sábado, julho 17, 2010

Teste de Direito da Familia e Menores do Professor Jorge Cabral

UNIVERSIDADE LUSÓFONA
LICENCIATURA EM SERVIÇO SOCIAL
DIREITO DA FAMÍLIA E DOS MENORES


Dos Caracóis se denomina o Bairro, bem próximo da Vila de Amarela. Dos Caracóis, porquê, ninguém sabe. Só se for da lentidão da fome sem vergonha que amolece a ira dos miúdos. Não sei se brincam, se ainda brincam, aqueles miúdos tristes, encardidos rebentos dos restos do Império, Homens que amanhã, se houver um amanhã, serão pastores do tédio e da revolta, nos tugúrios-prisões onde escondemos as chagas da nossa frustração. Ali trafica-se pó, alguns corpos, que as almas são um luxo inacessível, para quem se sustenta só de raiva e se entretém à espera, sabe-se lá de quê?
Na barraca letra N, habitava uma Mãe, Glória, que agora em Tires cumpre o destino, uma pena de prisão quase ansiada. Dessa Mãe, três filhos se quedaram entregues a si próprios e a um vizinho, ancião, meio cego e falho da razão. Três crianças nascidas daquele ventre, apenas filhos dela, pois dos pais perdeu-se o nome, olvidou-se o rasto e da memória nada restou. Homens de passagem breve, talvez cansados bebedores ou caminhantes apressados perdidos na nocturna rotina do sexo barato e distraído.
O mais velho João tem treze anos, cara de trinta, num corpo de oito, cheirador de cola, palmante de carteiras, biscateiro da malandragem, burlador e burlado no comércio das carícias daqueles senhores bem vestidos que às vezes o procuram. Maria, a única menina, ainda não fez seis, é a mulher da casa a quem cabe cuidar do bebé Jorge, criatura chorona e ramelosa por ali a gatinhar no meio da porcaria.

Quem traz algum pão é o rapaz, uma sopa fornece o ancião, do resto diz-se que cuida Deus, pois ainda estão vivos. Uma noite porém, não foi lesto João, quando aliviava o relógio suíço da excelência Pulquéria, dama redonda e rubicunda que apanhava o fresco em alegre passeata. Deixou-se agarrar João!
Esperou Maria o irmão, esperou, esperou ...
No dia seguinte surgiu no Bairro um Homem. Salomão disse chamar-se e ser o esquecido marido de Glória. Casou há quinze anos. Casou e partiu. Com Glória na alma correu o Mundo. Nunca lhe foi infiel. Porque Glória foi a Chinesa de Cantão, a Esquimó da Lapónia e a Índia da Bolívia. Sempre Glória!
Os filhos de Glória são meus filhos, clama agora em pranto. Talvez tenha razão. Quem sabe?

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CALMA E BOA SORTE


JORGE CABRAL

quinta-feira, julho 15, 2010

Serviço Social Mobing, Acoso, Assedio Laboral Leymann

Na minha recente viagem a Espanha, tive oportunidade de visitar diferentes universidades para me aproximar e aquilatar as produções científicas de " nuestros irmãos". O Bom tratamento que recebo das universidades e dos investigadores (devido à permuta permanente de conhecimentos a partir das instituições que represento) me permite capitalizar, com um olhar carinhoso, as amizades construidas nesta última estadia que fez o www.cpihts.com pelas terras ibéricas para consolidação dos projectos éticos, politicos e profissionais.
Para além da musicalidade gritante que acompanham a travessia de las tortillas e o conveniente Alvarinho que acompanhavam o sapateado de Lolita e Xavi encima de uma mesa convenientemente salpicada de un rio tinto de la Rioja onde ainda flutuavam os restos pre-históricos de um mexilhão naufrago que tinha acompanhado uma paella servida duas horas antes, desencantaram, não sei como, o jornal El Pais com a noticia do falecimento de Saramago. Nesse momento como que um manto profundo de angustia invadiu o espírito dos presentes e encaminhou a conversa para reflexões românticas e generosas, sempre acompassadas pelo pulsar do Alvarinho e do Outro ...
Pela manhã cedinho verificamos as bandeiras a media haste.
Fomos presenteados com as produções da Universidade de Huelva em co-edição com Comisiones Obreras ( CCOO) e UGT, generosamente subsidiadas pela Segurança Social española.
Desfilavam pelas nossas mãos obras importantes que retravavam horas de trabalho de investigadores preocupados com transmitir o seu conhecimento para enfrentar realidades estremamente semelhantes. Pelos olhos das (os) nossas (os) interlocutoras (es) as produções dos nossos colaboradores ( www.cpihts.com ).
Retenho alguns dos temas dos livros que que nos ofertaram : Inventário de Acoso laboral de Leyman, condições de Trabalho das trabalhadoras da acuicultura, Género, Migraciones, gitanos, brasileiros e africanos na peninsula, etc.
Todas estas obras disponiveis na net e com explorações a partir de universidades portuguesas.
Procure que encontra
Alfredo Henríquez

