O Estado devia aproveitar a crise que o país atravessa para contratar mais técnicos de inserção social. A ideia é da socióloga Fátima Toscano que defendeu, esta quarta-feira, em Coimbra, que porque, «só assim, se conseguirá» combater a pobreza.
«O rendimento social de inserção, enquanto contrato para construção de um projecto (de vida), está muito bem, mas não se pode dar a um técnico mil famílias», criticou a especialista em «processos de requalificação sócio identitária», à margem do seminário «Como 'se sai' da pobreza?».
A docente do Instituto Superior Miguel Torga (ISMT) advoga que para se sair da pobreza é «fundamental ter em conta o percurso, a trajectória de vida» da pessoa, o que, na sua opinião, só é possível se a um técnico for atribuído «um máximo de cinco famílias», lembrou a socióloga que estudou casos de necessitados que conseguiram deixar de ser pobres.
A «receita» tem como ingredientes «o pobre ter consciência das suas carências, do que quer ser e do que pode fazer», para que se defina «um plano de reconstrução de vida», mas, frisa, para isso, um técnico «não pode ter tantas famílias (processos) a seu cargo».
«É preciso que haja técnicos a criar uma visão de futuro, que apanhem o percurso de vida da pessoa, os recursos sócio identitários que às vezes não se valoriza», disse a organizadora do seminário.
http://diario.iol.pt/sociedade/pobreza-assistentes-sociais-tvi24-coimbra/1148073-4071.html
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