Contributos do Serviço Social Português
Para Uma
Nova Declaração de Lisboa
Considerando que a humanidade assinala a Onze de Setembro
diferentes actos de terrorismo militar em diferentes espaços do planeta, nós,
cidadãos do mundo consideramos:
1.- As políticas militaristas, apesar dos esforços dos
movimentos pacifistas, nas últimas décadas continuam a ser dominantes e a
elaborar políticas belicistas (vejam-se os acontecimentos recentes em África,
Ásia e América Latina);
2.- A expressão significativa das vozes de dirigentes e militante
de muitos pensamentos e quadrantes culturais que unem esforços pro-paz são
ignoradas ou silenciadas e muitas das vezes caladas de forma violenta;
colocando em risco os elementares direitos de uma cidadania universal
reconhecida em todas as pautas normativas e construídas desde os primórdios da
humanidade;
3.- O desenvolvimento do Militarismo e do seu complexo vão de
mãos dadas com o crescimento da Pobreza e da exclusão social. Povos inteiros encontram-se
privados de água, de terra, de alimentos, de cultura de vida familiar e
afectiva. A Corrupção tem sido um grande aliado no desvio de recursos para
salvar as comunidades. Sob o prisma do terrorismo, o medo autojustifica regimes
ditatoriais ou autoritários e nos privam de uma real democracia participativa.
4.- O 11 de Setembro seja no Chile, em Madrid ou nos Estados
Unidos de América, deve ser uma data que assinale de forma planetária uma
exigência audaz que visione um mundo que tenha por princípio a justiça social e
a distribuição da riqueza, em que a perspectiva do lucro empresarial não
sacrifique a paz, a ecologia nem os sonhos nem a imaginação dos poetas.
5.- As musas devem inspirar os estudantes, os investigadores,
enfim os construtores de ideias e de pensamentos para imaginar uma alternativa
ao presente violento.
Alfredo Henríquez
Trabalhador Social
Lisboa 10 de Setembro de 2012
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