quinta-feira, maio 10, 2007

Serviço Social Enquanto o Papa Quer reforçar o Conservadorismo na America Latina. Ministro da Saúde Diz que Machismo Impede Debate sobre Aborto



BRASÍLIA - O machismo e o preconceito têm atrapalhado a discussão sobre a legalização do aborto no Brasil, de acordo com o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
Para ele, as mulheres têm que ser ouvidas, pois são elas que sofrem com o problema, mas as normas, as leis e o julgamento são feitos por homens. “Se fossem os homens que engravidassem, eu tenho certeza de que essa questão já estaria resolvida há muito tempo”, disse o ministro nesta quarta-feira à "Agência Brasil). Temporão participou hoje de audiência pública da Comissão de Assuntos Sociais do Senado para prestar informações sobre os programas do ministério.
Ele ressaltou que a posição do governo federal sobre o aborto é que deve ser tratado como uma questão de saúde pública.

O ministro também disse que cabe ao Congresso Nacional definir se o tema será resolvido por uma lei complementar ou por meio de consulta pública à população. E defendeu que o aborto deve ser discutido em um contexto amplo de educação sexual e planejamento familiar.
Questionado se teria medo de ser excomungado pela Igreja Católica, da mesma forma que aconteceu com políticos mexicanos que defendem o aborto, Temporão reafirmou sua formação católica e disse que essa é uma questão de fé particular de cada um.

Na chegada ao Brasil, Papa critica aborto e pesquisa com embriões


Por Redação, com agências de notícias - de São Paulo



"Sei que a alma deste povo, bem como de toda a América Latina, conserva valores radicalmente cristãos que jamais serão cancelados". Foi com um tom latino-americano que o Papa Bento XVI fez seu primeiro discurso em solo brasileiro. Na cerimônia de boas-vindas realizada nesta quarta-feira na Base Aérea de Guarulhos, na Grande São Paulo, Bento 16 aproveitou para criticar, mesmo sem fazer referência explícita, o aborto e as pesquisas com embriões humanos. O Papa afirmou que, durante a Conferência Geral do Episcopado, espera que seja reforçada a identidade latino-americana que promove "o respeito pela vida, desde a sua concepção até o seu natural declínio, como exigência própria da natureza humana". Sempre ao lado do Papa, o presidente Lula ressaltou a importância do que chamou de "apoio firme e entusiasmado do Vaticano à ação global contra a fome e a pobreza". Lembrando que a palavra de Bento XVI "será sempre em defesa da paz, da concórdia e da solidariedade, sempre a serviço da vida", Lula falou sobre a importância de não se esquecer dos "deserdados do mundo, nossos irmãos mais frágeis". Já Bento XVI destacou a solidariedade, sentimento que, para ele, deve pautar as "forças vivas da sociedade", para que estas se empenhem "seriamente para construir um futuro de paz e de esperança para todos".
Em sua primeira visita ao Brasil, ele pediu apoio à Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira da América Latina, e à Nossa Senhora de Aparecida, padroeira do Brasil para que protejam e inspirem "os governantes a árdua tarefa de serem promotores do bem comum, reforçando os laços de fraternidade cristã para o bem de todos os seus cidadãos." O Papa Bento XVI agradeceu, em português, ao presidente Lula e ao povo brasileiro pela acolhida no país durante cerimônia no Aeroporto Internacional de Guarulhos. - Nas palavras de boas-vindas a mim dirigidas, sinto ecoar, Senhor Presidente, os sentimentos de carinho e amor de todo o Povo brasileiro para com o Sucessor do Apóstolo Pedro -, disse. No discurso, saudou também os religiosos do continente pelo "trabalho de evangelização", em uma prévia do tom missionário que o Papa pretende dar à visita.

Sem comentários: