domingo, janeiro 13, 2013

Serviço Social Portuguès Grupo pró-vida questiona escolha de docentes na Universidade Católica


A Associação Mulheres em Acção, que, entre outras causas, defende a inviolabilidade da vida humana desde a concepção até à morte natural, questiona a escolha de quatro médicos conhecidamente defensores da despenalização do aborto para leccionarem uma pós-graduação na Universidade Católica Portuguesa (UCP). 

Em causa está uma pós-graduação sobre Serviço Social na Saúde Mental, organizada em parceria pela Faculdade de Ciências Humanas da UCP e a Associação dos Profissionais de Serviço Social, que deverá arrancar em Fevereiro. 

Entre os docentes estão os médicos António Leuschner, Álvaro de Carvalho e Caldas de Almeida, que fizeram parte do 'Médicos pelo Sim', um movimento que promoveu a liberalização do aborto no mais recente referendo realizado sobre o assunto em Portugal. 

O outro médico cuja presença é questionada é o director-geral de Saúde, Francisco George, que não foi signatário da mesma plataforma, pela posição que ocupava na altura, mas cujas posições em favor da despenalização do aborto são públicas. 

“A UCP é uma instituição da Igreja, integrada no ‘conjunto da missão da Igreja, enquanto serviço específico à comunidade eclesial e humana’, que visa a ‘realização integral do Homem, inspirada nos valores cristãos’. Aliás, esses Estatutos estabelecem que o ‘ensino da UCP inspirar-se-á na visão cristã do homem e do mundo’, pelo que ‘devem ser escolhidos docentes e investigadores que, para além da idoneidade profissional, primem pela integridade da doutrina’”, pode ler-se no comunicado da Associação Mulheres em Acção. 

A associação duvida da possibilidade de pessoas “que tão assumidamente propugnaram a liberalização do aborto, consigam ensinar em sintonia com a visão cristã em matérias como por exemplo 'Valores, princípios e ética do Serviço Social'” e alerta para o facto de a sua participação poder gerar “no mínimo, perplexidade e confusão”, esclarecendo contudo que o alerta visa “a decisão da Universidade, e não as pessoas envolvidas, cujas opções livres não são aqui objecto de apreciação”. 

Renascença contactou a direcção da Faculdade de Ciências Humanas da UCP e aguarda uma resposta.
in http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=31&did=91832

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