminar a história!

Comente, clarifique, interrogue, desenvolva e solucione.

ELIAS**

Elias contabilista tinha a paixão dos astros. Logo que a noite caía subia para o telhado onde instalara um telescópio, e aí passava a noite observando as estrelas. De manhã arranjava-se e ia para o emprego. Assim corria a vida do Elias, os dias entre os números, as noites sondando o firmamento. Já descobria uma supernova e um buraco negro e avistara centenas de objectos voadores, naves-mães, naves-filhas, pratos invertidos e outros corpos em forma de cachimbo.
Torna-se mesmo um especialista e havia até publicado um artigo num jornal da província.

Elias era casado com Angélica uma mulher paciente, que vivia para os filhos, Cácá e Miló, de dois e quatro anos respectivamente. Não formavam um casal ideal, mas lá iam vivendo. Fisicamente eram muito diferentes, sendo Elias muito baixo e Angélica exageradamente alta pois media mais de dois metros. Talvez tenha sido essa a razão, porque Elias começou a olhar para as alturas...
Angélica não ligava à actividade nocturna do marido que considerava uma mania que havia de passar com a idade. Em boa verdade, Angélica interessava-se por muito pouca coisa. Estando desempregada dedicara-se inteiramente à casa e aos filhos.

Uma noite porém estava Elias como sempre olhando o céu, eis que lhe descaiu o telescópio, tendo ficado apontado para a janela do quinto andar direito, do prédio da frente. E Elias viu-a! Viu e quase desmaiou. Um súbito rebentamento inundou-lhe a alma e fez-lhe estremecer o corpo. Ela valia mais que um milhão de estrelas, e uma colecção de discos voadores com a respectiva tripulação, Elias perdeu a cabeça, a mulher e os filhos e até se esqueceu do telescópio. Atravessou a rua e foi viver com ela.

Angélica não aguentou o choque. Perder assim o marido, desequilibrou-a mentalmente. Começou a ver galinhas por todos os lados e passava o tempo a enxotá-las. Mesmo na rua as galinhas a perseguiam e era patético vê-la de vassoura na mão a afastar as aves inexistentes... Uma desgraça que apesar de o ser, não comoveu Elias, que continuou com a vizinha e de nada quis saber.

Dado o estado de Angélica e o desinteresse de Elias, não houve outro remédio senão internar as crianças numa instituição de assistência. Aí se encontram há um ano não havendo notícias nem de Elias, nem de Angélica. Foi nesse estabelecimento que Graziela, assistente social, as conheceu.
Graziela tem trinta e quatro anos e é divorciada. Quer adoptar as crianças. Porque se esqueceu de quasi tudo o que aprendeu no Instituto, resolveu ir falar com o seu antigo professor de Direito. É que as coisas lhe parecem muito confusas, tanto mais que entretanto Elias se divorciou, e contra Angélica corre um processo de interdição.

Teve azar Graziela. O professor não se encontrava bem disposto. Pregou-lhe uma descompostura pela ignorância e ainda a ameaçou com não sei quantos chumbos retroactivos. Mas hoje quarta-feira, 28, Graziela voltou ao Instituto, entrou nesta sala e espera que vocês a esclareçam totalmente. Ajudem Graziela.

Comente, clarifique, descreva, interrogue e solucione.
* in Histórias de um professor de Direito, Colectânea de testes da Cadeira de Direito de Família e Direito de Menores, Dr. Jorge Cabral, Outubro/2001.

domingo, julho 16, 2006

NA CONSTRUÇÃO DO FEMINISMO ...MAIS SOBRE A ASSISTENTE SOCIAL BERTHA PAPPENHEIM



Bertha Pappenheim: cura de conversación, sociabilidad de la soledad.

Guillermo Delahanty

y donde nos vemos obligados a dar vueltas
y vueltas en nuestro propio jardín de los deseos
Lou Andreas-Salomé.
Teatro Público
.

Bertha Pappenheim primera Asistente social en Alemania, ocupó su vida en liberar a la mujer de las ataduras de la sumisión. Comenzó su labor en Frankfurt/Main a los 29 años de edad en 1889. Dirigió desde 1895 hasta una década posterior un orfanato destinado al cuidado de niñas huérfanas a consecuencia de los progroms. Se enfrentó contra la injusticia, pobreza y el estigma de niñas nacidas al margen de las relaciones legítimas sancionadas por la esfera jurídica. Las reivindicaciones de la mujer y el grado de conciencia de la opresión femenina se entrelazan con las demás luchas sociales. (1)
Utilizando las técnicas de trabajo social: investigar casos, registros sistemáticos de los datos, encuestas periódicas para descubrir nuevas áreas de necesidades sociales. Fundó el establecimiento Cuidado de la Mujer en el año de 1902. Veinticuatro meses después formó el Comité de la Mujer Judía, una institución para promover la emancipación femenina de las leyes agobiantes de la religión ortodoxa. La Federación de la Mujer Judía (Jüdischer Frauenbund), asociada a la Federación de Organizaciones Femeninas en Alemania.
Ella misma hubo de interrumpir su aprendizaje académico a los 16 años y de tener su producción de ideas y prepararse para recibir en el dosel nupcial al hombre destinado por la casamentera y dar hijos varones, porque es común que la familia judía no desea a las hijas. Una discriminación que rasgó su piel.
Mary-Alice Waters reflexiona que la subyugación de la mujer en el interior del sistema familiar proporciona las bases económicas, sociales e ideológicas que posibilitan su sobre- explotación.(2) Estudió lecciones privadas de filosofía griega en 1930.Con sus fuerzas desafió a los hombres mercantiles, estrechos de miras, quienes traficaban adolescentes judías del Medio Oriente y las vendían como esclavas a los burdeles de Europa.
En su contacto con adversarios cargaba sus pilas con más fuerza y energía. Dio a luz un hogar para las prostitutas desamparadas en Isenburg un pueblo aledaño a Frankfurt en 1906.(3)
Con una notable capacidad para la organización institucional consiguió fondos de millonarios prominentes para la causa feminista. Viajera sin fatiga conectó enlaces entre varios centros urbanos desde Jerusalén a Nueva York y visitó países de Polonia a Turquía. No obstante, a su entrega ella opinaba que su caridad era indiferente.
Sus ideas políticas no comulgaban con el sionismo y repudiaba al psicoanálisis. Bertha una mujer dotada intelectualmente, con talento para crear cuentos. Publicó varios libros, en un comienzo empleando el seudónimo de Paul Berthold hasta el mil novecientos firmando luego con su propio nombre. Entre sus obras se cuentan un texto de narraciones infantiles al estilo de Andersen: Una tienda de segunda mano, obras de teatro como El derecho de las mujeres, la trilogía dramática: Incidentes trágicos."En el comportamiento artístico actúan viejas fuerzas que se entretejen con otras individuales por medio de una excitación pasional; en ambos se produce una síntesis del entonces y ahora como una experiencia básica, en ambas se da su conjunción en el arrebato." (4)
También escribió ensayos Los problemas judíos en Galicia, La mujer judía, aquí imprime su ideología acerca de las mujeres, el trabajo social y el sionismo.
Publicó Sysyphus Werk un reportaje sobre la prostitución, la trata de blancas en Europa y el Medio Oriente.
Bertha fue una mujer enérgica, autoritaria y religiosa, escribía oraciones y a menudo hacia plegarias con lamentaciones. Con un sentido del humor fascinante; su hablar era directo, al grano y sin rodeos. Coleccionista de cristalería, porcelana china, lencería y bordados. Vestía con elegancia y adornada de joyas preciosas. Su fascinación por los muebles era evidente. Amor por la belleza: mientras visitaba Salónica, Turquía, se sorprendió frente a la hermosura de Jolanthe, de 21 años, prostituta y la admiró como la más bella mujer judía jamás vista.
Su vida social íntima se circunscribió a un círculo de amigas invitadas a su casa los martes - club café de niñas- en 1925. Era una ocasión para la preparación de exquisitos manjares, porque siempre disfrutó de la buena mesa. Gustaba escuchar ópera. Cuando sentía nostalgia en sus momentos de aislamiento, tocaba en el piano obras de Hayden y Mozart.
Permaneció soltera y vivió con su madre 17 años, hasta la fecha de la muerte materna en 1905.De vieja padeció varias enfermedades, a saber, reumatismo, dolor en el abdomen y finalmente, cáncer a dos años previos a su deceso. Un día, fue citada por la gestapo pero la dejaron ir.(5)Siete días previos a su muerte, escribió una plegaria encomendando su alma a Dios.
Bertha Pappenheim falleció a la edad de 77 años en la tarde del 28 de mayo de 1936. El rabino leyó el Salmo 121, que era su preferido.Bertha vivió en soledad, incluso, en una ocasión celebró hanukah consigo misma. "No soy necesaria para nada ni para nadie". Desde su infancia enraizó un permanente aislamiento, con un temor a la intimidad y a la ternura, con mecanismos defensivos ante la separación.(6)

