06-02-2009 08:15:34
Na Guiné-Bissau, cerca de 50% das mulheres foram mutiladas
Bissau, 6 fev (Lusa) - Cerca de 50% das mulheres da Guiné-Bissau foram vítimas de mutilação genital, disse à Agência Lusa Laudolino Medina, presidente da Organização não-governamental Associação dos Amigos das Crianças (AMIC).“Não há um estudo aprofundado sobre a temática, mas números não oficiais apontam para 50% de mulheres vítimas de excisão no país”, disse Medina, no Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina.
Bissau, 6 fev (Lusa) - Cerca de 50% das mulheres da Guiné-Bissau foram vítimas de mutilação genital, disse à Agência Lusa Laudolino Medina, presidente da Organização não-governamental Associação dos Amigos das Crianças (AMIC).“Não há um estudo aprofundado sobre a temática, mas números não oficiais apontam para 50% de mulheres vítimas de excisão no país”, disse Medina, no Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina.
Segundo ele, a prática da “mutilação genital feminina está a generalizar-se por todo o país”.“Hoje assistimos a carnavais de mutilação genital feminina, mesmo em Bissau”, disse, acrescentando que não existe uma lei no país que puna de forma clara a prática.
Em junho, o governo guineense e a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) lançaram uma iniciativa para combater a atrocidade.A iniciativa, "Acelerar a mudança para o abandono da mutilação", vai, durante os próximos três anos, promover ações de sensibilização nas regiões de Bafatá, Gabu, Oio e Quinará, principais zonas onde o fenômeno é ainda bastante comum entre as jovens.Dados das Nações Unidas, baseados em indicadores de 2006, apontam que 44,5% das mulheres guineenses entre os 15 e os 49 anos de idade sofreram mutilação genital, o que prova que as estratégias utilizadas até aqui para o combate-la não produziram os efeitos esperados.Em março, o parlamento guineense não conseguiu aprovar um projeto-lei que pretendia proibir a prática, devido a divisões claras entre os deputados guineenses sobre o assunto.A nova ministra guineense da Mulher, Família e Coesão Social e Luta contra a Pobreza, Fátima Fati, anunciou já que vai tomar “fortes medidas” para acabar com a mutilação genital feminina no país.
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