Brasil regista um aborto Por Cada Três nascimentos
Um aborto é registado em cada três nascimentos no Brasil, o que representa um total de 1,4 milhões de interrupções clandestinas da gravidez por ano, informou segunda-feira o ministro da Saúde.
José Temporão Filho, que participou num evento promovido pelo jornal Folha de São Paulo, voltou a defender a legalização do aborto, como parte de uma ampla política de saúde pública.
«Se considerarmos que o aborto é um crime, todos os dias, 780 mulheres teriam que ser presas, sem contar os seus médicos e, eventualmente, os seus companheiros», disse o ministro.
A legislação brasileira, de 1940, considera o aborto um crime, excepto nos casos de gravidez resultante de estupro ou de risco de vida da mãe, o que leva as mulheres a interromperem a gravidez em clínicas clandestinas.
«Eu não admito que digam que o aborto não é um problema de saúde pública», afirmou o ministro, ao salientar que cerca de 250 mil mulheres, maioritariamente jovens e pobres, são internadas todos os anos vítimas de complicações médicas por causa de abortos clandestinos.
Segundo o ministro, o feto tem direito à protecção jurídica a partir da 12ª semana de gestação, quando começa a formação do sistema nervoso central, uma vez que antes desse período «não há consciência nem dor».
Desde que assumiu o cargo de ministro da Saúde, no início deste ano, Temporão tem sido hostilizado por grupos contrários à legalização do aborto, nomeadamente nos dias que antecederam a visita do Papa Bento VXI a São Paulo, em Maio.
Actualmente, há vários projectos de mudança na legislação em análise pelo Congresso brasileiro, entre eles o que legaliza o aborto, responsável por uma em cada quatro mortes entre mulheres no Brasil.
Diário Digital / Lusa
26-06-2007 7:42:00
José Temporão Filho, que participou num evento promovido pelo jornal Folha de São Paulo, voltou a defender a legalização do aborto, como parte de uma ampla política de saúde pública.
«Se considerarmos que o aborto é um crime, todos os dias, 780 mulheres teriam que ser presas, sem contar os seus médicos e, eventualmente, os seus companheiros», disse o ministro.
A legislação brasileira, de 1940, considera o aborto um crime, excepto nos casos de gravidez resultante de estupro ou de risco de vida da mãe, o que leva as mulheres a interromperem a gravidez em clínicas clandestinas.
«Eu não admito que digam que o aborto não é um problema de saúde pública», afirmou o ministro, ao salientar que cerca de 250 mil mulheres, maioritariamente jovens e pobres, são internadas todos os anos vítimas de complicações médicas por causa de abortos clandestinos.
Segundo o ministro, o feto tem direito à protecção jurídica a partir da 12ª semana de gestação, quando começa a formação do sistema nervoso central, uma vez que antes desse período «não há consciência nem dor».
Desde que assumiu o cargo de ministro da Saúde, no início deste ano, Temporão tem sido hostilizado por grupos contrários à legalização do aborto, nomeadamente nos dias que antecederam a visita do Papa Bento VXI a São Paulo, em Maio.
Actualmente, há vários projectos de mudança na legislação em análise pelo Congresso brasileiro, entre eles o que legaliza o aborto, responsável por uma em cada quatro mortes entre mulheres no Brasil.
Diário Digital / Lusa
26-06-2007 7:42:00
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