Limpieza de chimenea.
Bertha Pappenheim fue Anna O.(7) la famosa paciente de Breuer, quien fue consultado por una tos nerviosa de ella en 1880. Anna O., 21 años de edad, cabello negro, ojos azules, una mujer atractiva. Padecía alucinaciones de serpientes negras; parálisis, con rigidez, en el brazo; se comunicaba en inglés; ausencias, alternando la tristeza y la euforia; sonambulismo; soñaba despierta, a menudo fantasías melancólicas de poética hermosura cuyo contenido se refiere a una joven ante la cama de su padre enfermo.(8)Anna nació en Viena el 27 de febrero de 1859. El padre Siegmund, un comerciante muy rico. Su madre Recha Goldschmidt, dedicada a las labores domésticas. Procrearon cuatro hijos, pero solamente sobrevivieron Anna y su hermano Wilhelm, un año menor. La familia era ortodoxa, guiada de manera autoritaria por las leyes de Moisés.
Anna recibió una educación refinada, el aprendizaje de idiomas como alemán inglés, francés e italiano. Hábil para la labor de punto en la costura. Con frecuencia paseos a caballo en el centro hípico de la ciudad. Los hábitos sexuales de la burguesía vienesa conducían a las mujeres a un excesivo refinamiento. Viena una capital contrastante, por un lado licencia sexual en las calles y por otro una moral restrictiva de la familia burguesa.
En la ciudad el movimiento feminista era importante y también fue la cuna del sionismo y del antisemitismo moderno.(9)Anna sufrió un trauma psíquico mientras cuidaba a su padre enfermo en julio de 1880. Falleció en abril de 1881, y la familia le ocultó la noticia a Anna, "en casi todas las situaciones patógenas, debió sofocar una intensa excitación en vez de posibilitarse su decurso mediante los correspondientes signos de afecto, palabras y acciones"(10). Frente a la perturbación mental de la hija, la familia primero consultó a Kraft-Ebbing y después a Breuer, quien se hizo cargo del tratamiento. El diagnóstico clínico: histeria de conversión,(11) "exagera esa parte del decurso de un proceso investido de afecto; corresponde a una expresión mucho más intensa guiada por nuevas vías, de la emoción".(12)Se inició la psicoterapia por inducción hipnótica.
Envuelta en nubes. Breuer la visitó diariamente hasta junio de 1882. "En la noche del día en que habían desaparecido todos los síntomas de la paciente le llamaron nuevamente junto a ella, y la encontró llena de confusión y retorciéndose a consecuencia de los calambres abdominales que sentía. Cuando le preguntó que le ocurría, respondió: " llega el niño del Dr. Breuer!".(13) Él con una contratransferencia narcisista, huyó precipitadamente ante la transferencia erótica de Anna.
Poco después, la internaron en el sanatorio de Bellevue(14) en Kreuzlingen, Suiza desde el 12 de julio al 29 de octubre de 1882, bajo el diagnóstico de trastornos funcionales en el hemisferio cerebral izquierdo. El tratamiento ahora, consistió en suministrar de 0.07 a 1.00 gr diario de morfina. En silencio miraba la imagen de su progenitor y quería visitar su tumba (15).
Anna se repuso definitivamente hasta 1895. Breuer leyó a Freud los fragmentos del historial clínico en noviembre de 1882. El primer caso clínico escuchado por Freud que le permitió iniciar su incursión al mundo del inconsciente dinámico.
Anna era amiga de Martha Bernays, la esposa de Freud; "entre otras personas, hablamos de tu amiga Bertha Pappenheim"(16). Entre los años de 1901 a 1909, los domingos por la tarde Martha recibía a sus amigas y en ocasiones se hallaba Anna entre ellas. Incluso fueron parientes políticas (17).Anna una joven excitable aunque autopunitiva. Una noche escuchó a distancia, los sones de una música bailable y deseó encontrarse allá, deseo que provoco severos autoreproches. Vivía con excedente de movilidad.
Reprimía cualquier idea representativa de una pulsión sexual con deseos incestuosos hacia su padre (alucinaciones y fantasías). Un día su hermano peleó con ella porque visitó vestida con medias a su padre. La sintomatología también le sirvió para evitar la atadura al enfermo, y así, la separaron del lecho paterno. Sumida en la ambivalencia ayudaba al padre en el baño, para evacuar la orina, un espacio cuasi-erótico. Anna encontró nexos entre los síntomas y las vivencias excitantes con el método catártico, procedimiento inventado por ella misma. La abreación. Expresaba la fantasía afectiva y de repente rebelaba la conexión y desaparecía el síntoma
Lenguaje secreto

