sábado, agosto 11, 2007

Serviço Social Procuradora Angolana Exorta à Promoção de Debates Sobre Situação da Mulher Angolana


Procuradora exorta promoção de debates sobre a Situação da Mulher

Luanda, 31/07 - A promoção de debates públicos sobre a situação das mulheres, violência doméstica e VIH/Sida devem constituir ferramentas indispensáveis na criação de legislações que visam melhorar a condição das mulheres no continente africano. A afirmação foi proferida hoje em Luanda, pela procuradora provincial da sala de crimes, Maria Teresa Manuela durante a palestra sobre " a mulher africana ", promovida pelo grupo Desportivo e Recreativo das Edições Novembro em alusão ao 31 de Julho.


Segundo a procuradora, as mulheres do continente apesar das dificuldades enfrentadas são caracterizadas como tendo um perfil forte, determinado, representando uma mais valia para a maioria das famílias e mão de obra, principalmente no meio rural. No domínio legislativo Teresa Manuela considera ser necessário além da elaboração de leis a criação de condições de aplicabilidade das mesmas, bem como a protecção das mulheres vítimas de violência. Apesar das conquistas que vão desde um maior acesso à educação, emprego fora do lar, afirmação social e profissional, alguma independência financeira a mulher africana ainda é muito descriminada. A descriminação movida por aspectos histórico- culturais, religiosos e em alguns casos políticos remete a mulher a uma situação de vulnerabilidade exposta as mais diversas formas de violência (psicológica, física, sexual e económica), que chegam a resultar em morte. Teresa Manuela apontou como causas de violência as razões histórico-culturais, desemprego, ciúme, dependência económica, desemprego, alcoolismo e em algumas regiões as guerras. A procuradora lamentou o facto de em África as mulheres continuarem a ser submetidas a rituais com a excisão (amputação total ou parcial do clitores), infibulação (corte e costura dos lábios genitais, deixando apenas uma abertura muito pequena para urina e fluxo menstrual). A circuncisão feminina e mutilação genital é um factor cultural, cujo valor varia de sociedade a sociedade. Este ritual é frequentemente praticado como uma garantia de virgindade ou como um precursor para o matrimónio, ou prova de pureza sexual e higiene. Paticiparam no evento mulheres afectas aos órgãos de comunicação social.


O dia da Mulher Africana foi instituído a 31 de Julho de 1962 em Dar es Salaam, na Tanzânia, este ano a data é celebrada sob o lema " A pauperização do continente que desenvolvimento económico para a África? Desafios e estratégias?".

*gravura albano neves de sousa " rapariga angolana "

sexta-feira, agosto 10, 2007

GRINAPSS Grupo de Relações Internacionais da Associação de Profissionais de Serviço Social Informa


RELAÇÕES INTERNACIONAIS DA APSS


As Relações Internacionais na APSS estão a cargo do GRINAPSS (Grupo das Relações Internacionais da APSS) tendo como principal objectivo: Promover e fortalecer internacionalmente as relações profissionais a nível profissional e académico.

Em 2006 a equipa do GRINAPSS passou a ter a seguinte constituição:
. Alfredo Henriquez- contacto para a América Latina em todas as áreas
. Cristina Martins – responsável pelo Grupo e contacto para a FIAS Europa e Global e Membro do Comité Executivo da FIAS Europa (First Deputy Member)
. Graça André- contacto para os Direitos Humanos da FIAS e ligação com as Escolas sobre as questões do Ensino em Serviço Social – Europa

O GRINAPSS tem vindo a desenvolver as acções a que se propôs no seu plano de acção para o triénio 2005-2007, tais como:

1.recebendo e divulgando a informação sobre Serviço Social a nível internacional
A criação dum blog em 2006 revelou-se como um importante veículo para atingir esse objectivo.
2.mantendo activa a comunicação internacional
Respondendo aos emails que nos chegam com pedidos de informação de diversa ordem.
3.mantendo um correspondente oficial na FIAS
Neste contexto foram divulgadas diversas iniciativas promovidas em Portugal, tais como as acções de formação organizadas pela APSS e todo e qualquer evento realizado no âmbito da promoção da profissão e com importância na área do Serviço Social.
4.participando nas reuniões de delegados da FIAS (europeias e globais)
A Colega Cristina Martins do GRINAPSS participou como delegada da APSS na reunião de delegados da FIAS Europa, realizada de 26 a 28 de Maio de 2006 em Sofia, Bulgária, bem como na Assembleia Geral da FIAS, realizada em Munique, Alemanha, de 27 a 29 de Julho de 2006.
Este ano de 17 a 19 de Março participou com a Colega Graça André na Reunião de Delegados da FIAS Europa, que se realizou em Parma, Itália e onde foi eleita como First Deputy Member do Comité Executivo da FIAS-Europa.
5.participando em grupos de trabalho internacionais
Foi constituído em 2006 o Grupo do Sul da Europa e Mediterrâneo da FIAS – Europa, com o objectivo de estimular a troca de informação entre as associações que integram o grupo (Portugal, Malta, Espanha, França, Itália e Chipre) sobre educação, prática, métodos, etc., apoiando a participação activa dos seus elementos no seio da FIAS.
Como acções planeadas (algumas já em curso), destacam-se:
• Envio de informação em forma de artigos/fotos para publicação nas newsletters, sites, blogs, etc. das associações dos países que integram o grupo;
• Realização de reuniões de trabalho paralelas, por ocasião das reuniões da FIAS;
• Organização de Encontros, Conferências, etc. em parceria.





