Irene Aleixo faleceu há uma semana, aos 88 anos de idade, na sua casa em Lisboa. Foi presidente do Centro Regional de Segurança Social, comissária regional da Luta Contra a Pobreza e governadora civil de Setúbal, cargo este desempenhado entre os anos de 1985 e 1990. “Pombinha” é a eterna alcunha de Irene Aleixo.
Teodoro João
red.teodoro@osetubalense.pt
Solteira e sem descendentes directos, Irene do Carmo Aleixo Rosa, vivia desde há muito tempo em sua casa, em Lisboa, na companhia de uma sobrinha. Faleceu de repente há uma semana, no seu lar, aos 88 anos de idade e foi a sepultar em Lisboa.
Um grupo de amigos e colaboradores que com Irene Aleixo trabalhou nos diversos cargos da administração pública desempenhados nesta cidade, decidiu promover, amanhã, a celebração de uma eucaristia de 7.º dia, na Igreja de S. Paulo, ao bairro do Liceu.
Irene Aleixo, militante do PSD, assumiu o cargo de governadora civil de Setúbal em dois mandatos: de finais de 1985 ao início de 1988 e, depois, do início de 1988 a meio de 1990. A certa altura, os setubalenses atribuiram-lhe a alcunha de “Pombinha” quando Irene Aleixo mandou antecipar significativamente os horários de encerramento dos estabelecimentos de diversão nocturna. O seu mandato interligou-se com a implementação do Fundo de Emergência para o Distrito e ajudou a criar as condições para a concretização da Operação Integrada de Desenvolvimento da Península de Setúbal (OID-PS).
Diga-se em jeito de curiosidade que, depois de Irene Aleixo, desempenharam o cargo de governador civil do distrito de Setúbal as seguintes personalidades: Luís Graça, Almeida Lima, Alberto Antunes, Carlos Eduardo Rebelo, Maria das Mercês Borges, Teresa Almeida, Euridice Pereira e, desde há semanas, Mário Cristovão.
O presidente da Cáritas Diocesana de Setúbal e Nacional privou com Irene Aleixo, concretamente aquando da sua passagem pelo cargo de comissária regional do Sul da Luta Contra a Pobreza.
Eugénio da Fonseca lembra, em caixa anexa a esta peça, o antigo desejo da governadora civil em ficar sepultada em Setúbal, e acredita que esta senhora merece que “alguns dos nossos autarcas não deixarão de tomar qualquer iniciativa que perpetue a presença desta lutadora, no nosso distrito.” O presidente da Cáritas diz mesmo que se tal não suceder, “será mais uma dívida desta Região com Irene Aleixo.”
O antigo governador civil de Setúbal e presidente da Câmara Municipal, Mata Cáceres, foi informado por «O Setubalense» do falecimento de Irene Aleixo, precisamente a senhora que o sucedeu no Governo Civil.
“Lamento a sua morte. Nós, enquanto dirigentes de instituições/entidades, sempre mantivemos uma cordial estima e consideração. Perdi uma grande amiga, o PSD perdeu uma grande militante e o País perdeu uma cidadã de corpo e alma”, começou por considerar Manuel da Mata Cáceres ao nosso jornal.
O antigo político socialista trocou em 1986 o cargo de governador civil pelo de presidente de Câmara, tendo trabalhado, durante quatro anos e paralelamente com Irene Aleixo como representante do Governo no Distrito. “Apesar das nossas diferentes cores partidárias, fez-se muita coisa”, conclui, exemplificando com o Plano de Emergência para a Região.
“Recordo com saudade essa época. Se hoje vivemos tempos difíceis, na altura também havia uma situação algo semelhante, e ultrapassaram-se muitas dificuldades,” recorda Mata Cáceres. Falar de Irene Aleixo é recordar a sua alcunha de “Pombinha”.