Bertha sentía una ligazón muy intensa por su padre, en su infancia con una precocidad sexual y sensaciones sensuales intensas, intentó canalizarlos hacia su progenitor, sin embargo, por la sanción religiosa lo reprimió. EL amor por su padre encubrió la decepción de su nexo con la madre, "la intensa dependencia de la mujer respecto de su padre no es sino la heredera de una igualmente intensa ligazón-madre, y que esta fase anterior tuvo una duración inesperada."(18). Nunca pudo separarse de ella por la desesperación ante el vínculo roto, por ejemplo, no beber agua durante su padecimiento es una muestra de su adhesión oral, pero, con repulsa, "no sin sorpresa se oye otro reproche, que se remonta un poco menos atrás: la madre dio escasa leche a su hija, no la amamantó el tiempo suficiente."(19). Bertha sufrió pérdidas, a saber, en la infancia a sus ocho años, falleció su hermana mayor de 18 años de edad, y después la muerte del padre removió la primaria sensación de separación psíquica vivida de manera traumática.Sus arrebatos implicaban una promesa de liberación. Los fantasmas - que poblaron su mundo interno cargados de pulsiones sexuales encuentran una solución de compromiso en la sublimación, sacrificando su vida sexual. El erotismo quedó arropado por la actividad social creativa. "Durante toda la vida nos referimos a impresiones por las que quiere volver a nosotros una realidad primitiva, una realidad que sólo puede experimentarse de nuevo a retazos, semi-oculta, simbólicamente, pues su fondo de sentimientos se extiende hasta la totalidad inconsciente y desmembrada , a la que nosotros sentimos , al despertarse cercada de vida y de nosotros mismos".(20).
Evitó la servidumbre del matrimonio y con ello la desilusión de la vida conyugal cuando desaparece luego la ternura física. No hubo de soportar la degradación del yo de mujer frente a la perspectiva de una existencia martírizante. Conforme al punto de vista histórico la decisión para vivir en celibato fue causada por su fortaleza e inteligencia que evitó la subordinación a un hombre, y porque a la edad en que padeció su enfermedad coincidió también con la etapa en que las mujeres burguesas se casaban, quedando ella al margen del contrato del schidduch. (21)
Bertha Pappenheim-Anna O. fue una mujer humanista.
Primero su energía vital quedó atrapada en el cuerpo de manera paralizante, una vía de expresión de su conflicto interno, y después entregó su cuerpo para la causa de la liberación femenina. Encontró una nueva dimensión social para la mujer judía. Su vitalidad inundó a las instituciones que cobijaron a las niñas desamparadas. La soledad de una mujer en el mundo actual y su encuentro entre el yo y tú colectivo; una relación de recíproca presencia (22).
Compartía un acontecimiento fugaz y consistente; "en la mujer perviven impulsos creadores mucho más primitivos, pero que constantemente se ahondan en la propia experiencia, y cuyo ímpetu se manifiesta en su propio ardor sin abrir caminos propios. En las mujeres parece como si todo desembocara en su propia vida interior, no hacia el exterior: dentro de su interior como en el ámbito de su propio círculo, como si no pudiera salir de ella sin herida o dolor como la sangre de la piel." (23).
Desde el contexto clínico a la esfera social es plausible comprender la continuidad de su actividad, según Binswanger, por medio de su historia vital interior (24), su función de auxilio se entiende por el proceso de su motivación, para sostener primero, a su padre y, segundo, a las mujeres cazadas para la explotación sexual. Es una representación de su posición ante la vida, que es escenificada en su comunidad, en el encuentro del yo-tú. Por la conciencia de su sufrimiento y a través de su empatía, entregó su generosidad.