6.participando nas actividades promovidas pela FIAS (comemorações, projectos, documentos, etc.):

-Dia Mundial d@ Assistente Social
A FIAS decidiu em 2004 celebrar o primeiro Dia Mundial d@ Assistente Social em 27 de Março de 2007, tendo o GRINAPSS iniciado a sua colaboração em 2006, através da promoção e divulgação da iniciativa.
A APSS promoveu uma Jornada Nacional para a Comemoração do Dia Mundial d@ Assistente Social, que decorreu no Salão Nobre da Câmara Municipal de Matosinhos, numa iniciativa conjunta com a Associação de Investigação e Debate em Serviço Social (AIDSS).

-Projecto da FIAS Europa “Serviço Social Promovendo a Coesão Social”, com os seguintes objectivos:
. Fortalecer a voz do Serviço Social na Europa;
. Desenvolver uma política e estratégia comum sobre a prática do Serviço Social no contexto dos Direitos Humanos;
. Criar coerência ao nível da região europeia.

O Projecto contou com a participação de 19 países/associações membros da FIAS-Europa, incluindo a APSS-Portugal e teve as seguintes fases:

• Realização dum questionário aos membros da FIAS-Europa
• Apresentação dos Resultados
• Elaboração de Relatórios Nacionais
• Realização de 3 Workshops Sub-regionais em Paris*, Áustria e Birmingham
• Relatórios dos 3 Workshops
• Relatório Final, aprovado na Reunião de Delegados europeia realizada em Parma de 17 a 19 de Março de 2007
O Relatório será em breve amplamente divulgado.

*A Colega Cristina Martins do GRINAPSS representou a APSS no Workshop Sub-Regional realizado em Paris de 17 a 18 de Março de 2006.

7.incentivando e promovendo intercâmbios associativos internacionais
Neste contexto estão a ser desenvolvidos contactos tanto a nível europeu como a nível global, nomeadamente pelo Colega Alfredo Henriquez, com os países da América Latina.

O GRINAPSS está a desenvolver um protocolo com uma agência de viagens para assegurar uma grande participação portuguesa na próxima Conferência Mundial dos Trabalhadores Sociais que será no Brasil de 16 a 19 de Agosto de 2008 na cidade de Salvador, do estado da Bahia.

Entretanto no ano de 2008 a APSS vai acolher na cidade do Porto a próxima reunião de Delegados da FIAS Europa, que decorrerá de 16 a 18 de Maio.

Convidamos todos os Colegas a participar activamente, visitando o nosso blog e enviando contributos. www.grinapss.blogspot.com/

Foto: Delegados da Argentina, Brasil, Colômbia, Espanha, Malta e Portugal na Assembleia Geral da FIAS, Munique, Alemanha, Julho/2006