O antigo autarca rotula esse um termo de ‘carinhoso’, mas reconhece ter sido uma medida “muito exagerada” - a drástica antecipação do horário de encerramento de bares, discotecas e boites - atribuindo essa situação ao facto da senhora já possuir na época uma certa idade, e por lhe ser reconhecida a sua veia religiosa.
http://www.osetubalense.pt/noticia.asp?idEdicao=377&id=13006&idSeccao=2958&Action=noticia
Teodoro João
red.teodoro@osetubalense.pt
Solteira e sem descendentes directos, Irene do Carmo Aleixo Rosa, vivia desde há muito tempo em sua casa, em Lisboa, na companhia de uma sobrinha. Faleceu de repente há uma semana, no seu lar, aos 88 anos de idade e foi a sepultar em Lisboa.
Um grupo de amigos e colaboradores que com Irene Aleixo trabalhou nos diversos cargos da administração pública desempenhados nesta cidade, decidiu promover, amanhã, a celebração de uma eucaristia de 7.º dia, na Igreja de S. Paulo, ao bairro do Liceu.
Irene Aleixo, militante do PSD, assumiu o cargo de governadora civil de Setúbal em dois mandatos: de finais de 1985 ao início de 1988 e, depois, do início de 1988 a meio de 1990. A certa altura, os setubalenses atribuiram-lhe a alcunha de “Pombinha” quando Irene Aleixo mandou antecipar significativamente os horários de encerramento dos estabelecimentos de diversão nocturna. O seu mandato interligou-se com a implementação do Fundo de Emergência para o Distrito e ajudou a criar as condições para a concretização da Operação Integrada de Desenvolvimento da Península de Setúbal (OID-PS).
Diga-se em jeito de curiosidade que, depois de Irene Aleixo, desempenharam o cargo de governador civil do distrito de Setúbal as seguintes personalidades: Luís Graça, Almeida Lima, Alberto Antunes, Carlos Eduardo Rebelo, Maria das Mercês Borges, Teresa Almeida, Euridice Pereira e, desde há semanas, Mário Cristovão.
O presidente da Cáritas Diocesana de Setúbal e Nacional privou com Irene Aleixo, concretamente aquando da sua passagem pelo cargo de comissária regional do Sul da Luta Contra a Pobreza.
Eugénio da Fonseca lembra, em caixa anexa a esta peça, o antigo desejo da governadora civil em ficar sepultada em Setúbal, e acredita que esta senhora merece que “alguns dos nossos autarcas não deixarão de tomar qualquer iniciativa que perpetue a presença desta lutadora, no nosso distrito.” O presidente da Cáritas diz mesmo que se tal não suceder, “será mais uma dívida desta Região com Irene Aleixo.”
O antigo governador civil de Setúbal e presidente da Câmara Municipal, Mata Cáceres, foi informado por «O Setubalense» do falecimento de Irene Aleixo, precisamente a senhora que o sucedeu no Governo Civil.
“Lamento a sua morte. Nós, enquanto dirigentes de instituições/entidades, sempre mantivemos uma cordial estima e consideração. Perdi uma grande amiga, o PSD perdeu uma grande militante e o País perdeu uma cidadã de corpo e alma”, começou por considerar Manuel da Mata Cáceres ao nosso jornal.
O antigo político socialista trocou em 1986 o cargo de governador civil pelo de presidente de Câmara, tendo trabalhado, durante quatro anos e paralelamente com Irene Aleixo como representante do Governo no Distrito. “Apesar das nossas diferentes cores partidárias, fez-se muita coisa”, conclui, exemplificando com o Plano de Emergência para a Região.
“Recordo com saudade essa época. Se hoje vivemos tempos difíceis, na altura também havia uma situação algo semelhante, e ultrapassaram-se muitas dificuldades,” recorda Mata Cáceres. Falar de Irene Aleixo é recordar a sua alcunha de “Pombinha”.
O antigo autarca rotula esse um termo de ‘carinhoso’, mas reconhece ter sido uma medida “muito exagerada” - a drástica antecipação do horário de encerramento de bares, discotecas e boites - atribuindo essa situação ao facto da senhora já possuir na época uma certa idade, e por lhe ser reconhecida a sua veia religiosa.
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