En su proceso de socialización se tejieron los hilos rotos, extendidos luego hacia el exterior por medio de la sublimación. Bertha en compañía sintió la seguridad interior y en sus momentos de autonomía, en su propio hogar, entonces vivenció una existencia compasiva. La conciencia de una vida frágil que se rompe.

Notas:
1. Mary-Alice Waters (1976), Marxismo y feminismo, Barcelona, Fontamara,1977, p. 107.
2. Ibid., p. 124.
3. Emma Goldman (1869-1940), rusa, anarquista, ulteriormente emigró a E.U. En su artículo "Las prostitutas", en: La hipocresía del puritanismo, México, Antorcha, denunció el prejuicio de que se importan prostitutas, a las judías de Europa como focos de infección social, protestando frente al infundio: "nadie ha de decir que las jóvenes judías emigran a tierras extrañas, si no sabe que algún pariente cercano o lejano ha de acompañarlas. La muchacha judía no es aventurera. Hasta hace pocos años no abandonaba su hogar, aún para ir a la próxima aldea o ciudad, donde podía visitar a alguien de su relación…" (p. 119).
4. Lou Andreas-Salomé (1910), "El erotismo", en: El erotismo, Ernst Pfeiffer (comp), Barcelona, José J. de Olañeta Editor, p. 78.
5. El gobierno de la República Federal Alemana imprimió una estampilla de correos en el año de 1954. Una conmemoración a la mujer que defendió los derechos humanos.
6. Frieda Fromm-Reichmann (1957), [1959], "Sobre la soledad", en: La psicoterapia y el psicoanálisis, Buenos Aires, Hormé, 1961, p. 220.
7. Ernest Jones reveló la identidad. Cf. Lucy Freeman (1972), The Story of Anna O. New York, Walker & Co.
8. Josef Breuer (1893-1895), "Señorita Anna O", en: Josef Breuer y Sigmund Freud, "Estudios sobre la histeria", Obras completas, Vol. II. Buenos Aires, Amorrortu, 1976.
9. Juliet Michell (1974), Psicoanálisis y feminismo, Barcelona, Anagrama, 1976, p. 424-438.
10. Sigmund Freud (1910), "Cinco conferencias sobre psicoanálisis", Obras Completas, Vol. XI. Buenos Aires, Amorrortu, 1976, p. 15.
11. Hoy en día es considerada como limítrofe (bordeline), cf. Suzanne Reichard (1956), "A re-examination of Studies in Hysteric", Psychoanalytic Quarterly, 25, p. 155-177.
12. Ibid, p.15.
13. Sigmund Freud carta a Stefan Zweig el 2 de junio de 1932, en: Ernst L. Freud (comp), Sigmund Freud. Epistolario (1873-1939), Madrid, Biblioteca Nueva, 1963, p. 457.
14. El padre de Ludwig Binswanger era el director de la clínica en donde también fue internado Nietzsche. Cf. G. Delahanty (2001), "Lou Salomé: en cualquier parte, en ninguna parte, pasando siempre de lado", Imagen Psicoanalítica, # 12, p. 95-123.
15. Henri F. Ellenberger (1970), El descubrimiento del inconsciente, Madrid, Gredos, p. 552-560.
16. Sigmund Freud carta a Martha Bernays el 13 de julio de 1883, 2 a.m., en: Ernst L. Freud (comp), Sigmund Freud. Epistolario (1873-1939), Madrid, Biblioteca Nueva, 1963, p. 48.
17. Isaac Bernays, rabino-jefe de Hamburgo emparentado a Heinrich Heine y también Bertha por conducto de su madre, a la familia Goldschmidt.
18. Sigmund Freud (1931), "Sobre la sexualidad femenina", Obras Completas, Vol. XXI Buenos Aires, Amorrortu, 1976, p. 229.
19. Ibid, p. 235.
20. Lou Andreas-Salomé (1917), "Psicosexualidad", en: El erotismo, Ernst Pfeiffer (comp), Barcelona, José J. de Olañeta Editor, p. 122.
21. Marion A. Kaplan (1984), "Anna O. Bertha Pappenheim: an historical perspective", en: Max Rosenbaum & Melvin Muroff (Eds), Anna O. Fourteen Contemporary Reinterpretations, New York. The Free Press, 1984, p. 108.
22. Martín Buber (1942), ¿Qué es el hombre? México, Fondo de Cultura Económica, 1983, p. 141-151.
23. .Lou Andreas-Salomé (1899), "El ser humano como mujer.", en: El erotismo, Ernst Pfeiffer (comp), Barcelona, José J. de Olañeta Editor, p. 21.
24. Ludwig Binswanger (1911), "Función vital e historia vital interior", en: Artículos y conferencias escogidas, Madrid, Gredos.

ANNA O .... RELEMBRAR ESTA ASSISTENTE SOCIAL NAS COMEMORAÇÕES DE SIGMUND FREUD


Bertha Pappenheim

Assistente Social, escritora e líder feminista reverenciada pelo povo judeu
por Rubem Queiroz Cobra

Bertha Pappenheim, nascida em Viena, Áustria, em 1859 e falecida em Iselberg, Alemanha, em 1936. assistente social, escritora e líder do movimento feminista alemão, é reverenciada pelos judeus por seu extraordinário esforço em prol das mulheres judias que viviam na Europa em condições humilhantes de exclusão social inclusive religiosa, de miséria e desamparo moral.
A terceira filha entre quatro crianças, Bertha cresceu em uma família de judeus ortodoxos abastados, como havia muitas em Viena em meados do século XIX. Ressentiu-se de não ter recebido a mesma educação dispensada pelos pais ao irmão caçula, e de ter sido tratada apenas como "mais uma menina". Sua formação ficou restrita ao estudo em um colégio feminino católico até os 16 anos, uma vez que a universidade de Viena não admitia mulheres. Lamentava a linha doméstica reservada à educação da mulher, e por esforço próprio tornou-se fluente em francês, inglês e italiano, além de conhecer o alemão falado na Áustria, sua língua materna.