Serviço Social e Violência Doméstica Lei Maria Da Penha Cumpre Um ano


RIO - No mês em que a Lei Maria da Penha completa um ano, as mulheres vítimas de violência doméstica e familiar têm um novo endereço para denunciar seus agressores. É no Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça (TJ) do Rio de Janeiro, que funciona dia e noite, após o expediente forense, na Rua Dom Manuel, s/nº, atrás do Fórum Central, no Centro do Rio.
As mulheres agora são acolhidas por outras mulheres, funcionárias do TJ, que passaram a integrar a equipe do Plantão Judiciário, composta basicamente por homens. Todas têm aptidão técnica para lidar com questões relativas à violência doméstica e dar o primeiro atendimento àquelas que chegam ao Judiciário fragilizadas pelo sofrimento e pela dor. O novo serviço já está funcionando.
A iniciativa foi do corregedor-geral da Justiça, desembargador Luiz Zveiter, que, sensibilizado com o tema, disponibilizou serventuárias com formação em Psicologia e Serviço Social para o Plantão Judiciário.
- Entendo que a designação de um servidor do sexo masculino para prestar o primeiro atendimento seria equivocada, na medida em que poderia haver um vinculo negativo em relação à figura masculina. A mulher vitimada, ao ser atendida por um servidor do mesmo sexo e com formação especializada neste tipo de evento, certamente vai receber mais tranqüilidade e conforto num momento tão aflitivo. Por isso, a importância da implementação do serviço com servidoras, acredita o corregedor.
Dependendo do caso, a equipe do Plantão Judiciário, composta por juiz, promotor, defensor e serventuários da Justiça, poderá acionar recursos para que a vítima seja encaminhada para a Casa Abrigo Lar das Mulheres, criada em março deste ano a fim de garantir a integridade das mulheres e também de seus filhos.
Juizados de Violência Doméstica completam um mês
A violência contra a mulher não tem classe social e nem nível de escolaridade. As vítimas, em sua maioria, estão nas comunidades carentes do Rio, mas também nos condomínios fechados da Barra da Tijuca ou em apartamentos luxuosos de Ipanema. Os agressores vão de profissionais com curso superior aos catadores de lixo das ruas do Centro da cidade. A análise é do Tribunal de Justiça do Estado do Rio, que instalou em junho dois juizados especializados em violência contra a mulher, no Centro e em Campo Grande, Zona Oeste do Rio, em cumprimento à Lei 11.340/06, mais conhecida como Lei Maria da Penha.
[ 16:55 ] 06/08/2007

quinta-feira, agosto 09, 2007

Encontro Estadual de Assistentes Sociais CRESS 6ª Região

O CRESS 6ª Região convida para participação do ENCONTRO ESTADUAL DE COORDENADORES DE NAS/2007, previsto na Resolução CRESS nº. 2009.2006, no dia 17 de agosto de 2007, de 9h às 18 horas, no auditório do CRESS 6ª Região, à Rua Tupis, 485 sala 504, Centro, Belo Horizonte MG.
O objetivo deste Encontro Estadual é subsidiar os NAS, por meio de seus coordenadores, com aprofundamento de temas relevantes ao exercício profissional buscando a articulação e integração dos assistentes sociais na defesa do projeto ético político do Serviço Social em suas cidades ou micro regiões. As 14h Haverá uma palestra sobre Proficiencia e em sequencia um Debate sobre a aplicação do exame de profissicência para Assistentes Sociais.
Esclarecemos que o CRESS 6ª Região assumirá os custos com passagens, hospedagem além de ajuda de custo no valor de R$ 60,00 (sessenta reais) para um coordenador por Núcleo.
Sua participação será de grande valia para a organização de toda categoria e para isto solicitamos que confirme sua participação até o dia 15/08/2007, pelo e-mail: cress@cress-mg.org.br ou pelo telefone/fax 31-3226.2083 no horário e 13 às 19 horas.
Caso tenha alguma dificuldade de liberação no trabalho, envie-nos nome de sua chefia, bem como contato de e-mail ou fax, para que o CRESS envie Oficio solicitando sua liberação. Aguardamos você. Maria Rosangela Pinheiro Damaso Presidente CRESS 6ª Região Márcia Maria Romero Coordenadora da COMAGO
Contato CRESS (31)3226-2083

Simposio Ensino Superior Brasileiro na Actualidade


SIMPÓSIO


O ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO NA ACTUALIDADE:
velhos desafios, novos caminhos
• DATA: 30 de agosto de 2007 (quinta-feira) • LOCAL: Teatro TUCA - PUC/SP Rua Monte Alegre, 1024 Perdizes05014-001 - São Paulo •
OBJETIVO