segunda-feira, julho 12, 2010

Serviço Social na Perspectiva dos Ouvidores

A criação da ouvidoria pública, na figura do ouvidor ou ombudsman, encontra antecedentes na administração imperial chinesa. Como controlador da administração, o ouvidor era a pessoa incumbida de receber as reclamações da população contra as injustiças administrativas. Desde 1773, na Suécia, foi oficialmente criada a figura do ombudsman, a quem cumpria supervisionar a execução das leis e atividade dos setores públicos.
(....)

http://www.mte.gov.br/ouvidoria/historia.asp

Serviço Social e Música Estílo "kuduro" Cativa Portugueses

A música angolana do estilo kuduro tem sido, nos últimos tempos, o ritmo nacional que mais cresce e conquista maior número de apreciadores em Portugal.
Está afirmação foi avançada nesta segunda-feira à Angop, em Lisboa, por vários fazedores deste ritmo típico de Angola, com seguidores, actualmente, em vários países. Segundo o músico Puto Cossa, esse género musical, além de estar a conquistar cada vez mais fãs, tem merecido reconhecimento dos promotores musicais e de outros agentes culturais. A título de exemplo, Puto Cossa apontou a recente exibição de kuduristas no Festival Internacional de Música Delta Tejo, na qual partilharam o palco com artistas consagrados como os brasileiros Martinho da Vila, Ana Carolina, Carlinhos Brown, o angolano Paulo Flores, os portugueses Roda de Choro de Lisboa e Ana Félix.
Já o kudurista Sacerdote, frisou que o estilo que interpreta é um dos mais badalados em discotecas e outras casas de diversão, divido as rimas e o ritmo contagiante das suas batidas. “Na maior parte das discotecas de Portugal já é possível ouvir o kuduro, que está cada vez mais a ganhar espaço devido ao seu ritmo contagiante que faz encher as pistas de danças”, salientou. Por seu turno Pai Grande, líder do grupo “Os Animadores”, recordou que o estilo kuduro está a fazer grande sucesso em Portugal ao ponto de os cidadãos estrangeiros estarem a fazer também este estilo típico de Angola. Actualmente, realçou, não são apenas jovens angolanos que fazem esse estilo de música. “Temos assistido a aparição de grupos e cantores individuais de nacionalidade portuguesa, cabo-verdiana, moçambicana, brasileira, guineense a fazerem também kuduro”, reforçou. “Esse facto demonstra bem o quanto é valorizado kuduro em Portugal, inclusive temos recebido convites para fazermos fusão com outros ritmos internacionais e com cantores de top na Europa”, frisou.
O movimento de kuduro em Portugal conta actualmente com estúdios e produtores especializados, tendo havido concursos e festivais deste ritmo. Sendo as principais referencias deste género em Portugal os cantores Rei Hélder e Puto Prata, este a estudar em Lisboa.
http://www.angolasite.com/Cultura/Estilo_Kuduro_ganha_espa_o_em_Portugal