Sua personalidade sensível sofreu muito com a longa doença terminal de seu pai, e das tensões por que passou resultou um colapso nervoso marcado por sintomas variáveis, como depressão e nervosismo, tendência ao suicídio, paralisias, perturbações visuais, contraturas musculares, e outros distúrbios que a deixavam praticamente uma inválida, apesar de contar na época por volta de vinte anos. Foi levada a um dos vários médicos judeus que formavam a elite dos cientistas vienenses, exatamente a Josef Breuer, que a tratou de 1880-1882, e documentou o seu caso. Ele a submeteu ao que ela mesma denominou de "terapia de conversa", pois Breuer, que a havia submetido inicialmente a sessões de hipnose, descobriu depois que, dialogando com ela sobre sua vida, podia leva-la a relatar traumas de sua infância do mesmo modo que sob hipnose. Breuer ficou empolgado com a descoberta de que essas recordações faziam que a cliente se sentisse bem e desaparecessem os sintomas. Bertha Pappenheim teve, assim, um papel chave no desenvolvimento do método que Breuer denominou catarsis, e que viria ser o fundamento da futura Psicanálise.

Bertha foi posteriormente encaminhada por Breuer a Sigmund Freud, jovem médico judeu interessado em adotar as técnicas de Breuer no tratamento da histeria. Ele e Breuer referiram-se a Bertha no trabalho conjunto que publicaram como "Anna O."

Por vários anos Bertha lutou contra seu estado neurótico e esteve várias vezes internada de 1881 to 1887, com seus sintomas agravados por um dependência da morfina que fizera parte de sua medicação. Passando, em 1889, a residir com sua mãe em Frankfurt am Main, Bertha sofreu várias recidivas de sua condição neurótica, e foi várias vezes internada para tratamento. Porém, assumindo profundamente sua fé religiosa e sua vocação altruísta foi, aos poucos entregando-se ao trabalho social em prol da dignidade da mulher judia, o que aparentemente contribuiu para sua recuperação. Em Frankfurt foi assistente voluntária na distribuição de sopa aos pobres e desempregados, no socorro às várias levas de judeus que aportavam à cidade fugidos das perseguições e expurgos em países do Leste Europeu, e administradora de uma escola de enfermeiras e do orfanato de Frankfurt, além de escrever vários contos publicados anonimamente

Revoltada com o desfavorecimento da mulher na comunidade judia alemã, ela fundou a "Associação da mulher judia", a primeira organização judaica a lutar pelos direitos civis e religiosos da mulher. Ela considerava a exclusão da mulher do conhecimento, um pecado. Profundamente dedicada ao trabalho social, Bertha elegeu como objetivo de sua vida combater as más condições de vida das mulheres judias sem lar. Viajou por todo o Leste europeu, Grécia e Turquia, visitando bordeis onde mulheres judias desamparadas eram forçadas a trabalhar. Buscava o auxílio de médicos, trabalhadores sociais e da polícia.

Em um livro de contos de 1890, intitulado "Na loja de segunda mão", sob o pseudônimo de Paul Berthold (com certeza lhe pareceu que um nome masculino traria mais crédito para sua obra), Bertha expressou sua preocupação com as crianças os pobres, e a justiça social. Sua paixão pelo feminismo e pela justiça social ganharam expressão na sua peça teatral, "Direitos da Mulher", escrita 1899 e a levou a publicar a tradução para o alemão do livro da feminista anglo-irlandesa Mary Wollstonecrafts, A Vindication of the Rights of Woman ("Uma defesa dos direitos da mulher"), publicado em 1792, o primeiro argumento político em favor da igualdade de tratamento dos sexos, expondo a dependência psicológica e econômica da mulher em relação ao homem e sua exclusão da vida pública.

