quarta-feira, maio 09, 2007

Serviço Social Pesquisa Sobre O Perfil do Idoso no Brasil

SESC NACIONAL, SESC SP E

FUNDAÇÃO PERSEU ABRAMO

LANÇAM PESQUISA SOBRE O PERFIL DO IDOSO NO BRASIL

O Objetivo do estudo é mostrar a situação atual dos idosos brasileiros eprospectar a situação da próxima geração da Terceira Idade no Brasil
A parceria entre o SESC Nacional, SESC São Paulo e a Fundação Perseu Abramo possibilitou a realização de uma pesquisa para traçar o perfil dos idosos brasileiros: “Idosos no Brasil: Vivências, desafios e expectativas na 3ª idade”. A iniciativa traça o perfil sócio-demográfico desta camada da população, além de descrever alguns aspectos da condição de vida dos idosos, dando voz aos brasileiros da Terceira Idade, investigando suas percepções em relação ao envelhecimento e ao contexto social em que estão inseridos.
Realizada entre 01 e 23 de abril de 2006, o estudo contou com 2.136 entrevistas com pessoas com 60 anos ou mais. Como o objetivo também foi investigar a imagem que os mais jovens têm da velhice e do envelhecimento e prospectar a próxima geração da Terceira Idade, foram entrevistadas 1.608 pessoas de 16 a 59 anos em 204 municípios pequenos, médios e grandes de todas as regiões do país.
Entre os temas abordados estão o perfil sócio-demográfico, a auto-imagem, as relações familiares e os laços afetivos, instituições de longa permanência e direitos, além de uma minuciosa descrição das atuais condições de educação, saúde, acessibilidade, violência, tempo livre e lazer, trabalho remunerado e renda dos idosos brasileiros.
Para o diretor regional do SESC São Paulo, Danilo Santos de Miranda, o estudo coincide com o trabalho elaborado pela instituição ao longo dos anos. “Ao estabelecer a parceria com a Fundação Perseu Abramo na realização dessa pesquisa, o SESC procura se manter coerente com sua política em favor dos cidadãos idosos de nosso país. Há 44 anos iniciamos o Trabalho Social com Idosos, programa pioneiro, e prosseguimos nesta jornada porque acreditamos que a emergência do Brasil ao chamado Primeiro Mundo passa também pela dignificação de seus velhos”, explica Miranda.
Segundo o presidente da Fundação Perseu Abramo, Hamilton Pereira, “a pesquisa dá continuidade ao trabalho de investigações sociais e econômicas que vem sendo realizado pela Fundação Perseu Abramo buscando investigar situações concretas de determinados segmentos da sociedade brasileira para dar fundamento para análises e formulações de políticas públicas dentro da perspectiva de esquerda. Esse é o papel da nossa Fundação. É a contribuição que a FPA dá à sociedade brasileira no sentido de recuperar os laços de solidariedade entre as gerações, de um modo que escape do que é espontâneo, ou seja, aqueles laços abrigados nas comunidades familiares, e transformá-los em questões de Estado”.
Já Sebastião Henriques Chaves, gerente de Estudos e Pesquisas da Divisão de Planejamento e Desenvolvimento do Departamento Nacional do SESC, tem a certeza que “os dados trazidos a público, permitem, pela primeira vez, uma visão bem abrangente e detalhada de quem é o idoso brasileiro. Os dados revelam uma realidade multifacetada e que tem pontos de convergências. É possível, com base nos resultados da pesquisa, ter-se um trabalho social com idosos mais consistente e com objetivos mais corretamente construídos. O idoso deixa de ser algo imaginado a partir de nossas vivências e impressões, ganhando o seu perfil real. A partir destes resultados, devemos adotar um falar plural. Idosos brasileiros e não idoso brasileiro.”
As principais constatações da pesquisa abrangem diversos temas:
Analfabetismo A pesquisa mostra, dentre outras coisas, alguns números que hoje são preocupantes, como, o analfabetismo entre a população idosa. Atualmente 49% desta camada da população brasileira é analfabeta.
Estatuto do Idoso18% dos idosos desconhecem o Estatuto do Idoso e 27% revelaram desconhecer totalmente o assunto.
Violência e PreconceitoUm dos dados mais alarmantes da pesquisa é a questão da violência e preconceito. 35% dos idosos reclamam que já sofreram maus tratos, como ofensas, ironias, humilhações, recusa de emprego, falta de acesso a remédios, apropriação indevida de bens, lesões corporais e outras agressões. Esta percepção da violência só é obtida quando estimulada, porque ao se falar de violência de forma geral, somente 15% percebem as situações de violência a que estão submetidos no dia a dia.
SaúdeCerca de 26% das mulheres idosas nunca realizaram exames ginecológicos e 42% dos homens nessa faixa etária jamais fizeram o exame de próstata. Considerando que este é o tipo de câncer mais comum em pessoas do sexo masculino, a pesquisa conclui que ainda é necessário realizar diversas campanhas nesta área.
Informação65% (dois terços dos idosos) utilizam a televisão como principal meio de informação e obtenção de conhecimento. 26% utilizam o rádio para esta finalidade. A conversa com outras pessoas, como meio de informação, é citada por 32% dos idosos.
A imagem que os não idosos têm da terceira idade é mais negativa – portanto, preconceituosa, com potencial para comportamentos discriminatórios – que a avaliação que os idosos fazem de sua própria condição. Perguntada como se sente com a idade que tem, a maioria da população idosa responde positivamente (69%).
Atividades físicasA pesquisa mostra que metade dos idosos faz caminhadas constantemente, 8% praticam ginástica, 9% andam de bicicleta e 12% fazem alongamento. Fontes de renda92% recebem algum tipo de pensão ou benefício e, portanto, tornam-se colaboradores financeiros da família e, em alguns casos, os provedores principais de renda.O estudo também revela que o incentivo ao conhecimento de novas tecnologias é favorável à inclusão social. Este é um campo que ainda é preciso muito investimento, pois apenas 10% dos idosos estão familiarizados com computadores e destes apenas 3% o utilizam com assiduidade. Os números caem ainda mais quando o assunto é internet. 4% navegam pela rede mundial de computadores e somente 1% o faz constantemente.

Para baixar a pesquisa completa clique aqui

Para baixar a analise da pesquisa clique aqui


Mais informações à imprensa EDITOR – EDISON PAES DE MELO

Com Sylvio Novelli, Fábio Martins e Felipe Kopansk

isnovelli@editorweb.com.br, fabiom@editorweb.com.br, felipek@editorweb.com.br 11 3824-4200www.editorweb.com.br

Sem comentários: