Agressão é o crime mais freqüente entre crianças e jovens atendidos no HR
Todos os dias, histórias de violência contra crianças e adolescentes circulam pelos corredores do Hospital da Restauração. Na maior emergência de Pernambuco, são registrados de 30 a 35 casos por mês. As vítimas chegam com problemas físicos e emocionais gerados em casa, na comunidade onde vivem e até nas ruas, onde moram meninos e meninas que abandonaram a família ou foram abandonados por ela.
O Serviço Social do HR analisou 462 casos de jovens atendidos no ano passado e descobriu que agressões são os crimes mais freqüentes cometidos contra crianças e adolescentes. Em um ano, foram 199 ocorrências tendo como causa agressão, principalmente por arma de fogo e espancamento. 175 crianças e adolescentes vieram para o hospital por causa de negligência, dos pais ou responsáveis e 15 de abuso sexual.
O Serviço Social também traçou um mapa das cidades de onde vem o maior número de meninos e meninas que são atendidos no HR: 176 vítimas vieram do Recife, 59 de Olinda, 38 de Jaboatão dos Guararapes e 18 de Paulista.
O atendimento de graça no hospital público é a salvação para quem não pode pagar um plano de Saúde. A pesquisa analisou a renda da família das vítimas e descobriu que muitos meninos e meninas são de famílias que não têm salário fixo: é o caso de 19 delas. Outros 28 são de famílias que ganham menos de um salário mínimo e há também grupos de 26 pacientes vindos de famílias que ganham de um a três salários mínimos por mês.
Um adolescente, de 16 anos, de família pobre da Zona da Mata de Pernambuco, estava com um amigo, num canavial, quando foi atingido por um tiro nas costas. "Na hora que a gente cortou a cana, tinha dois caras armados escondidos dentro do mato. Ele saiu, atirou nas minha costas. Meteu bala nele (no amigo) e em mim. Então eu caí no chão", lembra o jovem. “o caso desse menino é típico e vai para o conselho tutelar e GPCA porque a gente precisa que algumas medidas sejam tomadas para que essa situação não venha a reincidir, que esse menino não continue sofrendo esse tipo de violência", diz Lúcia Souza, assistente social.
No HR há uma rede de proteção para acompanhar os casos que envolvem crianças e adolescentes. Assistentes sociais passam horas conversando com parentes das vítimas. A avaliação do caso começa no momento em que eles entram no hospital. "Quando eles chegam nesse primeiro momento que ainda não ta definido onde ele vai ficar, principalmente as vítimas de trauma dos acidentes, eles ficam aguardando o profissional do serviço social que faz o acolhimento e interpreta a rotina e o perfil do hospital", explica a assistente social Maria das Graças Rodrigues.
A Associação dos Amigos da Pediatria, que funciona dentro do HR, promove atividades que envolvem pacientes e acompanhantes. O trabalho funciona na base da solidariedade. Meninos e meninas em tratamento também são convidados a entrar no mundo de sonhos e brinquedos. Um mundo que está por trás de uma porta no corredor da enfermaria. A brinquedoteca montada pela ONG Hospitalhaços oferece o que nem sempre esses pequenos pacientes encontram nas comunidades onde moram. "A gente faz festas de natal, dia das crianças, a gente precisa de brinquedos novos para que a gente presenteie essas crianças. Pode até ser usado, contanto que esteja em bom estado, não pode estar quebrado nem sujo", diz Marluce Soares, supervisora da ONG.
da Redação do pe360graus.com
O Serviço Social do HR analisou 462 casos de jovens atendidos no ano passado e descobriu que agressões são os crimes mais freqüentes cometidos contra crianças e adolescentes. Em um ano, foram 199 ocorrências tendo como causa agressão, principalmente por arma de fogo e espancamento. 175 crianças e adolescentes vieram para o hospital por causa de negligência, dos pais ou responsáveis e 15 de abuso sexual.
O Serviço Social também traçou um mapa das cidades de onde vem o maior número de meninos e meninas que são atendidos no HR: 176 vítimas vieram do Recife, 59 de Olinda, 38 de Jaboatão dos Guararapes e 18 de Paulista.
O atendimento de graça no hospital público é a salvação para quem não pode pagar um plano de Saúde. A pesquisa analisou a renda da família das vítimas e descobriu que muitos meninos e meninas são de famílias que não têm salário fixo: é o caso de 19 delas. Outros 28 são de famílias que ganham menos de um salário mínimo e há também grupos de 26 pacientes vindos de famílias que ganham de um a três salários mínimos por mês.
Um adolescente, de 16 anos, de família pobre da Zona da Mata de Pernambuco, estava com um amigo, num canavial, quando foi atingido por um tiro nas costas. "Na hora que a gente cortou a cana, tinha dois caras armados escondidos dentro do mato. Ele saiu, atirou nas minha costas. Meteu bala nele (no amigo) e em mim. Então eu caí no chão", lembra o jovem. “o caso desse menino é típico e vai para o conselho tutelar e GPCA porque a gente precisa que algumas medidas sejam tomadas para que essa situação não venha a reincidir, que esse menino não continue sofrendo esse tipo de violência", diz Lúcia Souza, assistente social.
No HR há uma rede de proteção para acompanhar os casos que envolvem crianças e adolescentes. Assistentes sociais passam horas conversando com parentes das vítimas. A avaliação do caso começa no momento em que eles entram no hospital. "Quando eles chegam nesse primeiro momento que ainda não ta definido onde ele vai ficar, principalmente as vítimas de trauma dos acidentes, eles ficam aguardando o profissional do serviço social que faz o acolhimento e interpreta a rotina e o perfil do hospital", explica a assistente social Maria das Graças Rodrigues.
A Associação dos Amigos da Pediatria, que funciona dentro do HR, promove atividades que envolvem pacientes e acompanhantes. O trabalho funciona na base da solidariedade. Meninos e meninas em tratamento também são convidados a entrar no mundo de sonhos e brinquedos. Um mundo que está por trás de uma porta no corredor da enfermaria. A brinquedoteca montada pela ONG Hospitalhaços oferece o que nem sempre esses pequenos pacientes encontram nas comunidades onde moram. "A gente faz festas de natal, dia das crianças, a gente precisa de brinquedos novos para que a gente presenteie essas crianças. Pode até ser usado, contanto que esteja em bom estado, não pode estar quebrado nem sujo", diz Marluce Soares, supervisora da ONG.
da Redação do pe360graus.com
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