terça-feira, maio 01, 2012

Centro Português de Investigação em História e Trabalho Social Saúda o 1º de Maio de 2012


Centro Português de Investigação em História e Trabalho

Social

Saúda o 1º de Maio de 2012




Os Investigadores e os Profissionais de Serviço Social, colaboradores e amigos do Cpihts, neste dia 1 de Maio de 2012, querem manifestar publicamente a necessidade dos profissionais reflectirem sobre a memória social e o significado para os trabalhadores sociais de Portugal e da Europa das datas simbólicas que marcaram a recente história da construção da Liberdade.

-O fim da ditadura do Estado Novo, acontecida na data de 25 de Abril de 1974, contribuiu de forma marcante para uma mudança significativa nas políticas socias e para a construção do Estado Social, possibilitando o reconhecimento progressivo de direitos até então sonegados.

-A construção da cidadania e o reconhecimento dos direitos fundamentais consagrados na Constituição Portuguesa em 1976, como baluarte da liberdade, são expressões da ruptura com as políticas isolacionistas deste Estado Novo que perpetua a velha ideia colonialista de um império belicista.

- Os casos paradigmáticos e contraditórios da queda das ditaduras de Portugal, Grécia e Espanha, num contexto planetário, representam uma palavra de esperança para o Mundo que se debate por estabelecer a ruptura com a guerra (veja-se o colonialismo na guerra de Indochina, Africa, América Latina, etc.) com a fome, com o antropocentrismo, especialmente com os direitos culturais, cultuais e económicos.

-Neste Primeiro de Maio de 2012, devemos evocar todos os cientistas e trabalhadores sociais que foram profundamente castigados pelas suas ideias e que marcaram presença nas velhas escolas de Serviço Social, convocando a ideia de utopia lusitana com imaginação para reforçar a liberdade de investigar, pensar e de agir de acordo com os preceitos éticos e deontológicos dos assistentes sociais a nível mundial.

A situação laboral dos trabalhadores sociais caracterizados pelo emprego precário, pelo desemprego, pelo subemprego e pelo emprego sazonal deve constituir um alerta, um repensar de estratégias de agir e de organizar; desde o desenho dos quadros académicos à formação profissional. Não podemos consentir o abandono escolar precoce quando ele representa um investimento social considerável.

Finalmente, devemos relembrar que esta sociedade produz e pode produzir riqueza suficiente para colmatar a situação de crise que afecta a comunidade em Portugal e na Europa, para concretizar os direitos socias e não dilatar os compromissos e as responsabilidades sociais. A gravidade da situação deve responsabilizar a quem de direito nas últimas décadas não tem sabido administrar e distribuir a riqueza.

O CPIHTS apela à participação crítica e criativa nesta data contribuindo com alternativas colectivas.

1 de Maio de 1012

Bernardo Alfredo Henríquez Cornejo
Presidente do CPIHTS