Identificar e debater os desafios que o ensino superior brasileiro enfrenta nos dias atuais, explicitando os problemas que marcam, histórica e estruturalmente, a educação universitária brasileira e, à vista dos desafios postos, discutir a necessidade e a relevância da pesquisa, como construção de conhecimento, na pedagogia universitária. Destacar a identidade profissional do professor universitário e a institucionalidade do lugar do trabalho docente nesse nível de ensino levando em conta os condicionamentos macro e micro-estruturais da realidade sócio-cultural brasileira da atualidade.• MESA 1
Problematicidade do ensino superior brasileiro nas condições sócio-culturais da complexa sociedade globalizada de hoje, destacando as questões da profissionalidade do docente universitário. Perspectivas e possibilidades de enfrentamento pedagógico dos desafios que emergem dessa nova situação histórica, ênfase na construção coletiva de projetos político-pedagógicos institucionais que contribuam significativamente para o redirecionamento das finalidades desse nível de ensino, implementando estratégias didáticas, competentes, criativas e críticas, vinculadas à pesquisa e à análise da prática docente.
• MESA 2
Discussão dos problemas pedagógicos presentes no processo de ensino/aprendizagem na formação universitária e debate de propostas para sua superação. Ressignificação do papel da pesquisa como princípio pedagógico, com destaque para a importância e a necessidade de uma postura investigativa, entendida como construção de conhecimento, articulada ao ensino, na formação universitária. A prática da pesquisa como fundamento e sustentação do processo de ensino e de extensão na Universidade. O lugar da pesquisa na didática do professor e na aprendizagem do aluno, no ambiente pedagógico universitário.• PROGRAMAÇÃO
8h30 Credenciamento e Recepção com Café
9h00 Abertura• Marcos Cezar de FreitasProfessor da Universidade Federal de São Paulo e Coordenador do ConselhoEditorial da Área de Educação da Cortez Editora
9h30 Mesa 1• DILEMAS DA DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA NO BRASIL
Palestrantes:- Antônio Joaquim SeverinoFilósofo e Professor Titular de Filosofia da Educação da USP
-Selma Garrido PimentaProfessora Titular da Faculdade de Educação e Pró-Reitorade Graduação da USP
12h00 Intervalo para Almoço
14h00 Mesa 2• A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NA PEDAGOGIA UNIVERSITÁRIA
Palestrantes:- José Carlos LibâneoDoutor em Filosofia e História da Educação pela PUC-SPProfessor do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Católica de Goiás.
- Mario Sérgio CortellaFilósofo, Professor Titular do Depto. de Teologia e Ciências da Religião e da Pós-Graduação em Educação (Currículo) da PUC-SP
16h30 Encerramento•
INVESTIMENTO
Profissionais: R$ 40,00Estudantes: R$ 20,00 (apresentar carteirinha de estudante no dia)
IMPRIMA AQUI SUA FICHA DE INSCRIÇÃO

segunda-feira, agosto 06, 2007

Serviço Social Hospitalar: A Valorização do Acompanhante Sublinhada POr Celina Bomfim

HOSPITAIS BRASILEIROS
Cuidador é suporte emocional e afectivo
Os hospitais autorizam a presença dos cuidadores desde que a necessidade deles seja comprovada.
A legislação brasileira assegura aos pacientes menores de 18 anos, idosos acima de 60 anos e portadores de qualquer tipo de deficiência o direito a ter um acompanhante durante a internação hospitalar. Mas o que se verifica é a presença de um acompanhante em quase todos os leitos das unidades públicas da Capital.
A permissão para que o paciente tenha um cuidador da família, mais que um cumprimento legal, é um ação de humanização do sistema de saúde.A presença do cuidador é encarada nas unidades de saúde como parte do tratamento. Como destaca a chefe do Serviço Social do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), Celina Bonfim, o acompanhante é uma peça fundamental para a recuperação do doente. “Ele é um cooperador que vai estar sendo positivo no acompanhamento dos pacientes”, avalia a assistente social.
No HGF, para os pacientes que não estão dentro do perfil definido pela lei, a autorização para o acompanhamento de um enfermo é concedida pela equipe multiprofissional. Celina Bonfim explica que médicos, enfermeiros e assistentes sociais são responsáveis por definir a necessidade de um acompanhante para determinado paciente. “Ele precisa ter representação afetiva e estar em condições de dar apoio e segurança”, afirma Celina.No entanto, a presença legitimada do acompanhante não é suficiente. As condições em que eles ficam no hospital não são as melhores. A dona-de-casa Maria Neuza Alves de Lima, de 55 anos, conhece bem essa rotina desconfortável. Ela está há 11 meses no HGF com a irmã Maria de Fátima, de 59 anos. Durante o dia, tem a seu dispor uma cadeira de plástico, e à noite, após as 21 horas, pode armar uma espreguiçadeira para repousar com um pouco mais de conforto.“Durante o dia a gente não arma a espreguiçadeira para não atrapalhar o trabalho dos médicos e enfermeiros”, conta Neuza.
A chefe do Serviço Social do HGF explica que realmente não é possível oferecer mais conforto para os acompanhantes por conta da estrutura física do hospital. Cada quarto da enfermaria tem capacidade para dois leitos, o que significa quatro pessoas internadas, se os dois pacientes estiverem acompanhados.Os cuidadores se acomodam como podem e fazem das enfermarias um pedacinho da casa, com hábitos e objetos. Nas enfermarias femininas, xampus, cremes de cabelo e desodorantes disputam espaço com os aparelhos e medicamentos. “A gente tem vontade de curtir a casa da gente, mas só posso voltar uma vez por mês”, conta Neuza, que mora em Maracanaú e reveza com outra irmã a cada mês a permanência no HGF. Ela confessa que não se sente à vontade vagando pelos corredores da unidade, mas agradece a todos do HGF pelos cuidados com a sua irmã.