sábado, março 05, 2011

Debates sobre o Aborto Clandestino em Cabo Verde

Debate sobre aborto clandestino


05 Março 2011

A amplitude dos abortos provocados pelo uso do medicamento citotec levou o hospital de Santa Catarina a promover um debate sobre o assunto com algumas instituições, dentre elas o Ministério Público e o Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente. O objectivo, conforme Paulo Soares, director do hospital, é sensibilizar a população, em especial as mulheres acerca de práticas perigosas para a saúde. Entre tais, está o uso do citotec com fins abortivos.
Nesse concelho do interior de Santiago, o assunto tomou proporções alarmantes quando o citotec conheceu uma venda exponencial no mercado informal, por causa da sua capacidade de provocar a expulsão do feto. Só que as consequências são nefastas para a saúde da mulher e quase sempre as usuárias acabam por ir parar às Urgências com fortes dores abdominais e sangramento abundante.




Nos últimos tempos, vários abortos com recurso ao citotec já foram denunciados pela direcção do Hospital de Santa Catarina à Judiciária e ao Ministério Público. A maioria dos casos ainda está na fase de instrução mas A Semana sabe que algumas das mulheres que abortaram dessa forma foram multadas. Só que as próprias vítimas começam a tentar safar-se do cerco que as autoridades estão a fechar em Santa Catarina, com receio de serem processadas. Assim, passaram a procurar o Hospital da Praia, quando as coisas correm mal, assim evitando serem denunciadas ao MP de Santa Catarina.



Mas, para médicos e enfermeiros, o que mais importa é salvaguardar a saúde das gestantes. E, em caso de necessidade, a lei permite às mulheres fazer o aborto nos hospitais até às doze semanas de gestação ou quando há riscos para a integridade da mãe. O aborto também é legalmente permitido em Cabo Verde quando há o risco da criança nascer com alguma deficiência grave.

in http://www.asemana.publ.cv/spip.php?article61986

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