quarta-feira, fevereiro 17, 2010

Serviço Social A Paixão da Maria Bethania

RESTAURANTE TRILHOS URBANOS E UMA SENHORA CHAMADA MARIA

No dia 6 de Fevereiro de 2010, voltei a Santo Amaro da Purificação na Bahia, na hora do almoço eu e Isabelle resolvemos almoçar no restaurante da cidade chamado Trilhos Urbanos, por ser um lugar com comida típica da Bahia, por ser um lugar que faz homenagem a cultura bahiana e por ser um lugar acolhedor e com comida caseira, onde a gente se senta para comer e pensa estar na nossa própria casa.
Quando entrei no restaurante, havia uma senhora almoçando e me perguntou se podia falar comigo, no que eu respondi que sim. Na minha cabeça veio uma imagem de alguém religioso que me quisesse catequizar, ou alguém que precisava de ajuda, não sei porque razão pensei isso. Mas prontamente me dirigi a senhora e ouvi o que ela me tinha a dizer.
Então ela falou: desculpe se a importuno, mas tenho te visto pela cidade, te vi na igreja, na novena e na procissão, você gosta de Maria Bethânia? Eu respondi: Amo!
E ela continuou: eu tenho um livro que algumas pessoas que admiram ela, fizeram e queria dar a uma pessoa especial, você se incomoda se eu lhe der? Eu disse: claro que não fico até muito feliz.
Ela disse que o livro estava em na sua casa, no que respondi que não era da cidade e estava indo embora no fim da tarde, ela disse se eu esperava ela ir buscar o livro em casa, eu disse que sim.
Ela terminou de almoçar e foi a casa pegar o livro.
Quando Iza entrou eu contei-lhe a conversa que estava a ter com a senhora, que nem sequer havia perguntado o nome, e Iza ficou comovida.
Minutos depois a senhora voltou com o livro na mão,
MARIA BETHÂNIA, A DONA DO DOM,

Eu então lhe disse que havia um texto meu no livro, e perguntei se ela também havia escrito algum texto no livro, no que ela respondeu que não.

Fiquei comovida com a cena, meus olhos encheram de lágrimas, quis registar a cena, mas, a máquina fotográfica de Iza ficou sem bateria, eu disse a ela que isso não era o mais importante, porque iria guarda-la no meu coração. Ela me abraçou e então perguntei-lhe o seu nome: e ela disse: me chamo Maria e vivo aqui perto, almoço aqui todos os dias, e foi embora me dizendo que já que eu tinha o livro, que não foi o acaso que fez ela me encontrar e que então eu desse o livro a alguém especial que eu encontrasse no meu caminho.
Abracei-a novamente e beijei o livro, sentei-me para almoçar com vontade de chorar.
Resolvi então, pedir a todas as pessoas que estavam participando do congresso que tinham feito parte do livro que assinasse no seu texto, pois aquele livro era especial e eu iria guardá-lo com muito carinho e doaria o que tinha comigo em Portugal a alguém especial.
Lilia Trajano

1 comentário:

julio disse...

Bela história. Me encanto.