In 1902, Pappenheim fundou Weibliche Fürsorge ("Assistência da Mulher") em Neu-Isenburg, a menos de 10 km. ao sul de Frankfurt, uma instituição igual às que já existiam para homens carentes, destinada a colocar órfãs em lares adotivos, educar mães a cuidar dos bebês, e dar orientação vocacional e oportunidades de emprego para moças. Aboliu o castigo físico e o uso de uniformes em sua instituição e cuidava para que o conhecimento das tradições judaicas relativa a datas religiosas e deveres religiosos da família fosse um elemento central no treinamento. Fez campanha junto aos chefes das comunidades judaicas compelindo-os a atacar os efeitos da pobreza e da migração da mulher judia e de seus filhos. O seu foi o primeiro abrigo e lar coletivo para mães solteiras e suas crianças, e meninas salvas da prostituição, instituição que ela dirigiu por 29 anos, ajudando pessoalmente milhares de mulheres.
Em 1904, agregando a si outras activistas, fundou a Juedischer Frauenbund, , da qual foi a presidente por vinte anos.

Bertha Pappenheim ganhou projeção internacional pelo seu trabalho de ajuda e educação vocacional e conseguiu ajuda nacional e internacional para sua causa como fundadora e líder da Liga das Mulheres Judias. Viajou ao Oriente Médio, Europa e Rússia, investigando e pregando contra a prostituição e o comércio de escravas brancas, temas de uma de suas publicações mais conhecidas, Sisyphus Werk (O trabalho de Sisifus), em alusão ao trabalho incansável do herói grego que persistentemente empurrava uma pedra para o alto da montanha, quantas vezes essa voltasse a rolar montanha abaixo.

A Liga denunciou o tráfego de mulheres, especialmente no Leste europeu e trabalhou para reforçar a proteção legal à mulher, para promover o tratamento igualitário com os homens em todos os setores sociais, e para dar oportunidade de modo a que a mulher pudesse alcançar realização pessoal e independência financeira.
Em 1910 Bertha publicou dois trabalhos, "O problema judeu na Galicia" e "Sobre a condição da população judia na Galícia" relacionando o baixo nível de educação com a pobreza entre as meninas judias.
Alem de publicar o periódico da Liga das Mulheres, Bertha traduziu em alemão moderno, em 1910, as "Memórias de Gluekl von Hameln", um seu parente remoto. In 1913 e 1916, respectivamente, publicou a peça teatral "Momentos Trágicos" e várias pequenas histórias abordando temas relativos ao status da mulher face ao Judaísmo, anti-semitismo, and assimilacionismo.

Após deixar, por motivo de saúde, a presidência da Liga das Mulheres, Bertha traduziu o Maaseh Buch, uma coleção de narrativas judaicas tradicionais; o Ze'enah u-Re'enah, uma bíblia seiscentista da mulher, de Isaac Ashkenazi, que viveu em Janow, na Polônia, cerca de 1590; os cinco Megillot, que são o livro de Ester, o livro de Ruth, o Cântico dos Cânticos, o Eclesistes e o Lamentações; e o Haftarot, uma seleção de textos dos profetas lidos em ocasiões especiais.

Por época de sua morte, em 1936, cerca de 1,500 jovens já haviam passado pela sua Instituição em Neu Isenburg. Pouco depois o edifício foi queimado, durante a Kristallnacht (Noite dos Cristais), em que os nazistas queimaram e destruíram as propriedades dos judeus na Alemanha, em Novembro de 1938, e em 1942 os funcionários e as crianças foram deportados para os campos de extermínio.
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Publicada em 20/04/2003
Para citar este texto: Cobra, Rubem Queiroz - Bertha Pappenheim. Site www.cobra.pages.nom.br, INTERNET, Brasília, 2003 ("www.geocities.com/cobra_pages" é "Mirror Site" de www.cobra.pages.nom.br ).